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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Em excesso, Smartphone Prejudica Desenvolvimento das Crianças



Segundo um estudo divulgado pela Revista Crescer, 72% das crianças brasileiras usam o Smartphone para ver vídeos online. Entretanto, toda essa invasão tecnológica na primeira infância é um grande problema no desenvolvimento das habilidades cognitivas da criança, prejudicando o seu crescimento. Essa informação quem explica é a Psicopedagoga Lidiane Leite.

Segundo ela, a maioria dessas crianças que usa a tecnologia não consegue amarrar o sapato. “Muitas crianças chegam no ensino fundamental com dificuldade de amarrar o sapato, de recortar, de segurar o lápis e ainda com problemas cognitivos e emocionais. Isso porque elas ao invés de estarem desenvolvendo sua coordenação motora fina e criando conexões cerebrais estão navegando na internet ou jogando vídeo game“.

De acordo com Lidiane Leite, a criança já pode criar conexões cerebrais no útero da mãe. “ Sempre falo para os pais que frequentam meu consultório, que o cérebro é uma das primeiras coisas que se formam no bebê e que a maior parte das conexões cerebrais é estabelecida até os 6 anos de idade. Apesar da criança estar no útero da mãe ela já tem capacidade de aprender e criar conexões cerebrais. E por essa razão, peço às mães que conversem com o bebê e até coloquem uma música para ele ouvir“ .

A psicopedagoga enfatiza que devemos aprender a dosar o tempo do uso do celular e do tablet e nunca utilizar esses recursos como ferramenta para silenciar e acalmar as crianças. Os pais precisam dar amor e ter dedicação, principalmente na primeira infância. Sugiro aos pais brincarem com seus filhos. Os jogos de tabuleiro, Jogo do Mico, Uno e Cilada são excelentes para trabalhar raciocínio lógico, funções executivas e planejamento ”, finaliza Lidiane Leite.

Muitos pais e mães se sentem desorientados frente às ocorrências relacionadas com o universo infantil . Diante dessa realidade, a Psicopedagoga Lidiane Leite separou para nós algumas atividades que ela realiza em suas oficinas multisensoriais com as crianças.

01- Embrulhe brinquedos com papel alumínio e peça para a criança desembrulhar. Essa atividade ajuda desenvolver atenção, concentração e a coordenação motora.


02- Rasgar, amassar e fazer bolinha de papel crepom utilizando apenas o dedo indicador e polegar ajuda muito na coordenação motora fina e fortalece as mãos das crianças.


03 - Circular objetos no papel sulfite aprimora aspectos importantes da escrita, tais como: traçado, forma, noção espacial, pinça, trajeto e muito mais.


04 - Recortar jornal ou revista velha. Essa atividade vai desenvolver percepção visual, coordenação visomotora, integração bilateral, orientação espacial e força muscular.


05- Desenhar e rabiscar estimula a inteligência, o pensamento, a criatividade e a escrita.


06- Colocar a criança de frente para o espelho e pedir para ela apontar algumas partes do corpo humano. A criança vai desenvolver a consciência corporal e também entender os limites do seu próprio corpo.


A psicopedagoga Lidiane Leite afirma que aprendizagem é um processo complexo, que vai além de letras e números. “Para a criança ler e escrever corretamente, ela precisa ter certas habilidades cognitivas, tais como: percepção, atenção e memória. Se uma dessas habilidades não estiver desenvolvida, a criança não vai conseguir aprender. Recomendo trocar o celular por atividades que desenvolvam essas habilidades, como também atividades que desenvolvam a motricidade fina e grossa, a consciência corporal e a organização espacial“.






LIDIANE LEITE - pedagoga, pós-graduada em Psicopedagogia e atualmente cursando neuropsicopedagogia. Possuo vários cursos de aperfeiçoamento na área da Educação e da Psicologia. Neste momento, realizo avaliações psicopedagógicas, oficinas aos sábados e reforço escolar para crianças que tenham dificuldades.



JULHO VERDE


Campanha Julho Verde alerta para prevenção do câncer de cabeça e pescoço





Iniciativa da SBCCP e ACBG Brasil informa sobre tumores que registram mais de 43 mil novos casos no Brasil este ano

 

A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e a Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil) realizam pelo segundo ano consecutivo a campanha nacional de conscientização para prevenção sobre os tumores de cabeça e pescoço, que atingem boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago cervical, tireoide e seios paranasais. O #JulhoVerde divulga informações sobre esses tipos de cânceres, que têm como principais fatores de risco o tabagismo, o consumo de álcool, as infecções por HPV e o excesso de exposição solar. São cerca de 10 mil mortes por ano no país, só para os cânceres de laringe e cavidade oral. Os sobreviventes enfrentam perdas significativas na qualidade de vida durante e após o tratamento.

Em 2018, o tema escolhido para o #JulhoVerde da SBCCP foi “Quem ama inclui” - #EntreNessa - devido às sequelas psicológicas e funcionais irreversíveis, que prejudicam a qualidade de vida do paciente e a reinserção na sociedade. O Brasil registra a cada ano cerca de 40 mil novos casos desses tumores malignos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os números correspondem a 4% de todos os tipos da doença, sendo terceiro mais incidente entre os homens brasileiros. No Brasil, o câncer de boca chega a ser o 3º tipo de tumor mais frequente em algumas regiões, ocorrendo 7 vezes mais em homens do que em mulheres. O tabagismo está relacionado a 97% dos diagnósticos de câncer de laringe. O álcool associado ao fumo aumenta o risco em 10 vezes para câncer nessa região. A infecção pelo HPV (papilomavírus humano) tem contribuído com o aumento na incidência da doença em jovens nos últimos anos em virtude da falta de uso de preservativos na prática do sexo oral. Esta é uma tendência mundial, que também já é identificada no Brasil.

Segundo o INCA, estima-se que serão mais 6.250 novos casos de câncer de pele só em 2018. O melanoma cutâneo é um dos que mais mata no Brasil e um dos fatores é a intensa exposição solar. “A Campanha Julho Verde é a oportunidade de trazer ao conhecimento da sociedade brasileira, a realidade da prevalência do câncer de cabeça e pescoço e alertar as autoridades sanitárias para a necessidade de identificação de casos iniciais que repercutirão nos resultados de tratamento”, explica Dr. Luís Eduardo Barbalho de Mello, médico-cirurgião e presidente da SBCCP.

Os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no princípio da doença. O diagnóstico das lesões iniciais é fundamental para garantir que os índices de cura se aproximem de 100%. Com o seu desenvolvimento, alguns sinais e sintomas podem aparecer, como manchas brancas na boca, dor local, lesões com sangramento ou cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão, e dificuldade para engolir. 

"Por estas razões, nosso objetivo é alertar sobre os fatores de risco, muito presentes entre a população brasileira, e falar da importância do diagnóstico precoce. Em 60% dos casos, a doença já está mais avançada quando é descoberta”, destaca a presidente e fundadora da ACBG Brasil, Melissa A. R. Medeiros. As chances de cura são maiores se a doença for detectada no início. Com o autoexame, por exemplo, é possível e identificar se existem feridas na boca que não cicatrizam há mais de duas semanas ou inchaços no pescoço. 

Além das terapias tradicionais, nos últimos anos algumas drogas promissoras têm conseguido melhorar o prognóstico dos pacientes, com uma ação mais eficiente e menos agressiva ao organismo, como as imunoterapias e terapias-alvo. A conscientização sobre essas doenças também reforça o trabalho de entidades como a SBCCP e ACBG, pelo maior acesso a tratamentos inovadores e suporte ao paciente pós-terapias. Em 2017, a campanha #JulhoVerde foi destaque em veículos de comunicação em 23 estados brasileiros, com presença em emissoras de rádio, TV e grandes portais de notícias. 




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Repouso ou não após a transferência embrionária?


Apesar de não alterar a chance de gravidez, o repouso é muito importante para equilibrar as emoções após o procedimento


Desde o surgimento da fertilização in vitro (FIV), uma das dúvidas que acomete os casais após se submeterem ao tratamento de reprodução assistida refere-se à necessidade de repouso após a transferência embrionária. No decorrer dos anos, muitos trabalhos científicos foram publicados sobre esse tema, mas sem comprovações. Mas, então, por que será que grande parte dos médicos continuam indicando o descanso, muitas vezes até 12 dias, se este não altera as chances de gravidez na FIV?

Para o Dr. Ricardo Luba, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, quando se trata de uma nova vida todo cuidado é pouco, independentemente das recomendações científicas. "O momento da transferência embrionária é um dos mais importantes de todas as técnicas da reprodução in vitro. Recomendo que a paciente fique, pelo menos, 48 horas em repouso absoluto. Existe, sim, chance do embrião se deslocar se houver um esforço excessivo. Atividades físicas e relações sexuais também devem ser evitadas neste período, porque não pode haver contração uterina nessa fase, o que poderia atrapalhar o processo de implantação", explica.

Alguns médicos recomendam o repouso absoluto até sair o resultado do exame (Beta-HCG), que acontece cerca de 12 dias após a transferência do embrião, mas Luba considera o procedimento desnecessário. "O que acontece e é muito comum nessa fase é a mulher ficar ansiosa até sair o resultado do exame. Afinal, ela passou por um tratamento no qual existe desgaste físico e emocional. Por isso, para diminuir o estresse e a ansiedade durante o tratamento, recomendo acupuntura ou até uma terapia para aliviar a tensão.

O repouso também é visto como um bom aliado ao estado psicológico. Após a transferência do embrião, é comum a mulher sentir dores no abdômen e baixo ventre. Portanto, vai da sensibilidade de cada clínica ou profissional indicar o repouso para garantir o bem-estar e o conforto da paciente.

Para o especialista em embriologia, a transferência do embrião - por ser a última técnica da fertilização in vitro - é uma etapa muito especial. "Nesse momento, como embriologista, tenho a sensação de dever cumprido, mas com um fundo de expectativa e uma certa apreensão por ter de aguardar ainda 12 dias pelo resultado", confessa Debora Rodrigues, embriologista da clínica Genics. "No meu ponto de vista, o repouso pós transferência não interfere tanto no processo de implantação do embrião, depende mais da interação entre o embrião e o endométrio, mas considero o repouso fundamental para a parte psicológica da paciente. Até por causa da polêmica que envolve o assunto, muitas mulheres só acreditam que ficarão grávidas se fizerem o repouso", declara a especialista.



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