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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Cuidados simples podem evitar doenças em crianças no inverno


Características das estações mais frias facilitam o contágio de doenças


O o inverno é uma das estações que mais favorecem as doenças respiratórias, principalmente nas crianças. Com as baixas temperaturas, o tempo fica seco, a poluição aumenta e as pessoas têm uma tendência a ficarem em ambientes fechados, o que favorece o contágio. Alguns cuidados podem evitar a contaminação ou minimizar os sintomas, que podem se agravar e causar sérios problemas.

“Uma orientação importante é evitar levar a criança ao pronto-socorro, já que este é um ambiente com muitos vírus e bactérias. O ideal é que ela seja consultada por seu pediatra de confiança primeiro. Prontos-socorros devem ser uma opção em casos mais graves, como falta de ar, febre que não cede, sangramento, convulsão ou mudança neurológica, como sonolência”, explica o pediatra da Pedline, Sidney Volk.

Ele destaca, ainda, que pais e responsáveis não devem medicar as crianças por conta própria. “Todo remédio precisa ser dado com orientação do pediatra. Alguns medicamentos podem mascarar sintomas de casos mais graves, por isso, é sempre necessária uma avaliação profissional”, diz.

Volk explica que é fundamental que a carteira de vacinação da criança esteja em dia. “É necessário, inclusive, a vacinação contra a gripe. Além de prevenir a gripe em si, a vacina evita que a doença se agrave”, orienta.

Outros cuidados que devem ser tomados com as crianças no outono/inverno:

- Manter a criança hidratada – beber água faz com que a criança fique hidratada e isso ajuda a lubrificar as vias aéreas

- Umidificar ambientes – pode ser com umidificadores elétricos, com uma bacia com água ou toalhas úmidas. Mas não se esqueça: se a criança for pequena, a bacia cheia não deve estar ao seu alcance para evitar acidentes

- Lavar as mãos da criança com frequência – este hábito evita a disseminação de vírus e bactérias

- Ao espirrar, proteger o nariz com o ombro e não com as mãos. Isso diminui a transmissão de vírus e bactérias por chaves, celulares, maçanetas

- Evitar lugares fechados – ambientes fechados favorecem o contágio de doenças

- Manter a casa ventilada e limpa – um ambiente bem cuidado também evita a propagação de vírus, fungos e bactérias

- Manter as narinas das crianças desobstruídas, com uso de soro fisiológico – o nariz deve ser lavado com soro fisiológico várias vezes ao dia.




Pesquisadores descobrem ligação entre o estresse e as doenças cardiovasculares


Cerca de 30% das mortes no país são causadas pela doença e o estresse é apontado como o 4º maior fator de risco para infarto 


Estimativas feitas pelo Ministério da Saúde dão conta que 30% das mortes no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares. E o estresse é apontado como uma das principais causas de infarto e Acidente Vascular Cerebral. Na pesquisa que descobriu pela primeira vez a ligação entre o estresse e as doenças cardíacas, os cientistas concluíram que a produção excessiva de células brancas (leucócitos) é a causa do problema. 

De acordo com os pesquisadores da Escola Médica de Harvard em Boston, a produção excessiva de leucócitos é estimulada por altas cargas emocionais que bloqueiam as artérias e outras partes do sistema cardiovascular, impedindo a circulação regular do sangue. Segundo o estudo, o estresse ativa as células-tronco da medula óssea, que por sua vez geram em excesso as células brancas. os pesquisadores descobriram que a ligação entre estresse e o sistema imunológico estaria, exatamente, na produção excessiva de células brancas. 

O estresse é o 4º maior fator de risco para infarto no país, perdendo apenas para o colesterol alto, cigarro e hipertensão. E o problema ainda é mais grave entre as mulheres, o Brasil tem a maior taxa de mortalidade por cardiopatias em mulheres da América Latina e os números não param de crescer. "A mulher está mais presente no mercado de trabalho, mas continua tendo a maior parte da responsabilidade sobre as tarefas de casa. Ela vive pressionada e ansiosa para dar conta de tantas atividades e isso tem reflexo direto na sua saúde. Se ela já traz um histórico de cardiopatia, a tendência é que esses fatores externos agravem o quadro clínico", explica o cardiologista Paulo Frange.   

Um levantamento recente feito pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica - SBCM - com mulheres de várias regiões do país apontou que 55% das entrevistadas trabalhavam pelo menos 8 horas por dia, costumavam enfrentar o trânsito nos deslocamentos para o trabalho e ainda faziam dupla jornada para cuidar das rotinas da casa. 70% delas disseram que sofrem com o estresse diário. O número de homens também é elevado, 60% das vítimas da doença são homens, com média de 56 anos de idade. O Ministério da Saúde, a partir de dados do IBGE, concluiu que os homens cuidam menos da saúde do que as mulheres, o que no caso do coração, ajuda a explicar a alta taxa de mortalidade masculina.   

 Há vários tipos de doenças cardiovasculares, variando desde a causa até o grau de agressividade. Elas podem ser causadas por fatores genéticos ou ambientais. Mas o risco de desenvolver a doença é muito maior em pessoas com colesterol alto, diabetes, pressão alta e com hábitos de vida pouco saudáveis, como o sedentarismo, a obesidade ou pessoas com níveis elevados de estresse. Para o cardiologista Paulo Frange só a adoção de medidas preventivas pode ajudar a conter esse número alarmante de mortes causadas por doenças do coração. "A população precisa se conscientizar da necessidade de adotar hábitos de vida saudáveis. Quando maus hábitos alimentares se unem ao estresse diário e ao sedentarismo, as chances de a pessoa ter um problema cardíaco aumentam consideravelmente”, conclui o especialista.   
 







Dr. Paulo Frange - médico cardiologista há 40 anos, tendo iniciado a carreira no Instituto Dante Pazzanese. Durante 15 anos foi diretor clínico do Centro Hospitalar Dom Silvério Gomes Pimenta, atual Hospital São Camilo de Santana, o maior complexo hospitalar da Zona Norte de São Paulo.  Está como vereador, pelo PTB, em São Paulo desde 1997 e está em seu sexto mandato. É um dos mais atuantes da Câmara com mais de quatrocentos e sessenta projetos protocolados, 160 aprovados e sancionados em lei e 201 em trâmite. Entre os destaques da atuação do vereador, estão leis relacionadas à saúde, Política Urbana e Administração. Um dos relevantes e atuais trabalhos do vereador foi como relator da lei de zoneamento. Mas, é na saúde que está uma das suas maiores bandeiras, a construção do Hospital Municipal da Vila Brasilândia.   


Não subestime o poder da higienização nasal


Uma das medidas mais eficazes para evitar problemas respiratórios, principalmente gripes, resfriados e crises alérgicas, é o bom e velho soro fisiológico. Saiba por quê.


Basta cair um pouco a temperatura para que muita gente comece a espirrar, tossir e assoar o nariz. Não à toa, o inverno está sempre associado a inúmeras doenças.

 E essa associação faz todo sentido. "As temperaturas frias prejudicam o funcionamento adequado da mucosa respiratória, diminuindo seu mecanismo de defesa e imunidade local. O resultado é que as vias aéreas ficam desprotegidas, mais suscetíveis às infecções virais e bacterianas", explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Andy Vicente. A tendência de que as pessoas fiquem em ambientes fechados por mais tempo – o que facilita a propagação de doenças contagiosas –, a baixa umidade e os altos índices de poluição também entram na conta, prejudicando o aparelho respiratório, como um todo. No entanto, existe uma aliada muito eficaz no combate às doenças de inverno: a higienização nasal.

"Feita diariamente, ela promove a limpeza do nariz, melhorando a hidratação do muco e facilitando a drenagem para a garganta", detalha o médico. E essa medida simples é importante, principalmente, para os alérgicos de plantão. São eles os maiores alvos das doenças de inverno, ainda mais se forem habitantes de grandes cidades, com altas concentrações de agentes poluentes; de lugares com clima frio ou com muita umidade – por que há maior proliferação de fungos. "A hidratação das vias aéreas ajuda a diminuir a concentração de alérgenos, que podem entrar em contato com a mucosa nasal e desencadear processos alérgicos", explica.

Para fazer uma boa higienização nasal, não tem segredo: soro fisiológico 0,9% ou água filtrada ou fervida com sal, aplicados no nariz, de 3 a 4 vezes, por dia, em formato de spray, jato contínuo ou seringa. A lavagem nasal está liberada, inclusive, para as crianças, até mesmo os recém-nascidos. "As crianças pequenas têm um sistema imunológico pouco desenvolvido, uma mucosa mais sensível e suscetível a processos infecto-inflamatórios".

Além da aplicação do soro fisiológico diretamente no nariz, outra medida interessante é fazer inalação ou aproveitar o vapor do banho para realizar aquela "faxina" nas vias aéreas. O uso de umidificadores também é uma solução interessante, além da ingestão constante de água. Tudo isso ajuda a hidratar a mucosa, deixando todo sistema imunológico fortalecido. "Vale lembrar que quanto mais livre e limpo estiver o nariz, melhor será a qualidade do ar que chegará aos pulmões", finaliza o otorrinolaringologista.






Instituto CEMA
http://www.cemahospital.com.br


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