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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Diabetes: endocrinologista do dr.consulta explica sobre prevenção e tratamento


Doença exige acompanhamento médico regular e mudança de hábitos


Pesquisa recente divulgada pelo Datafolha aponta que o brasileiro sabe pouco sobre diabetes. A doença, que tem vários tipos, é crônica e pode ter consequências graves se não tratada adequadamente. A dra. Bárbara Dutra, médica especialista em endocrinologia do dr.consulta, esclarece sobre a doença, seus tipos mais comuns e tratamento

O grupo de doenças denominado diabetes é um desarranjo metabólico que resulta no acúmulo de açúcar no sangue. De acordo com Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas no Brasil têm a doença.

A diabetes possui diversos tipos, os mais conhecidos são os tipos 1 e 2. No caso do tipo 1, o pâncreas não produz insulina. Já no tipo 2 há resistência à insulina como causa principal, afetando assim o processo de manutenção dos níveis de glicose no sangue.

Dra. Dutra explica que além do medicamento indicado pelo médico, manter uma alimentação saudável e mudar os hábitos de vida são primordiais para prevenção e tratamento. “A prática de exercícios físicos e uma dieta adequada, são essenciais para o tratamento. O mais importante é seguir as orientações de um endocrinologista”, explica dra. Dutra.


Tipo 1

A diabetes do tipo 1 é também conhecida como diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente. É autoimune, isso significa que o sistema imunológico age contra as células produtoras de insulina no pâncreas e o organismo não consegue produzi-la. Por isso o paciente que tem diabetes tipo 1 necessita repor o hormônio para regular os níveis de açúcar. A insulina é responsável pela manutenção dos níveis baixos do açúcar no sangue.

Dra. Dutra explica que a diabetes do tipo 1 é uma doença genética e não existe forma de preveni-la e o tratamento é essencial para a vida do paciente. “Monitorar os níveis de açúcar no sangue diariamente, fazer uma dieta adequada e se exercitar para melhorar as condições cardiovasculares e metabólicas, tudo isso contribui para o controle da doença e qualidade de vida do paciente.”


Tipo 2

Diferentemente da diabetes tipo 1, na diabete tipo 2, o pâncreas produz insulina, porém o organismo pode criar resistência ao hormônio e não responder como deveria a sua ação.

O tratamento da diabetes tipo 2 também é feito com medicamentos. Porém, a dra. Dutra explica que a doença pode ser gerenciada com dieta e exercícios, que contribuem para manter um peso adequado e manutenção dos níveis de glicose no sangue.

Consequências

“Se não tratada adequadamente, a diabetes pode prejudicar diferentes partes do corpo ou até levar a óbito. O paciente com a doença necessita acompanhamento médico periódico e deve seguir à risca todas as recomendações.”, esclarece dra. Dutra.

Entre as partes afetadas estão os pés, que podem  ficar mais ressecados, ocasionando rachaduras e feridas, que muitas vezes não são percebidas pelo paciente, pois há diminuição na sensibilidade. A ferida pode infeccionar e se não tratada pode até levar a amputações. Por isso, recomenda-se ao paciente diabético a utilização de cremes hidratantes adequados, uso de calçados confortáveis e inspeção rigorosa dos pés.

A visão também pode ser afetada e o paciente que segue o tratamento pode até ficar cego. Outro órgão que pode ser comprometido são os rins e o paciente pode desenvolver insuficiência renal se nada for feito.

Os níveis elevados de açúcar no sangue podem prejudicar ainda a circulação sanguínea nos pés e mãos, ocasionando dores nas articulações. Há também risco aumentado infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral consequentes a elevação da pressão arterial e doença aterosclerótica.



Atividade física pode prevenir até 10 mil casos de câncer por ano no Brasil


Aproximadamente 10 mil casos de câncer podem ser prevenidos por ano no Brasil por meio do aumento da prática de atividade física, aponta estudo realizado no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard, Universidade de Cambridge e Universidade de Queensland. Esse estudo inédito foi publicado na revista científica Cancer Epidemiology no dia 19 de julho de 2018 

No Brasil, mais de 400 mil casos de câncer são diagnosticados por ano. Atualmente, há evidências convincentes de que a atividade física está associada com redução no risco dos canceres de mama (pós-menopausa) e cólon. Esses tipos de câncer estão entre os mais frequentemente diagnosticados no Brasil. Nesse contexto, os pesquisadores visaram estimar a proporção e o número de casos câncer de mama e cólon que poderiam ser potencialmente preveníveis no Brasil por meio do aumento do nível de atividade física na população.

Para estimar o nível de atividade física atual da população brasileira, os pesquisadores utilizaram dados da última Pesquisa Nacional de Saúde, conduzida em 2013 pelo IBGE. Essa pesquisa apontou que aproximadamente metade da população brasileira não atinge a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de pelo menos 150 minutos de atividade física por semana; essa proporção é maior em mulheres (51%) do que em homens (43%). A partir desses dados, de uma extensa revisão de literatura, e dos dados de incidência de câncer publicados pelo INCA e pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, os autores estimaram diferentes cenários de prevenção de câncer por meio da atividade física. 

Os autores concluíram que até 8600 casos de câncer em mulheres e 1700 casos 
de câncer em homens poderiam ser evitados por ano com aumento da atividade física na população. Esses casos de câncer correspondem à 19% da incidência de câncer de cólon e 12% da incidência do câncer de mama no Brasil. Os estados do Rio de Janeiro (1244 casos evitáveis) e São Paulo (2587 casos evitáveis) poderiam evitar um maior número de casos de câncer por meio do aumento da atividade física, em comparação aos demais estados brasileiros. Ainda, de forma inédita, os autores estimaram que 2300 casos de câncer seriam evitados por ano atingindo pelo menos a recomendação da OMS para atividade física e que 500 casos de câncer seriam evitados por ano por meio do aumento do nível de atividade física das mulheres a nível observados nos homens. Por fim, os autores discutem que essas estimativas estão possivelmente subestimadas, haja vista estudos recentes sugerindo a possível relação de atividade física com a redução do risco de até 13 tipos de câncer.






Leandro Fórnias Machado de Rezende
Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Como ajudar as crianças com a tensão pré-avaliação?


Especialista alerta sobre o stress que os alunos sofrem antes das provas


Dia de prova, e agora? Bastam as avaliações escolares se aproximarem para que as crianças comecem a entrar em pânico. Tal ato é um misto de sentimentos, como o medo, a frustração e a preocupação. Para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, esse é um processo delicado em que o professor deve estar atento, já que para os alunos, o dia da avaliação é esperado com estresse e nervosismo.

“Para eles a avaliação é a identificação de julgamento do certo ou errado de maneira extrema, é aquela que rotula e é evasiva aos colegas, que por instantes também constroem suas relações partindo dessa visão”, explica a especialista. Toda essa ansiedade e tensão pré-avaliação, podem acabar levando a criança a níveis de stress fora dos padrões para a idade. Podendo desencadear ainda, alguns sintomas demasiados, entre eles enjoo, diarreia, pressão baixa, taquicardia, sensação de desmaio, choro e sentimento de incapacidade. 

Para Ana Regina, uma criança de oito anos que no dia da prova já acorda estressada, mal-humorada, fala para os pais que está nervosa, não consegue comer, mesmo tendo estudado a matéria, não é rara hoje e deve chamar nossa atenção para a questão. “Os exemplos são vários, e por hora vivenciamos alguns deles enquanto professores. Marcos, garoto inteligente precisava de uma nota alta em física, mas tinha um professor que lidava de maneira muito dura no dia da avaliação. Qual foi a sua reação? Crise de choro do começo ao fim da avaliação e o seu resultado foi abaixo do seu potencial”, detalha.

Segundo a professora, estes exemplos e fatores chamam o professor a uma reflexão sobre os métodos de avaliação atuais e como podemos melhora-los. Ela afirma ainda, que não existe um culpado para a situação, mas sim, um conjunto de fatores que devem ser avaliados e se possível melhorados, para que alunos e professores não sofram. “Minha preocupação está no fato do professor ser a porta de entrada e de abertura ao novo, pois é ele que acompanha o aluno do primeiro ao último dia de aula. Se essa mediação não acontece de maneira tranquila, alguns problemas, como os já citados, podem ser revelados e precisam ser encaminhados para soluções adequadas, evitando assim maiores prejuízos”, completa Ana Regina Caminha Braga.



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