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quinta-feira, 10 de março de 2016

Cegos enfrentam dificuldades para pagamento em máquinas de cartão





Falta de acessibilidade em equipamentos sensíveis ao toque impede ou dificulta pessoas com deficiência visual de realizar transações financeiras

Você passaria sua senha do banco para um desconhecido para ele pagar suas compras? É isto que os cegos têm enfrentado na hora de realizar transações financeiras em máquinas de cartão de débito ou crédito touchscreen. Com a falta de recursos táteis ou sonoros desses terminais, cerca de 6,5 milhões pessoas com deficiência visual (censo IBGE/2010) estão com dificuldade ou são impedidas de realizar pagamentos por meio do sistema eletrônico. 
O problema se agravou por conta da substituição das máquinas antigas, que tinham botões físicos com orientações táteis, por modelos mais modernos e sensíveis ao toque, inviabilizando o pagamento. Segundo Alberto Pereira, consultor de acessibilidade da Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, “é preciso melhorar diversos aspectos de usabilidade dos terminais de pagamentos eletrônicos para os cegos. A falta de acessibilidade nas máquinas pode deixar essas pessoas vulneráveis a golpes, além de impedir que elas exerçam seu direto de cidadania e participação social”.

O que diz a legislação?
Em janeiro de 2016, entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão que assegura igualdade de diretos e oportunidades entre as pessoas com deficiência e cria um desenho universal de acessibilidade, em que nada pode prejudicar ou impedir a participação social desse grupo de brasileiros, inclusive no acesso às novas tecnologias. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a Lei 4.754 publicada no Diário Oficial da União determina que, até maio deste ano, empresas operadoras de cartões de crédito e débito terão que oferecer teclas em Braille, adaptar informações em áudio e aumentar as proteções laterais nos equipamentos. O descumprimento sujeitará às penalidades previstas na Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Código de Defesa do Consumidor.
Para evitar penalidades, as empresas responsáveis pelos equipamentos estão consultando as pessoas com deficiência visual e se reunindo com instituições de apoio às pessoas com deficiência visual, como a Laramara, que é reconhecida internacionalmente por seus projetos sociais e assistenciais, para desenvolver um protótipo de uma máquina totalmente acessível, com marcação tátil e voz que verbalize as informações exibidas na tela.
“Colocar no mercado uma máquina acessível para todos é essencial, porém o mais importante é trabalhar em prol do empoderamento e da participação de pessoas com deficiência visual, permitindo-as exercerem seu papel como consumidor e cidadão”, finaliza Pereira.

Endoscopia é padrão-ouro no diagnóstico de intolerância ao glúten





Intolerância ao glúten define a base da doença celíaca. Apesar de surgir em qualquer fase da vida, normalmente esse tipo de alergia é identificado antes dos três anos de idade, quando a criança reage com indisposição às vezes severa ao comer pães, biscoitos e massas, em geral, que contêm glúten. Presente no trigo, na aveia, centeio, cevada e no malte, o glúten pode fazer parte da composição, também, de produtos não-ingeríveis, como medicamentos e cosméticos. Com um correto diagnóstico, o paciente poderá estar sempre atento às composições descritas nas embalagens antes de entrar em contato com essa substância que danifica as vilosidades do intestino delgado e prejudica a absorção dos alimentos. De acordo com Edson Ide, médico endoscopista do Centro de Diagnósticos Brasil, em São Paulo, depois do exame de sangue, a endoscopia é o principal exame para determinar se uma pessoa tem ou não tem doença celíaca.
“Com um exame de sangue é possível avaliar a presença de imunoglobulinas associadas a alergias e, inclusive, fazer um teste genético. Mas como esse exame, apesar de bastante sensível, não oferece diagnóstico conclusivo, o próximo passo é realizar uma endoscopia gastrointestinal – que é considerada padrão-ouro nesses casos. O exame permite identificar se há inflamação ou mesmo alguma lesão no intestino delgado – o que é um forte sinal de doença celíaca. Alguns médicos costumam solicitar uma pequena biópsia durante a endoscopia, mas depende muito do histórico de saúde do paciente. De todo modo, trata-se de um exame que dura entre 10 e 15 minutos e é minimamente invasivo”, diz Ide.
O endoscopista explica que as vilosidades presentes no intestino delgado têm o papel bastante relevante de contribuir para a absorção dos nutrientes dos alimentos que estão sendo digeridos. Quando o paciente tem intolerância ao glúten, normalmente essas vilosidades – que se assemelham a vários dedos – encontram-se achatadas. Sendo assim, o organismo não recebe os nutrientes de forma adequada e essa condição pode favorecer o aparecimento de outras doenças. Diante da importância desse exame, é fundamental que o paciente tenha uma preparação adequada, que inclui jejum de água e alimentos até seis horas antes da endoscopia. “Apesar do jejum, o paciente não deve mudar sua alimentação até obter diagnóstico de doença celíaca. Quando o paciente suspende por conta própria o consumo de alimentos que contêm glúten, essa alteração pode influenciar nos resultados, mascarando o problema”. 
Antes de a endoscopia começar, Edson Ide explica que o paciente é deitado e levemente sedado – já que o procedimento poderia desencadear algum desconforto ou até mesmo sensação claustrofóbica. Durante o procedimento, uma cânula ultrafina é inserida através da boca até alcançar o início do intestino delgado. Além de visualizar todo o trajeto, um instrumento poderá colher pequenas biópsias da parede intestinal – que serão examinadas por um patologista para determinar a extensão dos danos às vilosidades. Caso elas estejam lesionadas ou achatadas, é confirmada a presença de doença celíaca. “O exame é rápido, mas, por conta da sedação, o paciente deverá se recuperar por algum tempo e voltar para casa somente acompanhado por um parente ou conhecido. Alguns pacientes relatam desconforto na garganta após retomar a consciência, mas isso passa em poucas horas – quando tudo volta ao normal”, diz Ide. A doença celíaca acomete cerca de 1% da população mundial.


Dr. Edson Ide, médico endoscopista do Centro de Diagnósticos Brasil, em São Paulo – www.cdb.com.br

Celebridades se engajam em movimento nas redes sociais para o Banco de Lenços Flávia Flores





  Artistas colaboram com postagens de apoio ao projeto que ajuda na autoestima de pacientes com câncer
  Dia 22/3 haverá mutirão do Banco de Lenços na Laundry Deluxe em São Paulo



Depois de Fábio Porchat e Ana Furtado, foi a vez do piloto Max Wilson, a atriz Simone Zucato e o artista João Côrtes mandarem seus vídeos em apoio ao projeto Banco de Lenços Flávia Flores, que coleta, higieniza e distribui lenços para mulheres com câncer. Para participar, basta postar um vídeo mostrando seu apoio ao Banco de Lenços “Eu apoio o Banco de Lenços Flávia Flores”, com as hashtag #bancodelencos e #quimioebeleza, marcando o projeto Quimioterapia e Beleza, onde tudo começou. O Brasil inteiro está convidado a colaborar. 
Dia 22 de março, às 16h, haverá um mutirão do Banco de Lenços na Laundry Deluxe, nos Jardins, em São Paulo, lavanderia que é a nova parceira na higienização dos lenços doados. Além da nova parceria com a Laundry, o Banco de Lenços passa a ser totalmente operacionalizado pelo Instituto Quimioterapia & Beleza, também criado por Flávia Flores.

Saiba mais:
Inaugurado em dezembro de 2015, o Instituto Quimioterapia & Beleza nasceu após o forte engajamento e inspirador trabalho nas redes sociais da blogueira Flávia Flores que, através de pequenas ações, levou conforto, bem estar e cuidados com a beleza para mulheres diagnosticadas com câncer.
O Instituto tem como missão fortalecer mulheres que estão enfrentando a doença, usando a beleza como uma das ferramentas de superação. Nesta nova fase, as ações que Flávia praticava nas redes sociais ganham outra dimensão, a exemplo da nova gestão do Banco de Lenços. A partir do dia 07 de março, as pacientes poderão acompanhar as novidades do Banco no site (www.bancodelencos.com.br), quando o Instituto Quimioterapia e Beleza já será o responsável pela arrecadação, higienização, pedidos e entregas de lenços às pacientes.
A Laundry Deluxe, descolado e inovador espaço, misto de lavanderia, bar, café, restaurante e galeria de arte, no bairro dos Jardins, em São Paulo, será a parceira na higienização dos lenços. Dos sócios Fábio Guia, Marcelo Kalil e Jefferson Paiano, a lavanderia possui doze máquinas de lavar e doze secadoras de autoserviço, que agora também funcionarão em nome do Banco de Lenços fazendo a diferença na vida de tantas mulheres.

Mutirão
Para celebrar esta nova fase o Instituto organizará um Mutirão na Laundry Deluxe (Rua Consolação 2937), entre às 16 e 20h, no dia 22 de março, em que pretende captar recursos para manutenção do Banco, chamando atenção dos empresários e doadores para uma boa causa. Durante o evento o público será convidado a participar da ação “Participe dessa Experiência” em que poderão executar passo a passo os processos operacionais do banco de lenços (selecionar, higienizar, dobrar, embalar, etiquetar e depositar o lenço na caixa para postagem). Os interessados em participar da experiência podem adquirir o ticket no local, no valor de R$ 20 (que representa o custo real de cada lenço doado). A renda adquirida no evento será repassada ao Instituto Quimioterapia & Beleza, para manutenção do Banco de Lenços.


Laundry Deluxe – Rua da Consolação, 2937
Data e Horário: 22/3 das 16h às 20h
Participe e leve um lenço para doação!

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