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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Chega hoje às farmácias a primeira caneta de emagrecimento 100% nacional: Olire promete ampliar o acesso ao tratamento da obesidade no Brasil

Com o mesmo princípio ativo do Saxenda, a liraglutida Olire traz a promessa de democratizar o uso de análogos de GLP-1 no combate à obesidade, mas especialista alerta: o uso exige prescrição, acompanhamento médico e atenção à dosagem.


A partir de hoje, 4 de agosto, as farmácias brasileiras passam a contar com a primeira caneta injetável de emagrecimento produzida integralmente no país. Desenvolvida pela EMS, a Olire é uma versão nacional da liraglutida, mesmo princípio ativo do Saxenda, primeiro análogo de GLP-1 aprovado para o tratamento da obesidade. Com a fabricação local, a expectativa é ampliar o acesso ao medicamento, reduzindo os custos (valor: a partir de R$ 307,26) para os pacientes e fortalecendo o arsenal contra uma das doenças crônicas mais prevalentes do mundo. 

“A liraglutida age no cérebro, diminuindo a fome, a compulsão e aquela busca constante por comida, e também no estômago, retardando o esvaziamento gástrico. Ou seja, é uma medicação que atua em múltiplos pontos do apetite e da saciedade”, explica Dra. Tassiane Alvarenga endocrinologista e metabologista, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 

Segundo a especialista, embora tenha menor potencial de perda de peso média do que moléculas mais modernas — como a semaglutida (Wegovy) e a tirzepatida (Mounjaro), a liraglutida ainda representa uma alternativa eficaz para muitos pacientes. “Estudos mostram que a perda de peso média com a liraglutida é de 8% a 10%, mas há pacientes que respondem muito bem e podem chegar a 20%. Obesidade não tem uma causa única, e por isso precisamos de opções diversas e acessíveis”, reforça. 

Um alerta importante é a contagem dos “cliques” da nova caneta. Ao contrário dos dispositivos importados, a Olire exige atenção na dosagem:

  • 0,6mg = 10 cliques
  • 1,2mg = 20 cliques
  • 1,8mg = 30 cliques
  • 2,4mg = 40 cliques
  • 3,0mg = 50 cliques

“Não é uma caneta de ‘apertar e pronto’. É um medicamento que requer ajuste, estratégia e acompanhamento. Estamos falando de um tratamento para uma doença crônica, que exige prescrição médica, orientação nutricional, movimento, sono e rotina adequada. Não existe solução mágica”, afirma Dra. Tassiane.

A chegada da Olire representa mais um passo na luta contra a obesidade, condição que afeta quase 7 em cada 10 brasileiros com sobrepeso ou obesidade. Além da perda de peso, a liraglutida também tem benefícios associados à redução de colesterol, da circunferência abdominal, do risco cardiovascular e até da melhora nos níveis de testosterona em pacientes com obesidade.
 


Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA - Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU; Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP); Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM; Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO; Faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Sobrepeso e Obesidade. Compulsão Alimentar e Ansiedade; Obesidade Infantil; Diabetes Mellitus e Pré Diabetes: Controle da glicemia e prevenção de complicações como Retinopatia , Neuropatia , Nefropatia , Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC); Dislipidemias ( Colesterol); Doenças da tireoide ( Hipo e Hipertireoidismo, Nódulos na Tireóide); Osteopenia e Osteoporose; Seguimento pré e pós operatórios de cirurgia bariátrica; Check-up e Avaliação de rotina; Baixa Estatura; Distúrbios da Menstruação, Distúrbios da Puberdade, Crescimento e Desenvolvimento sexual; Síndrome dos Ovários Policísticos; Reposição hormonal na Menopausa e Andropausa.

 

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