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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A importância das vacinas para a fertilidade



A única forma de evitar a caxumba, que pode causar infertilidade masculina, é tomar a vacina tríplice na infância, alerta Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em reprodução humana e diretor da clínica


Está comprovado pela ciência que chegar à fase adulta sem os danos motores causados pela paralisia infantil, as cicatrizes da varíola ou as sequelas do sarampo e da febre amarela é resultado de uma infância amparada por vacinas. Além de uma vida saudável, a imunização também é de suma importância para a fertilidade do homem e da mulher, ao evitar os males causados pela caxumba e pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).


Caxumba

A caxumba é uma infecção causada por um vírus que ataca a glândula salivar (parótida) e os testículos. Nos testículos, o vírus pode causar inflamação e interromper a produção dos espermatozoides por destruição tecidual. Ao tomar a vacina tríplice, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, a criança evita contrair a doença e, consequentemente, poderá não apresentar infertilidade masculina na fase adulta. 

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos homens que tiveram caxumba, desenvolveram infecção nos testículos. Se um homem é afetado pela doença, tem grande chance de diminuir a produção de espermatozoides e até sofrer uma atrofia testicular - diminuição do tamanho dos testículos e mau funcionamento. “A única forma de evitar a doença é tomar a vacina tríplice na infância”, alerta o ginecologista especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro.


HPV

Já no caso do HPV (Papiloma Vírus Humano), o vírus pode causar a formação de verrugas na pele, na parte oral, como lábios, boca e cordas vocais, como nas regiões anal e genital (vulva, vagina, colo do útero, pênis e da uretra). As lesões genitais podem causar câncer de colo de útero e do pênis. O tratamento é realizado com medicamento ou de forma cirúrgica, por cauterização das verrugas ou dos tumores do câncer. 

O HPV é transmitido pela relação sexual sem o uso de preservativo, por isso, é considerado uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Ainda que raro, o vírus também pode ser transmitido ao feto no momento do parto.
 
“Crianças a partir de nove anos podem tomar a vacina contra o HPV, que previne contra o vírus e o câncer de colo de útero. Ela é oferecida pelo SUS e em clínicas particulares. Porém, é importante ressaltar que o uso de preservativo é fundamental para evitar contrair o HPV e as demais DSTs”, orienta Dr. Luiz da Fertivitro.


Vacinação
Mais informações sobre caxumba e HPV e como tomar as vacinas, consulte o site do Ministério da Saúde:


Tratamentos para a infertilidade 

No caso do homem ter sido afetado pela caxumba e apresentar infertilidade, é possível contar com a ajuda da reprodução humana para realizar o sonho de ter um filho. 

Existem três tipos de tratamentos para a infertilidade, dependendo do problema dos pacientes: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.






Dr. Luiz Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica. O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana. Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.






Estrabismo e retinopatia são comuns em bebês prematuros



No próximo dia 17 de Novembro é lembrado o Dia Mundial da Prematuridade. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 12% dos bebês nascem antes das 37 semanas de gestação, considerados assim prematuros. A boa notícia é que quando o parto acontece em centros especializados em medicina neonatal, mais de 80% dos bebês sobrevivem.

Entretanto, embora a taxa de mortalidade tenha sido reduzida, graças aos avanços da medicina neonatal, os bebês prematuros precisam de acompanhamento de várias especialidades, como de um oftalmopediatra, por exemplo. Isso porque os prematuros podem desenvolver a chamada retinopatia da prematuridade (ROP) e o estrabismo, entre outras condições.

Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra e especialista em estrabismo, a retinopatia da prematuridade é uma das principais causas de cegueira infantil que podem ser prevenidas. “A imaturidade orgânica do prematuro pode levar a alguns problemas. Um deles é a retinopatia da prematuridade que é uma doença em que há proliferação dos vasos sanguíneos da retina e consequente falta de vascularização. Quando não diagnosticada e tratada precocemente, há um risco grande de cegueira ou ainda graves sequelas visuais”.


Fatores de Risco
 
Estima-se que um terço dos bebês nascidos com menos de 1,5 kg pode desenvolver a ROP. Já os que pesam menos de 1,2 kg têm 65% de risco. Quanto menor a idade gestacional, maior será o tempo para o aparecimento dos sinais indicativos da ROP.

Isso quer dizer que os bebês que nascem muito antes do previsto demoram mais tempo para desenvolver a retinopatia. De qualquer maneira, todo bebê prematuro deve passar pela avaliação de um oftalmopediatra entre a 31ª e 33ª semana de idade gestacional ou entre a 4ª e 6ª semana de vida.


Estrabismo em prematuros
 
A imaturidade biológica dos prematuros também pode levar ao estrabismo, condição em que há desvio dos olhos. “Há vários tipos de estrabismo e alguns são mais graves, como no caso do estrabismo convergente que surge já nos primeiros meses de vida. Nestes casos, há indicação de cirurgia ainda no primeiro ano de vida e deve ser feito um acompanhamento regular. Em outros casos, como no estrabismo divergente, é possível esperar um pouco mais”, comenta Dra. Marcela.

É importante lembrar que a cirurgia não é estética, pois o estrabismo impacta na visão binocular (estereopsia), que ocorre quando o cérebro funde as duas imagens captadas pelos olhos em uma só. A visão binocular é fundamental para enxergar um campo visual maior e para dar a noção de profundidade, assim como para vermos imagens em 3D. Segundo Dra. Marcela, esta condição quando não tratada também pode levar à perda da acuidade visual decorrente da ambliopia (olho preguiçoso).

O diagnóstico do estrabismo deve ser feito de forma precoce. “Sabemos que quanto antes a cirurgia for feita, maior a chance de melhorar ou adquirir certa capacidade de visão binocular, por exemplo”, diz a médica.

O bebê prematuro precisará de consultas com o oftalmopediatra de forma rotineira, até que a visão esteja completa, por volta dos sete ou oito anos, mesmo que não apresente nenhum problema na maternidade.





Pesquisa da SBOC aponta que brasileiro ainda não adota comportamento preventivo em relação ao câncer de próstata



Levantamento da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica mostra que apenas 1 em cada 5 homens realiza exames para identificar precocemente a doença


Apesar de campanhas massivas de informação como a celebração do Novembro Azul, o brasileiro ainda não adota ações efetivas de combate ao câncer de próstata. Esta é a uma das conclusões identificadas na primeira pesquisa proprietária da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o “Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em relação ao Câncer”, na qual foram ouvidas mais de 1,5 mil pessoas, sendo 723 entrevistados do sexo masculino.

De acordo com a pesquisa, o câncer de próstata é a variedade da doença que tem maior incidência na população masculina – um a cada 4 homens (24%) já foi ou conhece alguém que foi diagnosticado. Por conta do grande contato e pelas diversas campanhas de prevenção, 67% sabem que deveriam fazer exames de próstata e 42%, que deveriam passar por exames de PSA. No entanto, na hora de colocar na prática essa atitude preventiva, os números despencam. Apenas 22% dos brasileiros fazem exame de próstata e 20% de PSA. “Este é um dado bastante preocupante, em especial, porque as taxas de conversão, ou seja número de brasileiros que sabe que deveria fazer exames e não os faz, é extremamente alta”, afirma o Dr. Volney Soares, oncologista clínico e Diretor da SBOC.

Entre os estados com melhores índices de informação a respeito da necessidade de se fazer exames de próstata, apresentam as melhores notas os estados do Acre (93%), Distrito Federal (86%) e Paraná (82%). No contraponto, Mato Grosso (33%), Rondônia (40%) e Maranhão (47%) registraram os piores índices.

Já no caso do PSA, paraibanos e alagoanos demonstraram os melhores níveis de reconhecimento (empatados com 57%), enquanto dois estados do Centro-Oeste brasileiro tiveram os piores índices: Mato Grosso, com apenas 7% de reconhecimento da necessidade de fazer este tipo de exame, e Mato Grosso do Sul (21%).

Além de os dados referentes à prevenção do câncer de próstata não serem positivos, o estudo mostrou uma situação ainda mais preocupante em relação à saúde do homem. “De modo geral, foi possível perceber que o homem brasileiro hoje só se preocupa minimamente com a próstata e não tem nenhuma iniciativa preventiva em relação a outros tipos de câncer de alta incidência, como pulmão, ânus e estômago”, afirma Soares.




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