Doença exige acompanhamento médico
regular e mudança de hábitos
Pesquisa recente divulgada pelo
Datafolha aponta que o brasileiro sabe pouco sobre diabetes. A doença, que tem
vários tipos, é crônica e pode ter consequências graves se não tratada
adequadamente. A dra. Bárbara Dutra, médica especialista em endocrinologia do
dr.consulta, esclarece sobre a doença, seus tipos mais comuns e tratamento
O grupo de doenças denominado diabetes
é um desarranjo metabólico que resulta no acúmulo de açúcar no sangue. De
acordo com Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas no
Brasil têm a doença.
A diabetes possui diversos tipos, os
mais conhecidos são os tipos 1 e 2. No caso do tipo 1, o pâncreas não produz
insulina. Já no tipo 2 há resistência à insulina como causa principal, afetando
assim o processo de manutenção dos níveis de glicose no sangue.
Dra. Dutra explica que além do
medicamento indicado pelo médico, manter uma alimentação saudável e mudar os
hábitos de vida são primordiais para prevenção e tratamento. “A prática de
exercícios físicos e uma dieta adequada, são essenciais para o tratamento. O
mais importante é seguir as orientações de um endocrinologista”, explica dra.
Dutra.
Tipo 1
A diabetes do tipo 1 é também
conhecida como diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente. É autoimune,
isso significa que o sistema imunológico age contra as células produtoras de
insulina no pâncreas e o organismo não consegue produzi-la. Por isso o paciente
que tem diabetes tipo 1 necessita repor o hormônio para regular os níveis de
açúcar. A insulina é responsável pela manutenção dos níveis baixos do açúcar no
sangue.
Dra. Dutra explica que a diabetes do
tipo 1 é uma doença genética e não existe forma de preveni-la e o tratamento é
essencial para a vida do paciente. “Monitorar os níveis de açúcar no sangue
diariamente, fazer uma dieta adequada e se exercitar para melhorar as condições
cardiovasculares e metabólicas, tudo isso contribui para o controle da doença e
qualidade de vida do paciente.”
Tipo 2
Diferentemente da diabetes tipo 1, na
diabete tipo 2, o pâncreas produz insulina, porém o organismo pode criar
resistência ao hormônio e não responder como deveria a sua ação.
O
tratamento da diabetes tipo 2 também é feito com medicamentos. Porém, a dra.
Dutra explica que a doença pode ser gerenciada com dieta e exercícios, que
contribuem para manter um peso adequado e manutenção dos níveis de glicose no
sangue.
Consequências
“Se não tratada adequadamente, a
diabetes pode prejudicar diferentes partes do corpo ou até levar a óbito. O
paciente com a doença necessita acompanhamento médico periódico e deve seguir à
risca todas as recomendações.”, esclarece dra. Dutra.
Entre as partes afetadas estão os
pés, que podem ficar mais ressecados, ocasionando rachaduras e feridas,
que muitas vezes não são percebidas pelo paciente, pois há diminuição na
sensibilidade. A ferida pode infeccionar e se não tratada pode até levar a
amputações. Por isso, recomenda-se ao paciente diabético a utilização de cremes
hidratantes adequados, uso de calçados confortáveis e inspeção rigorosa dos
pés.
A visão também pode ser afetada e o
paciente que segue o tratamento pode até ficar cego. Outro órgão que pode ser
comprometido são os rins e o paciente pode desenvolver insuficiência renal se
nada for feito.
Os níveis elevados de açúcar no
sangue podem prejudicar ainda a circulação sanguínea nos pés e mãos,
ocasionando dores nas articulações. Há também risco aumentado infarto agudo do
miocárdio e acidente vascular cerebral consequentes a elevação da pressão
arterial e doença aterosclerótica.