Pesquisar no Blog

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Conheça mais sobre o linfoma de Hodgkin


 A doença acomete principalmente jovens entre 15 e 35 anos1


O câncer é caracterizado pela multiplicação descontrolada de células com DNA modificado2. Em 2029, a patologia poderá ser a principal causa de morte no país3, mas grandes avanços em tratamentos oncológicos têm proporcionado um cenário mais promissor aos pacientes. Um exemplo disso é o linfoma de Hodgkin, no qual o tratamento pode alcançar a cura em até 90% dos casos4.

A doença se origina nos gânglios do sistema linfático, responsável por produzir e transportar as células encarregadas pela imunidade do organismo, e acomete, principalmente, jovens em idade ativa, entre 15 e 35 anos1.


Sinais e Sintomas:

Seus sintomas não são estritamente definidos porque podem variar dependendo do paciente e em qual região do corpo a doença se manifesta. Alguns dos principais sinais e sintomas observados são coceira, inchaço indolor dos gânglios linfáticos do pescoço, axilas ou da virilha, fadiga persistente, febre e calafrios, suores noturnos, perda de peso e apetite e até mesmo maior sensibilidade à ingestão de álcool1.

Devido a esse inchaço dos linfonodos que a maioria dos pacientes procura atendimento médico, geralmente um clínico geral. Mas o diagnóstico precoce pode ser dificultado devido à incerteza gerada pelos sinais, que podem ser confundidos com ínguas inflamatórias. O linfoma de Hodgkin não é a causa mais comum de aumento de volume dos linfonodos. O aumento dos gânglios linfáticos, especialmente em crianças, é causado por infecções. Neste caso, o linfonodo retorna ao seu tamanho normal quando a infecção cede5. Cabe ao médico realizar os exames e investigar a situação do paciente.

Ambos são cânceres hematológicos que atingem os gânglios do sistema linfático, células encarregadas pela imunidade do organismo e podem ainda afetar órgãos como fígado, medula óssea, ossos, entre outros. Normalmente, as doenças acometem pacientes jovens, entre 15 e 35 anos2


Diagnóstico e tratamento: 

O tratamento do linfoma de Hodgkin é considerado um dos tipos de câncer com maior probabilidade de cura. Cerca de 90% dos pacientes respondem ao tratamento1. Para diagnosticar a doença, alguns exames são necessários, como o físico, para procurar vestígios da manifestação da doença nos linfonodos, exame de sangue e a biópsia para concluir o diagnóstico1.

Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, uma equipe médica multidisciplinar pode ser formada por especialistas, como hematologista, oncologista e radioterapeuta, além de outras especialidades complementares6.

É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com a classe médica para alinhar os possíveis efeitos colaterais. Assim, a melhor decisão pode ser tomada, buscando a adaptação às necessidades de cada um6.

Atualmente, os pacientes dispõem de linhas de tratamentos6. A primeira opção utilizada geralmente é a quimioterapia, administrada por via venosa, que tem como objetivo destruir as células cancerígenas. Além disso, a radioterapia é realizada em conjunto. O tratamento emite raios com alto teor de energia na direção afetada pelos linfonodos e destrói ou cessa o crescimento dessas células6,7.

Apesar de ter alto índice de cura, ainda existem aqueles que não respondem à terapia adotada ou ainda voltam a ter a doença. Nesse caso, como segunda linha de tratamento pode-se recorrer ao transplante autólogo de células tronco, que consiste no fornecimento de células saudáveis ao paciente utilizando suas próprias células8.

Para pacientes recidivados e refratários, existe ainda a esperança de tratamentos medicamentosos9. Quando se fala em câncer, é comum pensar em um paciente debilitado e inativo. Felizmente, o cenário pode ser diferente para o linfoma de Hodgkin que, quando diagnosticado precocemente, apresenta grandes chances de cura1. Além disso, existe a disponibilidade de novos mecanismos para o tratamento da doença9.






TAKEDA ONCOLOGY




Referências:
1. Portal Minha Vida [Internet] 2016. Linfoma de Hodgkin: sintomas, tratamentos e causas. [cited 2017aug14]. Available from: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/linfoma-de-hodgkin
2. Abrale. O que é Câncer?. Disponível online em: http://www.abrale.org.br/doencas/o-que-e-cancer
3. Observatório de Oncologia. Dos dados de hoje às mortes por câncer em 2029. Disponível online em:https://observatoriodeoncologia.com.br/dos-dados-de-hoje-as-mortes-por-cancer-em-2029/
4. Fundação do Câncer [Internet] Um linfoma menos traumático [cited – 2013 aug 29] Avaiable from: https:// www.cancer.org.br/um-linfoma-menos-traumatico/
5. Oncoguia [internet] 2018. Sinais e sintomas do Linfoma de Hodgkin. Disponível em: http://www.oncoguia. org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-linfoma-de-hodgkin/1473/322/ 6. Oncoguia [internet] 2018. Tratamentos do Linfoma de Hodgkin. Disponível em: http://www.oncoguia.org. br/conteudo/tratamentos/1105/137/
7. Oncoguia [internet] 2018. Radioterapia para Linfoma de Hodgkin. Disponível em: http://www.oncoguia. org.br/conteudo/radioterapia-para-linfoma-de-hodgkin/1480/323/
8. Oncoguia [internet] 2018. Transplante de células tronco para Linfoma de Hodgkin. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/transplante-de-celulas-tronco-para-linfoma-de-hodgkin/7715/323/
9.  Oncoguia [internet] 2018. Tratamento clássico para linfoma de Hodgkin. Disponível em: http://www. oncoguia.org.br/conteudo/tratamento-classico-para-linfoma-de-hodgkin/7717/323/

Paralisia cerebral, o que você precisa saber


A paralisia cerebral é caracterizada por alterações neurológicas permanentes do desenvolvimento, causando limitações nas atividades de vida do paciente. É uma condição não progressiva, e cursa com atraso do desenvolvimento motor, cognitivo ou em ambos (a criança em geral anda e fala mais tarde do que o habitual). A primeira descrição da paralisia cerebral foi feita por William Little em 1843, e o termo foi criado por William Osler em 1889.



A paralisia cerebral tem níveis diferentes (leve, moderado, severo)? É possível que uma pessoa com paralisia consiga trabalhar, estudar e levar uma vida semelhante à de quem não tem?

É considerada uma condição sem cura? Mesmo que os tratamentos melhorem a qualidade de vida dos pacientes e promovam progressos, sempre haverá limitações físicas? Qual é o prognóstico?


É de extrema importância que a sociedade entenda as limitações dos pacientes com paralisia cerebral, e que haja compreensão sobre as dificuldades enfrentadas por esses pacientes. Da mesma maneira, também é importante reconhecer as suas capacidades de convívio social, produção e trabalho, permitindo que desenvolvam uma vida normal.

Embora alguns pacientes apresentem formas graves de paralisia cerebral, e sejam dependentes de cuidados, outros podem desempenhar uma vida muito ativa e independente, trabalhar, estudar e levar uma vida semelhante à de quem não tem problemas neurológicos. Essa variabilidade marcante da gravidade da paralisia cerebral está diretamente relacionada à extensão do dano neurológico: lesões mais extensas do cérebro tendem a causar quadro mais grave.

Entre as principais causas da paralisia cerebral está a hipóxia (situação em que, por algum motivo relacionado ao parto, condições da mãe, ou do próprio feto, há falta de oxigenação no cérebro). Alguns fatores de risco ou causas para a paralisia cerebral incluem: anormalidades da placenta ou do cordão umbilical, infecções, diabetes, hipertensão arterial (eclampsia), desnutrição, uso de drogas e álcool durante a gestação, trauma durante o parto, hemorragia, hipoglicemia do feto, problemas genéticos, entre outros.

Existe uma classificação da paralisia cerebral, não apenas quanto à gravidade, mas também quanto ao tipo de envolvimento do sistema nervoso (problema exclusivamente motor, cognitivo ou misto). A apresentação clínica e os sintomas relacionados à paralisia cerebral são muito variáveis, o que pode gerar uma diferença marcante entre os pacientes.

Não há cura para a paralisia cerebral, embora os pacientes possam ter ganhos importantes no processo de reabilitação. A despeito do tratamento e seguimento com reabilitação, as limitações podem ser permanentes. O prognóstico depende muito do grau de paralisia cerebral, da extensão das lesões do sistema nervoso e das condições médicas associadas.

O cérebro é constituído por duas regiões bem delimitadas: uma mais superficial, chamada de córtex, que comanda as funções superiores (linguagem, memória, comportamento, visão), e uma mais profunda, a substância branca cerebral, onde passam as vias motoras. Lesões no córtex cerebral interferem com na linguagem, memória, comportamento, visão, ao passo que lesões da substância branca cerebral causam problemas motores, postura anormal e alterações do tônus muscular. Essas lesões são permanentes, já que a célula nervosa (neurônio) tem uma regeneração parcial ou incompleta, o que acarreta em sequelas neurológicas.



O que acontece exatamente no cérebro da pessoa quando ela tem paralisia cerebral?

O tempo de acompanhamento é extremamente importante, já que a paralisia cerebral é um distúrbio não progressivo. Quadros com piora progressiva devem ser investigados para outras doenças, como por exemplo enfermidades genéticas.

Os tratamentos disponíveis incluem cuidados e acompanhamento multidisciplinar composta por profissionais de diferentes áreas da saúde: médicos como neurologista infantil, pediatra, fisiatra, ortopedista, oftalmologista, entre outras especialidades, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo, psicólogo, educador físico e nutricionista. Além disso, a reabilitação deve ser iniciada o mais precoce possível. A reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional é fundamental. Devido à grande variabilidade na apresentação clínica, o processo de reabilitação deve ser individualizado. A reabilitação tem como objetivos contemplar o ganho de novas habilidades e minimizar ou prevenir complicações (como exemplo, a prevenção de deformidades articulares ou ósseas). O uso de órteses pode ser necessário em algumas situações.

Deve-se sempre identificar as capacidades e incapacidades da criança, além de problemas relacionados, tais como convulsões, distúrbios respiratórios e digestivos. Não há prazo para o término da reabilitação, que pode se estender por toda a vida.



Quais são as principais causas da paralisia cerebral? Frequentemente vemos casos de paralisia causada por falta de oxigênio no cérebro durante o parto, mas existem também outros problemas que podem provocá-la?

Quais são os principais tratamentos disponíveis? O acompanhamento com fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais deve ser feito a vida toda?

Quanto à gravidade, é possível classificar a paralisia cerebral entre formas leves, moderadas e graves. Essa classificação usa como base científica uma escala da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.

Quanto ao tipo de envolvimento do sistema nervoso, as alterações podem ser motoras, cognitivas ou ambas. As alterações motoras podem incluir problemas na marcha (como paralisia das pernas), hemiplegia (fraqueza em um dos lados do corpo), alterações do tônus muscular (espasticidade que se caracteriza por rigidez muscular) e distonia (postura anormal dos membros). Alguns pacientes com formas mais graves podem ser dependentes de cadeira de rodas, e não deambulam. Pacientes com alterações cognitivas podem apresentar problemas na fala, no comportamento, na interação social e raciocínio. Outras alterações como convulsões também podem ocorrer.








José Luiz Pedroso – Neurologista. Professor Afiliado do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)


Imunização contra o HPV pode prevenir diversos tipos de câncer


Entenda quais doenças a vacina contra o HPV pode ajudar a prevenir


O vírus papilomavírus humano (HPV) é um vírus capaz de infectar a pele e as mucosas, oral, genital ou anal, tanto nos homens como nas mulheres. O vírus HPV é altamente contagioso e a sua transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual.

Existem vários tipos diferentes de HPV, sendo que alguns podem causar o aparecimento de verrugas genitais, outras alterações como a lesão pré-maligna de câncer, também chamada de lesão precursora e vários tipos de cânceres, como os do colo de útero, vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe.

Segundo a gerente de enfermagem do 
Hospital Dia do Pulmão de Blumenau (SC), Tatiana Lunelli, em relação aos tipos de HPV temos os oncogênicos e os não oncogênicos. Os tipos oncogênicos estão associados a vários tipos de câncer como: câncer de colo de útero, câncer de ânus, câncer de boca e câncer de pênis. Os tipos não oncogênicos são causadores das verrugas genitais.

Entre as medidas de prevenção ao HPV, as mais importantes são: usar o preservativo (camisinha) nas relações sexuais e vacinar-se contra o HPV. “No Brasil, estima-se que ocorram 18 mil novos casos de câncer do colo do útero por ano sendo que uma das medidas importantes para prevenção é a utilização da vacina contra o HPV”, afirma Tatiana.     

A especialista ressalta que a vacina contra o HPV é capaz de proteger o paciente do vírus, e que de acordo com algumas pesquisas, a vacina é mais efetiva quando aplicada antes dos 15 anos de idade. Porém, é importante lembrar que isso não quer dizer que ela não é indicada após essa idade.

“Os tipos da vacina variam. A dose bivalente protege dos vírus de tipo 16 e 18, capazes de causar câncer de colo de útero nas mulheres. Já a vacina quadrivalente, protege dos vírus de tipos 6, 11, 16 e 18, os dois primeiros são os principais responsáveis pelas verrugas genitais enquanto os dois últimos podem causar câncer de colo de útero cervical”, finaliza a especialista.



Como é feito o diagnóstico:

 
Existem vários profissionais médicos habilitados para realizar o diagnóstico, como: infectologista, ginecologista, urologista, clínico geral e o dermatologista.


É necessário fazer exames para a identificação do HPV, os mais comuns são: Papanicolau, Biópsia, Colposcopia, Peniscopia e o Teste genético PCR.




Existem vários tipos diferentes de HPV, sendo que alguns podem causar:

 
- O aparecimento de verrugas genitais e outras alterações como a lesão pré-maligna de câncer;


- Vários tipos de cânceres (colo de útero, vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe);


 - Bem como a Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR).




Medidas de prevenção:

 
- O uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais;


- Vacinação contra o vírus HPV.



Onde encontrar a vacina:

 
O Sistema Único de Saúde disponibiliza a vacina quadrivalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 e 14 anos. A vacina também está disponível em clínicas privadas de vacinação. A dose é indicada a partir dos 09 anos de idade para mulheres e homens. O número de doses pode variar de 2 a 3 considerando-se a idade em que a pessoa fez a primeira dose.

A vacina quadrivalente contra o HPV também está disponível no Hospital Dia do Pulmão, localizado na Rua Engenheiro Paul Werner, 1141 - Itoupava Seca, Blumenau. A unidade possui Sala de Vacinas acreditada pela SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).




Posts mais acessados