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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Dor no cóccix afeta 5 vezes mais mulheres que homens


Traumas durante o parto e quedas são principais causas


O cóccix é um osso localizado na última parte da coluna vertebral. Muito pouco lembrado pela população em geral, já que os problemas da coluna ou até mesmo as dores na região das costas são mais comuns na parte lombar e cervical (meio das costas e pescoço). Entretanto, segundo dados da literatura, cerca de 1 a 2% da população mundial sofre com a coccigodinia, ou seja, com quadros de dores crônicas no cóccix.

De acordo com o neurocirurgião Dr. Iuri Weinmann, especialista em Medicina da Coluna e em Cirurgia Endoscópica da Coluna Vertebral, o cóccix participa de muitos movimentos da vida diária, como o da defecção. “Outra função importante é funcionar com uma espécie de ‘amortecedor’ quando estamos sentados. Ao sentarmos, é realizada uma compressão na parte posterior do cóccix, que se move para frente”, explica o especialista.  

 

Traumas na região são principais causa de dor

 A dor crônica no cóccix pode ter várias causas. “A principal são traumas, como cair sentado, por exemplo. Isso pode levar a fraturas, torções ou luxações neste osso, que são de difícil resolução. Há ainda causas congênitas, quando a criança nasce sem a curvatura anterior. Cisto pilonidal, cisto aracnoide e lipoma (espécie de nódulo fibrogorduroso) também são causas comuns desta condição”, explica Dr. Iuri

“Devemos lembrar ainda das dores relacionadas às raízes nervosas, plexos ou nervos periféricos localizados próximos ao cóccix. Tumores, inflamações e traumas durante o parto também podem levar ao problema”, cita o especialista.

 

Ficar sentado por longos períodos agrava a dor

Em algumas pessoas, a dor pode aparecer e desaparecer de forma espontânea. Entretanto, é comum encontrar quadros crônicos de dor no cóccix.

“Pessoas que ficam muitas horas sentadas podem sentir dor de forma mais crônica. Em mulheres, pode haver piora do quadro no período pré-menstrual e durante a menstruação. Outras podem sentir dor no momento da defecção ou ainda durante as relações sexuais, por exemplo”, comenta Dr. Iuri.

Segundo um estudo, exames de radiografia mostram que metade dos pacientes apresenta alterações na mobilidade do cóccix. Uma das possíveis causas apontadas pelos pesquisadores são as mudanças do padrão de deslocamento do osso quando a pessoa se senta, especialmente em obesos. A outra hipótese é a alteração do padrão de flexão do cóccix.
 

Estresse pode levar à dor

Nem todos os casos de dor no cóccix têm a origem esclarecida. Mas, alguns estudos mostram que a dor pode ter relação com o estresse e afeta, de forma frequente, pessoas com diagnóstico de depressão.

 

Infiltrações com corticoide apresentam bons resultados

O diagnóstico pode ser feito por um neurocirurgião especialista em medicina da coluna. “Iremos avaliar várias possibilidades. Serão solicitados exames de imagem como raio-X, tomografia e ressonância magnética da região.

"Durante o exame clínico, levantamos todas as informações que podem esclarecer a origem da dor, incluindo traumas, cistos e até mesmo histórico de estresse e depressão”, diz Dr. Iuri. Também são excluídas outras doenças sistêmicas que podem causar a dor.

O tratamento da dor crônica no cóccix quase sempre é conservador. “O paciente é orientado a fazer fisioterapia, usar almofadas para aliviar a tensão na região, assim como podem ser prescritos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Quando não há melhora, podemos fazer infiltrações no local com corticoides, excelentes para diminuir a inflamação e a dor. A melhora do quadro com essa terapia pode variar de 60 a 85%", cita Dr. Iuri. 

 

Necessidade de cirurgia é rara

A cirurgia só é indicada quando o paciente não melhora com nenhum outro tratamento. Outra indicação é quando a dor é incapacitante. A cirurgia, chamada de coccigectomia e consiste na remoção total ou parcial do cóccix. Quando bem indicada, atinge bons resultados, reduzindo a dor e melhorando a qualidade de vida do paciente”, encerra Dr. Iuri.


Medicamentos genéricos para câncer do sangue são testados e podem ser opção mais econômica para o tratamento oncológico



                                 divulgação                  

Primeira pesquisa brasileira comparando medicamentos genéricos e biossimilares para o câncer do sangue com o medicamento original foi apresentada na 60ª edição do congresso de hematologia organizado pela American Society oh Hematology (ASH), realizada em San Diego este mês, nos EUA, pelos médicos hematologistas do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, Rodrigo Santucci e Renato Centrone.

A pesquisa apresentada por Rodrigo Santucci, da qual foi coautor, comparou o resultado e eficácia do medicamento Mabthera (rituximab) biossimilar, mostrando que a eficácia e os efeitos colaterais são os mesmos do medicamento referência no tratamento do Linfoma não Hodgkin do subtipo folicular.

Segundo Rodrigo Santucci, os medicamentos genéricos e biossimilares estão vindo ao mercado. "Isso é bom, pois ao melhorar os preços, podem trazer acesso a vários pacientes e viabilizar mais os planos de saúde. Mas por outro lado é nosso dever fazer estes trabalhos para validar as drogas novas para manter a segurança e a resposta terapêutica aos nossos pacientes", avalia.

Os novos genéricos e biossimilares deverão estar no mercado no ano que vem.


No estudo para leucemia, os genéricos demonstraram menor sobrevida

Primeira pesquisa brasileira sobre a eficácia de medicamentos genéricos em comparação ao Gilvec (imatinib), utilizado no tratamento de pacientes com Leucemia Mieloide Crônica foi apresentada no 60º Congresso de Hematologia da American Society of Hematology (ASH)  pelo médico  hematologista Renato Centrone, do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, que foi co-autor do estudo.

Em pesquisa realizada com 445 pacientes, incluindo participação de centros na Itália e Argentina, comparou-se o resultado e eficácia do Gilvec com  mais de 6 tipos de genéricos. Foi constatada discreta menor sobrevida global e sobrevida livre de eventos adversos inferior, no período de 24 meses, no resultado e eficácia dos genéricos em relação ao medicamento original. Não houve diferença estatística com relação a efeitos colaterais nos dois grupos.

Segundo Renato Centrone, trata-se de um resultado preliminar, avaliando os pacientes no período de 24 meses. "Mas trata-se de um importante passo, pois é o primeiro estudo dos genéricos para a Leucemia Mieloide Crônica", destaca o médico.


Hemomed, maior centro de tratamento onco- hematológico do país participa do congresso internacional

Maior centro de tratamento onco-hematológico do país, com 10 mil atendimentos / mês, o Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia tem participado de todos os mais importantes eventos médicos para trazer ao Instituto os últimos avanços e descobertas do setor.

Os médicos hematologistas do Hemomed, Daniela Dias Ferreira, Renato Centrone e Rodrigo Santucci participaram da 60ª edição do congresso de hematologia, nos EUA, organizado pela American Society of Hematology.

Os dois trabalhos do  Hemomed, apresentados pelos hematologistas, foram selecionados pelos organizadores do Congresso pela relevância científica e os especialistas foram convidados a uma apresentação oral para os médicos presentes.

O evento reuniu 27 mil médicos do mundo todo envolvidos com hematologia, de mais de 150 países, que recebem as mais relevantes e recentes informações sobre pesquisas científicas inovadoras e os avanços mais importantes para o diagnóstico e tratamento das doenças hematológicas.

O Congresso ASH é conhecido como a maior vitrine da especialidade, contando com mais de 250 expositores apresentando seus lançamentos em serviços e produtos para os profissionais.



Dermatologista Renata Sitonio esclarece os mitos e verdades mais comuns sobre câncer de pele


Dezembro Laranja é uma campanha nacional dedicada à conscientização sobre o câncer de pele. Neste período, dermatologistas e demais profissionais da saúde reforçam a importância da prevenção e diagnóstico da doença, além de esclarecer as principais dúvidas sobre o tema. Com isso, a médica dermatologista chefe da Clínica Sitonio,  Renata Sitonio, esclarece os mitos e verdades mais comuns sobre o câncer de pele. Confira:
  

“Nos dias nublados, não há necessidade de usar filtro solar”
 
Mito. Mesmo nesses dias, ocorre a radiação Ultravioleta. Ela danifica o DNA das células da pele, predispondo ao câncer de pele. Estações mais frias também oferecem riscos, diferente do que alguns acreditam. Portanto, o uso do protetor solar é imprescindível e deve ser diário.
  

“Pessoas com olhos e cabelos claros têm mais chances de ter câncer de pele”
 
Verdade. Por ter menos proteção pela melanina, as pessoas claras estão mais sujeitas a ter câncer de pele. Em dias de exposição solar, é recomendado que, além do protetor solar, também use acessórios para proteção, como chapéus e óculos de sol.
  

“Cicatriz de queimadura pode se tornar câncer de pele”
 
Verdade. É uma ocorrência rara, mas em grandes cicatrizes pode-se ter a formação de câncer de pele. Por isso, se houver alguma mudança da pele da cicatriz, procure um dermatologista.
  

“Áreas não expostas ao sol não estão sujeitas ao surgimento do câncer de pele”
 
Mito. O câncer de pele tipo melanoma, por exemplo, tem um fator genético muito importante e pode surgir também em locais como nádegas, palmas e plantas, unhas e até nos olhos. Isso pode ser determinado por fatores genéticos de cada indivíduo.
  

“Pessoas de pele negra não têm câncer de pele”
 
Mito. Apesar de mais resistente, a pele negra não está imune aos efeitos da radiação UV. Além disso, um estudo apresentado no XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica revelou que as pessoas de pele negra podem desenvolver com maior intensidade a forma mais grave do câncer de pele, o melanoma nos pés, mãos, braços e pernas. Esse tipo de câncer é o menos frequente entre os melanomas (de 2% a 8% dos casos), no entanto, é o mais comum entre pessoas de pele negra.
  

“Quem possui muitas pintas ou histórico familiar de câncer de pele corre mais riscos”
 
Verdade. Existem sim fatores genéticos que podem determinar a maior ou menor predisposição ao câncer de pele. Quanto às pintas, é importante considerar aspectos como quantidade, alterações na cor e formato ou se doem ou coçam, pois elas também podem ser indícios de câncer de pele.
  

“O protetor solar é a única forma de prevenção”
 
MITO. Apesar de ser o principal fator de proteção, o filtro solar deve ser aliado a outros cuidados, como o uso de acessórios de proteção, moderação na exposição solar a fim de evitar queimaduras e também por meio do autoexame. Uma dica para o autoexame é aplicar o método ABCDE (diferença na Assimetria, com Bordas desiguais, Coloridas, Diâmetro maiores que 5 mm, que Evoluem rapidamente de forma, espessura, tamanho e cor, são indicativos da doença).


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