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sábado, 30 de janeiro de 2021

Empregador Doméstico agora pode usar o celular para programação de férias pelo eSocial

App recebeu atualização e tornou mais fácil e ágil o processo


O aplicativo eSocial Doméstico, desenvolvido pelo Serpro em parceria com as secretarias Especiais da Receita Federal e de Previdência e Trabalho, recebeu uma atualização que simplifica a programação de férias do trabalhador, permitindo que seja feita de forma rápida e fácil, com apenas alguns toques no celular.

A nova funcionalidade permite programar férias, emitir o recibo e gerenciar as programações já feitas, tanto pela web quanto pelo próprio App. “O Sistema calcula automaticamente a folha de pagamento do mês de férias e emite a guia de arrecadação dos tributos e do FGTS (DAE)” esclarece o gerente de negócios do Serpro, Leonardo Rocha, destacando a facilidade que a atualização proporciona ao trabalhador. “Ao final, é possível imprimir o recibo de férias e fechar a folha do mês, calculada automaticamente, gerando a guia. Ou seja, desde a programação das férias até a emissão do DAE, tudo poderá ser feito usando o app no celular”, disse.


Como fazer

Para programar as férias é necessário apenas dois passos, e todo o processo é aberto e finalizado; acompanhe:

1. Abra o aplicativo e selecione a opção Férias  no menu, e se houver mais de um trabalhador, selecione aquele para o qual as férias serão programadas;

2. Indique a quantidade de dias, o início das férias e se o trabalhador "vendeu férias". É só confirmar e pronto.


Aplicativo

O eSocial permite a integração entre diversas áreas da empresa, como RH, contabilidade, financeiro, dentre outras, tornando os processos da instituição mais transparentes tanto para o governo quanto para seus clientes e fornecedores. Pesquisa realizada pelo Ministério da Economia aponta que mais de 70% dos usuários consideram a experiência com o eSocial melhor ou muito melhor do que antes.

Os usuários do sistema contam com serviços de integração com os softwares de gestão corporativa; portais Web para acesso das empresas e do cidadão; aplicativo mobile para trazer mobilidade à gestão dos empregados; chatbot para responder ao questionamento dos empregadores domésticos; lago de dados para possibilitar o consumo dos dados do eSocial; e serviço de download para possibilitar que as empresas/empregadores recuperem as informações enviadas para o eSocial.

O aplicativo está disponível para Android e iOS  e pode ser baixado gratuitamente na Google Play Store  e na App Store

 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para a presença de caravelas no mar do sudeste brasileiro durante o verão

Brasil vive surto de caravelas há quase trinta anos 



Lindas, porém, venenosas, as caravelas-portuguesas, animais parecidos com as águas vivas, estão cada vez mais presentes no litoral sudeste do Brasil, principalmente no estado de São Paulo. Embora estes bichos sejam comuns no Nordeste do Brasil, estão aparecendo às centenas de maneira brusca no verão paulista. A aproximação dos animais se dá pelo vento, clima e para a reprodução, o que faz crescer o número de acidentes envolvendo os banhistas. O perigo acontece por conta da liberação de um veneno que é produzido em uma célula– o nematocisto.  

De acordo com o Dr. Vidal Haddad, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, “não é necessário deixar de frequentar as praias. No entanto, é preciso tomar cuidado e se afastar dos animais, já que o contato com seus enormes tentáculos causa dor instantânea e violenta, além da vermelhidão”. Muito raramente, pode haver comprometimento cardíaco e pulmonar, o que torna os acidentes muito graves.  O dermatologista reforça “que se automedicar também não é indicado e pode causar complicações. Urina é folclore, assim como Coca-Cola e outros remédios de inspiração popular”, orienta. 


Primeiros socorros: 

1)Faça compressas de água do mar gelada e aplique vinagre de cozinha para aliviar a dor e retirar parte do veneno do ferimento.   


2)Se os tentáculos se fixarem na pele, retire-os com um palito e não com as mãos. 


3)Não lave o ferimento com água doce, pois piora o envenenamento.  


4)Não toque nos tentáculos das caravelas sem luvas adequadas.  


Se realizar os primeiros socorros e os sintomas persistirem ou se sentir falta de ar, taquicardia ou perda dos sentidos, busque atendimento médico rapidamente para tratamento adequado.  

E atenção! Converse com a criançada sobre nunca tocar em animais marinhos que estejam na areia. “No caso das caravelas, por exemplo, seu veneno fica ativo por horas mesmo no animal já morto”, alerta Haddad. As “bexiguinhas azuis” atraem a atenção das crianças e causam acidentes ao serem manipuladas. 



Sobre as caravelas-portuguesas 

As caravelas-portuguesas são animais marinhos muito confundidos com águas vivas. São aparentadas. Sua característica principal é apresentar um balão flutuador roxo ou avermelhado, muito visível e que fica cima da linha da água. Aparecem com frequência nas regiões Norte e Nordeste, mas também podem surgir em grande número em intervalos de tempos pequenos nas regiões Sul e Sudeste. No litoral de São Paulo, por exemplo, esses animais surgem sazonalmente, no verão, na época de reprodução. 




Sociedade Brasileira de Dermatologia 


www.sbd.org.br


Hilab realiza campanha para promover a conscientização do HIV e das ISTs

Por meio de um jogo de cartas, a iniciativa testa seus conhecimentos e contribui com a disseminação de informações sobre o tema


Em dezembro, o Ministério da Saúde (MS) apresentou o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020, nele, revelou que atualmente cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. 89% delas foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral indetectável. Até outubro de 2020, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento com antirretroviral, enquanto, em 2018, eram 593.594 pessoas em tratamento.

Levar o conhecimento e a quebra do tabu do HIV e ISTs é fundamental para prevenir as doenças e realizar o tratamento adequado o mais rápido possível. Pensando em conscientizar a população de forma leve e descontraída, a Hilab, health tech que desenvolveu o laboratório remoto Hilab, cria o cardgame "Este não é um jogo qualquer", uma iniciativa da empresa que busca informar e promover a saúde preventiva em relação ao HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs.

Baseado em perguntas reais, o objetivo deste jogo é ensinar todos aqueles que desejem saber mais sobre o vírus causador da AIDS, suas formas de transmissão e prevenção ou simplesmente querem tirar dúvidas sobre a doença.

O intuito do jogo é fazer com que as pessoas de uma forma suave e divertida, aprendam sobre temas que costumam ser tabus entre pessoas de todas as idades. "Quando criamos o jogo, imaginamos um que pudesse ser jogado em qualquer lugar, seja em casa com amigos, na mesa de um bar ou em uma atividade escolar, pois desta forma, conseguimos de forma leve, disseminar o aprendizado sobre um tema tão fechado e coberto de preconceitos", conta José Restrepo, diretor de marketing da Hilab.

"Estima-se que 135 mil pessoas podem ser portadores do vírus sem saber ou por não conhecer o que o mesmo pode causar. Vale ressaltar que o diagnóstico precoce e o uso adequado das medicações garantem qualidade de vida aos soropositivos", conclui Restrepo.

Para ganhar um jogo basta se inscrever pelo site: www.fazumhilab.com.br/jogo, preencher os dados, escolher a cidade e as farmácias parceiras que servirão de pontos de distribuição.

 

Por que pessoas com restrições alimentares devem fazer suplementação de vitamina B12?

A deficiência de mecobalamina pode causar complicações hematológicas, psíquicas e neurológicas graves como a anemia megaloblástica e até demência

 

A vitamina B12, também conhecida como mecobalamina, é responsável pela formação de células vermelhas do sangue e também para o sistema nervoso, sendo cofator de diversas enzimas primordiais ao organismo, inclusive na produção de DNA. Entretanto, a falta de mecobalamina pode levar a complicações hematológicas, psíquicas e neurológicas graves, como a anemia megaloblástica e até demência.

Como essa deficiência pode permanecer assintomática por longos períodos e causar uma série de problemas de saúde, veganos, vegetarianos e pessoas com problemas de mastigação, deglutição e digestão precisam fazer o monitoramento adequado, por meio de exames de sangue específicos periodicamente e, acima de tudo, recorrer à suplementação.

 

Mas o que é a Vitamina B12?

Para que se entenda melhor, a vitamina B12 é sintetizada exclusivamente por micro-organismos, solúvel em água e essencial a todos. Os seres humanos não são capazes de produzi-la, portanto, a fonte natural de vitamina B12 na dieta humana restringe-se ao consumo de alimentos de origem animal ou suplementação.  

Ela é absorvida somente no intestino delgado, e para isso requer uma glicoproteína produzida pelas células parietais do estômago, chamada de fator intrínseco. A ligação da B12 ao fator intrínseco forma um complexo que resiste às enzimas proteolíticas do intestino, e posteriormente adere-se a receptores específicos das células epiteliais do íleo distal, onde a B12 é absorvida. Quando esse processo não ocorre corretamente, sua absorção é diminuída.

Por isso, no caso de pessoas com problemas de mastigação, deglutição e digestão, a deficiência se dá por conta da diminuição da ingestão de carne, que é fonte de vitamina B12. Já no caso dos vegetarianos, a opção de uma dieta que não inclui nenhum produto de origem animal, leva a falta da mecobalamina no organismo. 


Sintomas e diagnóstico

A falta de vitamina B12 pode exibir sintomas, entre eles estão a anemia, fraqueza, parestesias (sensação de formigamento), dores nos nervos (neuropatias), esquecimento (levando até a um quadro de demência), e outros. Quanto mais prolongada a deficiência, mais lenta e incompleta a recuperação. Portanto, diagnóstico precoce é fundamental para prevenir e impedir a progressão de distúrbios neurológicos que podem ser irreversíveis.

“Em casos de anemia, o tratamento geralmente fica em torno de dois meses, já o quadro neurológico regride parcial ou completamente em seis meses. Mas, muitas vezes, o tratamento da deficiência de vitamina B12 deve ser mantido por períodos longos ou pela vida toda se a causa da deficiência é mantida”, explica Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari, médica geriatra formada pela Universidade Federal de São Paulo, Fellowship no Geriatric Medicine Program na University of Pennsylvania e responsável pelo departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma.


Tratamento sem injeções

O tratamento com mecobalamina, a forma ativa da vitamina B12, é conhecido por ser um tanto quanto doloroso por conta das injeções intramusculares, o que pode levar os pacientes, muitas vezes, a negligenciar os procedimentos.  A boa notícia é que agora já existe no mercado a vitamina B12 sublingual de forma ativa, que oferece absorção imediata, um grande alívio que garante maior adesão e enfatiza que nem todo tratamento médico precisa ser um incômodo.

“Como não existia, até o momento, um medicamento contendo B12 por via sublingual. que pudesse ser uma alternativa à via parenteral no Brasil. Muitos pacientes tinham a necessidade de importar produtos dos EUA na concentração de 1.000 mcg de mecobalamina sublingual, mas estes produtos costumam ser suplementos alimentares nos EUA e não passam pelo mesmo controle de qualidade rigoroso dos medicamentos pelo Food and Drug Administration (FDA). O desenvolvimento da vitamina B12 sublingual de forma ativa realmente revoluciona o mercado e tem tudo para ser a primeira opção para quem precisa da suplementação”, conclui a especialista.

 



Dra Rita de Cássia Salhani Ferrari - médica geriatra formada pela Universidade Federal de São Paulo, Fellowship no Geriatric Medicine Program na University of Pennsylvania, responsável pelo departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma. 

 

Marjan Farma

www.marjanfarma.com.br


COVID-19 pode alterar o padrão de conectividade funcional do cérebro, aponta estudo

 As linhas azuis na imagem representam as conexões que estão diminuídas nos voluntários que tiveram COVID-19 em comparação aos indivíduos do grupo controle. As linhas vermelhas correspondem às conexões que estão aumentadas nos participantes que foram infectados pelo SARS-CoV-2 (imagem: Brunno Machado de Campos/Unicamp)


Dados preliminares de um estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sugerem que a COVID-19 – mesmo nos casos leves – pode alterar o padrão de conectividade funcional do cérebro, causando uma espécie de “curto-circuito” no órgão.

As conclusões se baseiam em exames de ressonância magnética funcional (com sequência de repouso) feitos em 86 voluntários que já haviam se curado da infecção há pelo menos dois meses. Os resultados foram comparados com os de 125 indivíduos que não tiveram a doença e serviram como controle.

“No cérebro normal, determinadas áreas estão sincronizadas durante uma atividade, enquanto outras estão em repouso. Já no caso desses indivíduos que tiveram COVID-19, notamos uma perda severa da especificidade das redes cerebrais. Tudo está conectado ao mesmo tempo e isso provavelmente leva o cérebro a gastar mais energia e trabalhar de forma menos eficiente”, conta Clarissa Yasuda, professora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM-Unicamp) e integrante do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

Os dados – ainda não publicados – foram apresentados por Yasuda nesta quarta-feira (27/01), durante o 7o BRAINN Congress. O estudo ainda está em andamento e o grupo tem a intenção de incluir mais participantes. A ideia é acompanhar os desdobramentos cerebrais da infecção pelo SARS-CoV-2 durante ao menos três anos.

Segundo Yasuda, ainda não se sabe de que modo o vírus causa essa alteração na conectividade cerebral, mas há algumas hipóteses a serem investigadas. “É possível que a infecção prejudique parte das redes neurais e, para compensar a falha no sinal, o cérebro ative outras redes simultaneamente. Essa hiperconectividade pode também ser uma tentativa do cérebro de restabelecer a comunicação nas áreas afetadas”, diz a pesquisadora.

Outra hipótese a ser estudada pelo grupo da Unicamp é se esse estado de disfunção cerebral tem relação com alguns dos sintomas tardios da COVID-19 relatados por diversos pacientes, como fadiga, sonolência diurna e alterações de memória e concentração.

“Pretendemos comparar o funcionamento cerebral de pacientes que apresentam esses sintomas tardios com o de pessoas que se curaram da doença e ficaram sem sintomas. Se essa relação entre hiperconectividade e sintomas neuropsicológicos persistentes se confirmar, poderemos pensar em drogas e outros tratamentos capazes de amenizar o quadro”, conta à Agência FAPESP.


Alterações estruturais e funcionais

A pesquisa começou no segundo semestre de 2020, com um questionário on-line respondido por mais de 2 mil pessoas de todo o país. Foram incluídos apenas indivíduos com a doença confirmada por teste de RT-PCR, e aproximadamente 90% não precisaram de tratamento hospitalar (apenas tratamento domiciliar). Nessa fase, os participantes relataram os sintomas que estavam vivenciando cerca de dois meses após o diagnóstico. Os mais comuns foram fadiga/cansaço (53,5%), cefaleia (40,3%) e alteração de memória (37%).

Após seis meses, também por meio de questionário on-line, 642 participantes relataram ainda sofrer com os sintomas tardios da doença, entre eles fadiga/cansaço (59,5%), sonolência diurna (36,3%), alterações de memória (54,2%), dificuldade de concentração (47%) e para realizar as atividades diárias (23,5%). Além disso, 41,9% relataram sintomas de ansiedade – um percentual bem acima da média da população brasileira, que é em torno de 10%.

Parte dos voluntários foi avaliada presencialmente pelos pesquisadores e submetida a testes neuropsicológicos – para avaliar funções cognitivas como memória e atenção – e exames de ressonância magnética, que permitiram analisar de forma não invasiva tanto a substância cinzenta do cérebro (onde fica o corpo dos neurônios) como a chamada substância branca (onde ficam os axônios e células gliais). As avaliações foram feitas após o termino da fase aguda, em média 55 dias após o diagnóstico.

“Ajustamos os resultados dos testes neuropsicológicos de acordo com a idade, o sexo e a escolaridade do participante. Foi possível perceber que os indivíduos com sintomas tardios da COVID-19 tiveram um desempenho cognitivo abaixo do esperado. Eles se saem pior que a média dos indivíduos brasileiros em algumas tarefas”, conta Yasuda.

Já os exames de imagem revelaram que algumas regiões do córtex dos voluntários tinham espessura menor do que a média observada nos controles – entre elas áreas relacionadas com a ansiedade. Outras regiões apresentavam aumento de tamanho, o que pode estar relacionado com o inchaço decorrente da infecção (leia mais em agencia.fapesp.br/34364/).

Mais recentemente, por uma técnica conhecida como tractografia, os pesquisadores notaram que também havia lesões na microestrutura da substância branca. Ainda não se sabe, porém, quais as implicações desse achado.

“Ninguém sabe ao certo de que forma o vírus afeta o cérebro: se é um dano indireto, relacionado à inflamação, ou se está diretamente ligado à infecção das células cerebrais”, comenta a pesquisadora. “De qualquer forma, os achados são surpreendentes e um pouco assustadores. Creio que já está bem claro que a COVID-19 não se trata apenas de uma gripe.”

Interessados em participar do estudo podem entrar em contato com o grupo da Unicamp pelo endereço https://forms.gle/8SoNb3tFqCwpARAo7. São elegíveis todos os indivíduos que tiveram COVID-19, ainda que sem queixas residuais.


 


Karina Toledo

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/covid-19-pode-alterar-o-padrao-de-conectividade-funcional-do-cerebro-aponta-estudo/35081/

 

Evite as dores musculares causadas pelo aumento da rotina Home Office

A nova era já começou e as empresas estão começando o processo de adaptação para os novos métodos de trabalho, um deles é o regime Home Office. Porém os trabalhadores se veem em frente a diversas adversidades como adaptação de internet, computadores e demais utensílios que tinham nos escritórios. Uma dessas rotinas é o conforto de um ambiente planejado para o trabalho, fazendo que dores musculares serem uma das causas mais comuns no último ano.

Segundo o CREFITO-3 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3° região) a procura para tratamentos musculares e readaptação de movimentos foi 58% maior no segundo semestre de 2020 comparada ao ano anterior, sendo uma das maiores queixas a dor nas costas.

 

Você já ouviu falar que temos que ficar deitados para aliviar a dor?

É algo comum e rotineiro. Se temos dor, procuramos o repouso. Porém, dentre os estudos mais modernos, entende-se que ficar parado, pode piorar as dores nas costas, por isso não é recomendado o trabalho na cama.

Os estudos provam que os movimentos são benéficos para alívio das dores, as articulações em movimento ficam melhor lubrificadas. O movimento gera a liberação de hormônios e substâncias que auxiliam na redução das dores e sensação de bem estar.

Então, movimente-se devagar, mas não deixe de fazer suas coisas e manter sua rotina. Respeite sua dor, não force, não exagere. Mas, entenda que seu corpo não É frágil, ele apenas ESTÁ frágil. Caminhadas são uma boa pedida.

O Fisioterapeuta Rodrigo Fazio conta que os pacientes muitas vezes chegam a ele alegando dores crônicas "em alguns casos as pessoas acham que o esforço físico é que causa a dor, aumento assim o período inativo fazendo que a situação se agrave".

Porém não a motivos para desespero, Rodrigo traz algumas dicas para a melhora e fortalecimento da musculatura nesse momento crítico que estamos vivendo. "Existem alguns passos que pode mudar a vida das pessoas que se queixam de dores que antes não tinham, chamo os de passos básicos, se mesmo assim a dor persistir um especialista deve ser consultado para uma checagem mais profunda".

 

1 - Calma ao acordar

Vivemos em um mundo extremamente corrido, estamos cada vez mais acelerados. Uma noite de sono é restauradora e fundamental para termos uma saúde melhor. Quando dormimos estamos sem nos movimentar, por isso ao acordar tente se espreguiçar, alongar levemente para que seu corpo acorde aos poucos e comece a distribuir energia para os músculos.

 

2 - Cuidados com a postura

Sabemos que não existe a postura perfeita, porém temos que nos atentar a forma que sentamos no trabalho, se a cadeira e o local de trabalho estão adequados, se estamos esparramados no sofá, se nós apoiamos sobre uma perna. Ao cuidarmos da postura teremos uma chance menor de ter algum tipo de desconforto na coluna, pois durante a vida adquirimos muitos vícios posturais errados.

Sempre que possível faça pausas a cada duas horas ou mude de posição, se movimente, não fique parado muito tempo na mesma postura. Esses cuidados precisam ser feitos tanto sentado quando andando. Fique de olho e mantenha sua coluna ereta.

 

3 - Faça exercícios que te desafiem

Busque a prática de exercícios e atividades que motivam, além de trabalhar o corpo, fortalecer e também ajudar no condicionamento físico você está estimulando boas práticas tanto para o corpo quanto para a cabeça. Melhor fazer algo leve do que não fazer, as vezes o menos é mais.

Dança, esportes coletivos, yoga, não importa qual seja apenas faça, respeite seus limites mas faça! A atividade física irá fortalecer a musculatura das costas e do abdômen, promovendo a adequação postural e combatendo a dor. Quanto mais músculos você tiver no seu tronco, menos peso será descarregado na coluna e nos pontos de tensão, aliviando as dores ou mesmo, eliminando-as.

 

4 - Não esqueça de se alongar!

O Alongamento é mais uma forma de melhorar alguns desconfortos da coluna, faça de maneira suave sem força. Repita algumas vezes e tente respirar profundamente enquanto alonga.

Afinal alongamento é muito bom para ajudar na nossa flexibilidade. Caso sinta dor durante a execução do alongamento não faça e procure ajuda de um profissional. Além de ajudar na dor, alivia tensões musculares também.

Essas são dicas simples, mas que se praticadas no dia a dia podem trazer uma grande melhora. 2020 foi o ano de adaptação a novas realidades e a saúde precisa como sempre estar em primeiro lugar.

Casos esses alongamentos não surtam efeito um profissional deve ser procurado para um tratamento mais intensivo e rastreio da origem da dor.


Especialista orienta sobre o efeito da máscara de prevenção sobre a orelha de abano

Para jogar luz aos aspectos que envolvem o uso das máscaras e as orelhas de abano, o Dr. Mauro Speranzini, especialistas em otoplastia – cirurgia para correção das orelhas de abano -, esclarece as dúvidas relacionadas ao tema.


Em tempos de pandemia, usar máscara de segurança tornou-se uma necessidade incorporada à rotina de bilhões de pessoas mundo a fora. Útil como forma de evitar o contágio da tão temida COVID-19, a máscara descartável não conta com a admiração dos usuários, pelo menos sob o ponto de vista estético. Antes de sair de casa, é a hora de checar o visual no espelho e é neste momento que muitas mulheres e homens passaram a se incomodar com o que veem, pois com uso das máscaras, as orelhas ganharam maior destaque e não são raras as vezes em que elas são projetadas para frente sugerindo orelhas de abano.   Para entender os aspectos que envolvem o uso das máscaras e as orelhas de abano, o Dr. Mauro Speranzini, especialistas em otoplastia – cirurgia para correção das orelhas de abano -, esclarece as dúvidas relacionadas ao tema. 

Que a pressão exercida pela sustentação das máscaras posicionadas nas orelhas, independente do material de fabricação, evidencia ainda mais o abano, é de se esperar; mas e aquelas pessoas que nunca notaram nada de errado nas orelhas e agora viram suas orelhas se projetarem excessivamente para frente com o uso da máscara descartável? Devem se preocupar além do desconforto momentâneo com o espelho? Passarão a ter orelhas de abano permanentes causadas pelo uso diário e prolongado das máscaras?   “Isto ocorre principalmente em pessoas cuja cartilagem é mais mole”, explica Speranzini. No entanto, de acordo com o cirurgião, a movimentação da posição da orelha em razão do uso das máscaras é um processo momentâneo. “Exceto a questão estética, o uso da máscara não provoca e nem potencializa qualquer abano irreversível”, ressalta.

O cirurgião observa situações com foco em quem já se submeteu a uma otoplastia para corrigir as orelhas de abano. Uma delas diz respeito aos efeitos causados por procedimentos malsucedidos, como por exemplo, no caso específico em que ocorre uma retirada excessiva de pele, praticamente colando a orelha ao crânio, o que inviabiliza o uso de máscara descartável cuja sustentação tem as orelhas como base.

Outro ponto destacado pelo cirurgião é o cuidado que se deve ter durante o processo de cicatrização da correção das orelhas de abano. Nesses casos, o Dr. Mauro recomenda o uso de máscaras que não têm as orelhas como sustentação. “Nessa fase deve-se evitar qualquer atrito ou movimento na região operada”.  O uso das máscaras sustentadas em orelhas submetidas a otoplastias malsucedidas também aumentam as chances de ocorrer a recidiva, termo médico para explicar o retorno das orelhas à posição original após o procedimento. 

Já para aqueles que sofrem, de fato, com as orelhas de abano e sentem-se agora ainda mais incomodados, talvez seja este o empurrão que faltava para procurar a ajuda de um especialista e resolver o problema de uma vez por todas. De toda forma, seja qual for o assunto relacionado às orelhas de abano, não hesite. Hoje, a evolução da otoplastia atende pelo nome de oto definitiva – associação de técnicas revolucionárias, cujos resultados levaram a cirurgia da correção das orelhas de abano a uma nova era.

 

Carla Diaz: Cinco sintomas que podem indicar câncer da tireoide

Tumor é responsável por mais de 13 mil novos casos de câncer todos os anos; Mulheres são as mais afetadas pela doença



De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 13.780 mil casos de câncer de tireoide serão descobertos em cada a ano do triênio 2020/2021/2022. O câncer é usualmente diagnosticado em pessoas mais jovens quando comparado aos outros tipos de neoplasias. As estatísticas mais recentes apontam que a doença é a mais frequente no sexo feminino e também pode ter incidência maior em pessoas que foram expostas à irradiação prévia do pescoço ou que possuam histórico de câncer da tireoide na família.

O Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - unidade do Grupo Oncoclínicas em São Paulo, reuniu os cinco principais sintomas que podem indicar o surgimento da doença.

Nódulo no pescoço

Dores na parte anterior do pescoço e nódulos endurecidos, que persistem por mais de 20 dias podem ser sinais do tumor. Neste caso, o ideal é procurar um especialista, principalmente se o nódulo estiver associado à presença de linfonodomegalia cervical. Isso porque os linfonodos associados ao tumor maligno na tireoide podem apresentar crescimento nos gânglios linfáticos.

Rouquidão

Nódulos associados à rouquidão também podem indicar câncer na tiroide. Alterações na voz como duas tonalidades diferentes e que não desaparece por um longo período também merecem atenção. É importante a detecção precoce destes primeiros sinais, pois o tratamento vai depender do estágio do tumor.

Dificuldade para engolir

A dificuldade de engolir pode estar associada a diversas causas como disfagia, por exemplo. Contudo, a dificuldade para engolir, ingerir alimentos sólidos ou líquidos e ter a sensação de que existe algo preso na garganta também podem ocorrer e este é um sinal que não pode ser subestimado.

Problemas respiratórios

Como a tireoide está inflamada, problemas respiratórios são muito comuns. Se houver falta de ar, este pode ser um indicativo de desordem na tiroide e precisa ser acompanhado de perto.

Tosse frequente

Mesmo que pareça algo banal e que as pessoas não deem muita atenção, tosse frequente pode estar ligada a um tumor maligno na tiroide. Se a tosse persistir e não estiver acompanhada de um resfriado ou gripe, é hora de procurar um especialista para entender melhor este sintoma.

O Câncer não Espera

Mesmo tendo o Ministério da Saúde incluído o câncer no rol de doenças cujo tratamento não pode ser considerado eletivo, desde o início da pandemia há registros que mostram índices preocupantes de adiamento de cirurgias e de exames diagnósticos, o que pode afetar diretamente as chances de cura da doença.

Atualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de brasileiros têm tumores malignos. Além disso, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são esperados 625 mil novos diagnósticos da doença até o final de 2020.

Para alertar os pacientes oncológicos e a população em geral sobre como atrasos nos cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - lança a campanha "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já". A mobilização conta com a assinatura de apoiadores como Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Instituto Oncoguia e Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC).

A ação conquistou ainda o reforço voluntário de personalidades como as atrizes Suzana Vieira, Mariana Rios e Priscila Fantin, os cantores Ivete Sangalo, Bell Marques, Leo Jaime e Tomate, a jornalista Mona Lisa Duperon e o medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei Maurício Lima.

A campanha O Câncer não Espera. Cuide-se Já é aberta à participação de empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros. Interessados em aderir podem encontrar mais informações no www.ocancernaoespera.com.br.


Doença de rei em “Vikings” é fator de risco para câncer colorretal


Conhecida como Doença de Crohn, a enfermidade acomete o trato digestivo e é crônica

 

 

Enfermidade inflamatória crônica, a doença de Crohn ganhou visibilidade após a recente liberação da última temporada da série Vikings, pela Netflix. Na trama, inspirado em Alfredo de Wessex, que viveu na Inglaterra no século IX, o personagem de mesmo nome sofre com sintomas que, segundo especialistas, dão indícios para a doença. Na vida real, acredita-se que o rei de Wessex também tenha sido importunado pela doença de Crohn.

De causa ainda não totalmente esclarecida, a doença de Crohn pode acometer todos os segmentos do trato digestivo, da boca ao ânus. “Quando acomete o intestino grosso, pode aumentar o risco de câncer desse segmento, como o câncer colorretal”, comenta o oncoproctologista do Grupo OncoProcto do Felício Rocho, Rodrigo Paiva.

“O paciente com Crohn precisa se preocupar com a possibilidade de câncer, pois é condição predisponente”, avalia Fábio Lopes, oncoproctologista do mesmo grupo. Ele explica que o motivo para aumentar o risco de câncer colorretal é o próprio processo inflamatório crônico. Indivíduos que pertencem a famílias que têm pessoas com Crohn têm risco maior  de desenvolverem a doença, podendo acometer, inclusive, crianças”, comenta.


Diagnóstico e tratamento

Após análise de sintomas como diarréia frequente, dor abdominal, febre e sangramento retal, o principal exame para diagnóstico da doença de Crohn é a colonoscopia, que também deve ser usada para acompanhar a evolução do tratamento.

“Alguns anos atrás, a colonoscopia era indicada apenas para rastreamento de câncer, a partir de 8 a 10 anos de diagnóstico. Hoje, é indicada de forma mais liberal e como parte da avaliação de resposta ao tratamento”, explica Paiva.

“Segundo alguns trabalhos recentes, a avaliação histológica seria o padrão ouro de eficácia do tratamento instituído. Seguindo essa recomendação, os pacientes devem ser submetidos a colonoscopia com biópsia, todas as vezes que houver a necessidade de avaliação de resposta ao tratamento”, diz o médico.

“A remissão histológica, além de evitar as complicações da doença diminui de sobremaneira o risco de câncer colorretal”, comenta Paiva. “Embora não a cure, o tratamento bem feito controla bem a doença”, acrescenta Lopes. Segundo os especialistas, o tratamento inclui também a administração de medicamentos e dieta dosados a partir da condição clínica de cada paciente.


Alimentação

Fábio Lopes lembra que a má alimentação, de forma geral, é fator de risco para câncer, independentemente da presença ou não da doença de Crohn. “Alimentos industrializados, em especial as carnes processadas e defumadas, como bacon, linguiça, salsicha, principalmente, são os que devem ser retirados ou reduzidos da dieta de qualquer pessoa”, defende.

“Os cuidados com a alimentação do paciente com Crohn seguem os mesmos indicados para a prevenção de câncer colorretal. No paciente bem controlado, não existem restrições alimentares específicas”, complementa Rodrigo Paiva.


 

Grupo Onco-Procto do Hospital Felício Rocho 


Verão e as doenças da circulação

 

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Em um ano atípico na vida de todos, o tempo não para e as estações continuam passando. Chegamos ao verão, que sempre foi sinônimo de sol, liberdade e alegria. Natal, Ano-Novo e Carnaval se inserem no verão. Porém, este verão de 2020/2021 vai ser diferente, com a necessidade de se manter o distanciamento social.

Entretanto nem tudo é alegria no verão. Esta é uma estação difícil para os portadores de doenças venosa e linfáticas, pois o calor faz com que ocorra uma vasodilatação, com piora dos sintomas.

As pessoas portadoras de varizes sentem as pernas mais cansadas e pesadas nesta estação, além do inchaço que acompanha, especialmente no período da tarde.

Para que isso não estrague o verão, é importante manter o peso, ter uma atividade física regular e evitar o excesso de sal na alimentação, mantendo uma dieta saudável associada à ingestão de água. Deve-se elevar os membros quando for tomar sol ou nos momentos de repouso.

A pessoa deve conversar com o cirurgião vascular sobre o caso, para que se possa fazer os ajustes no tratamento.

Se não tem um acompanhamento de um cirurgião vascular, a pessoa não deve se automedicar, pois a automedicação na maioria das vezes é inadequada e atende apenas a interesses comerciais de quem a anuncia. A sugestão é fazer uma avaliação com um cirurgião vascular o quanto antes possível.

Este ano, ainda por causa da pandemia, não foi possível um cuidado maior da estética, com o tratamento das telangectasias, conhecidas como varicoses. É uma pena, mas vai ter que ficar para o próximo verão. É importante lembrar que não existe creme ou medicamento que possa ser usado para desaparecer com elas. Para isso, é preciso procurar um especialista, um cirurgião vascular, para realizar o tratamento, pois existem técnicas convencionais, tais como, a injeção de glicose, de espuma densa, e técnicas que utilizam o Laser e a radiofrequência.

É importante lembrar que o tratamento das varicoses pode trazer sérias complicações, até a necrose de pele, quando realizado por pessoas não habilitadas e que não dominam as diferentes técnicas e momentos para a sua realização.

Em suma, uma vida saudável e a orientação de cirurgião vascular farão com que mesmo tendo varizes, a pessoa passe um verão mais agradável, apesar do distanciamento social.

 


Dr. Jorge R. Ribas Timi - cirurgião vascular e chefe do serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital VITA Curitiba

 


Hospital VITA 

www.hospitalvita.com.br

 

Volta às aulas: perda auditiva pode comprometer o desempenho escolar

Especialista dá dicas de como identificar se tem alguma alteração na audição das crianças  


 

Desatenção e notas baixas nem sempre significam falta de interesse dos alunos. Muitas vezes pode estar relacionado à saúde do ouvido, como problema de processamento auditivo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 32 milhões de crianças no mundo possuem algum tipo de deficiência auditiva, por isso, na volta às aulas é importante que os pais façam um check-up nos pequenos.

 

A audição é essencial para assimilar as informações passadas pelos professores. Segundo o fonoaudiólogo Gleison Barcelos, da clínica Microsom Brasília, as crianças podem ter dificuldades de desempenhar as tarefas se não tiverem suas funções auditivas dentro dos padrões de normalidade. “Elas podem ficar desestimuladas e não absorver o conteúdo e com isso poderá ocorrer uma desmotivação no processo de aprendizagem, e através dessa exaustão de tentar absorver o conteúdo, ficar estressada, seja em aula online ou presencial'', explica o especialista.

 

Gleison também ressalta que é importante os pais ficarem atentos em casos em que a criança comete trocas na fala. "Se essas trocas persistirem deverá procurar um especialista otorrinolaringologista e/ou fonoaudiólogo para uma avaliação, pois isso poderá afetar o seu desempenho escolar, podendo ser as trocas na fala um dos sinais da perda auditiva", afirma.

 

O fonoaudiólogo dá algumas dicas para os pais ficarem atentos a qualquer dos itens abaixo relacionados à saúde auditiva dos pequenos:  

 

● Falta de atenção ou hiperatividade

● Dificuldade na fala ou voz muito alta

● A criança recorrer a leitura labial

● Desmotivação nos estudos.

 



 

Microsom

 

Vírus da COVID-19 é capaz de curar linfomas? Especialista esclarece

 Caso de paciente com Linfoma de Hodgkin avançado que teria apresentado sinais de desaparecimento do câncer após ser contaminado pelo coronavírus virou manchete pelo mundo; Onco-hematologista ressalta que a história pode abrir caminhos para novas descobertas da ciência - mas isso não significa que o Sars-Cov-2 será usado no combate a tumores



Um estudo de caso publicado recentemente pelo periódico científico British Journal of Haematology chamou a atenção da comunidade médica e público em geral por relatar um caso de dupla cura de um paciente oncológico contaminado pela Covid-19. Segundo o artigo, um homem de 61 anos diagnosticado com linfoma de Hodgkin, tipo de câncer hematológico que se origina no sistema linfático, deixou de apresentar sinais da doença após um período de internação para tratar o novo coronavírus.

O relato aponta que o paciente havia recebido diagnóstico do tumor hematológico em estágio avançado, mas antes mesmo de iniciar as medicações específicas usadas para combater o câncer ele testou positivo para o novo coronavírus. O artigo detalha que por conta de sintomas respiratórios (falta de ar e pneumonia), o homem precisou permanecer internado por 11 dias e neste período, seguindo o protocolo de cuidado estabelecido para este tipo de caso, recebeu exclusivamente o tratamento para Covid. Recuperado, ele passou por novos exames relacionados ao linfoma e definição das terapias a serem adotadas para controle da neoplasia. Contudo, os resultados dessa segunda avaliação indicaram que o homem apresentava uma considerável regressão da doença oncológica. Os médicos analisaram minuciosamente o quadro e o estágio do linfoma de Hodgkin do paciente foi reclassificado como em remissão, ou seja, sem mais nenhum tipo de atividade ou de avanço do câncer.

Para o onco-hematologista Jacques Tabacof, da Oncoclínicas em São Paulo, o fato pode ser explicado por uma forte resposta imune do paciente à infecção por SARS-CoV-2, o que também levou a uma ação antitumoral pelas células de defesa do corpo dele. "Em linhas gerais, é como se o vírus da Covid tivesse ‘acordado’ os soldados de defesa, fazendo com que eles combatessem os dois inimigos de uma só vez", explica.

A reação produzida em resposta à infecção, de acordo com o médico, pode ter ativado as chamadas células T, capazes de "derrotar" o tumor. "Possivelmente, essa infecção viral levou ao estímulo do sistema imunológico do paciente por linfócitos T, células que apelidamos de natural killers (que têm um papel importante no combate a infecções virais e células tumorais) ou outros mecanismos imunológicos, o que acabou controlando, pelo menos até o momento, o Linfoma de Hodgkin. Isso não é um absurdo de se pensar, pois na oncologia já foram utilizadas terapias imunológicas como essa, chamadas de estímulos imunológicos inespecíficos. Vale lembrar ainda que, em algumas circunstâncias, no tratamento deste tipo de linfoma pode ser adotado o uso da imunoterapia, que justamente atua na potencialização do organismo para atacar as células do câncer", explica o médico.

Mas Jacques Tabacof alerta: diferente das medicações especificamente desenvolvidas para essa função de estimular a defesa do nosso corpo, não há qualquer tipo de comprovação científica que aponte que o novo coronavírus poderia ter um "efeito colateral do bem" capaz de eliminar um ou mais tipos de câncer. "É essencial que os pacientes oncológicos entendam que não existe benefício decorrente da contaminação pela Covid-19. O vírus, como sabemos, é perigoso e os riscos de complicações geradas por ele são muito elevados. Por isso é importante que fique o alerta: este foi um caso raro e extraordinário que impressiona a todos nós, mas a probabilidade disso acontecer é ínfima. A boa notícia é que a história desse paciente contribui para a análise estratégica de uso de imunoterápicos e as terapias genéticas com linfócito T. Eles têm papel importante no combate ao câncer e as medicações que vêm sendo desenvolvidas tendem a trazer um prognóstico cada vez melhor no controle de tumores como o linfoma", pontua.



Linfomas e seus tratamentos

Os Linfomas são um conjunto de mais de 60 tipos de tumores que têm origem nas células do sistema linfático, essencial para a proteção de doenças. Existem dois grupos majoritários para classificação deles: Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin.

"O grupo de tumores classificados como linfoma está entre os 10 tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres na região Sudeste. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", aponta Jacques Tabacof.

Entre os sinais mais comuns da doença estão ínguas - aumento dos gânglios linfáticos ou linfonodos - no pescoço, axilas ou virilha, concomitantemente a sintomas como febre e suores noturnos, fadiga, perda de peso e coceira na pele.

No lado da ciência, o desenvolvimento de novas alternativas de tratamentos para os Linfomas está gerando resultados cada vez mais efetivos. As terapêuticas para combater os linfomas incluem convencionalmente quimioterapia e, ocasionalmente, radioterapia. O transplante de medula óssea pode ser também uma alternativa, dependendo do caso. Mas para os que não respondem a essas opções, a medicina tem avançado nos últimos anos com uso da terapia celular.

"A terapia com células CAR T é a principal novidade da área. Altamente especializadas, foram desenvolvidas a partir de uma modificação genética das células do próprio paciente, que são reprogramadas em laboratório para se tornarem capazes de atacar especificamente o tipo do câncer do paciente. Elas inclusive já foram aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regularizador do setor nos Estados Unidos", diz o onco-hematologista da Oncoclínicas.

Ele destaca que essa opção de uso de células de defesa do próprio paciente para combater a doença está trazendo resultados animadores para aqueles que não apresentaram resposta a outras alternativas de tratamento. Aliada ao diagnóstico precoce, a adoção dessas avançadas técnicas da medicina de precisão despontam como a chave para aumentar os índices de respostas positivas no controle do câncer e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.


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