Eficaz, rápida e com respaldo científico, a terapia por ondas de choque vem sendo usada para tratar lesões musculoesqueléticas e prevenir reincidência em atletas e praticantes de atividades físicas
Dores recorrentes, inflamações persistentes ou lesões que
demoram a cicatrizar: situações como essas são comuns entre quem treina com
frequência. A boa notícia é que novas tecnologias vêm ganhando espaço na
reabilitação e na prevenção de lesões, e uma delas é a terapia por ondas de
choque, usada tanto para acelerar o alívio da dor quanto para recuperar tecidos
lesionados e até melhorar o desempenho físico.
“As ondas de choque são ondas acústicas de alta energia que
provocam alterações metabólicas nos tecidos, estimulando sua regeneração”,
explica o fisioterapeuta Carlos Forgas (Crefito-3/10393-F), da Finncare e FM
Fisioterapia.
Existem dois tipos principais: a Focal concentra energia em um
ponto específico atingindo uma intensidade e profundidade maiores, como lesões
profundas e tecido ósseo. Já a Radial dispersa a energia em uma área maior com
menor intensidade e profundidade, sendo utilizadas em lesões de menor
profundidade e tecidos moles.
Lesões
mais comuns e os benefícios da terapia
Tendinites, lesões musculares, fasciíte plantar e dores
articulares são algumas das queixas mais frequentes. “Essas lesões geralmente
surgem por esforço repetitivo, desequilíbrios musculares ou má execução de
movimentos”, afirma Forgas. O tratamento com ondas de choque promove uma
resposta inflamatória controlada, que estimula a regeneração celular e a circulação
sanguínea.
“Com uma boa avaliação e a aplicação correta, muitos pacientes
sentem alívio já na primeira sessão. E em cerca de três a cinco aplicações é
possível observar melhora significativa da dor”, reforça o especialista, com
base em mais de 320 casos atendidos em sua clínica.
Evidências científicas crescentes
Um estudo publicado reforça a eficácia da terapia por ondas
de choque no tratamento de distúrbios musculoesqueléticos crônicos,
demonstrando melhora significativa na dor e função física dos pacientes, mesmo após
falha de outras abordagens convencionais.
Além
da recuperação: performance em alta
Ao melhorar a vascularização e a lubrificação articular, a
terapia também impacta a performance. “O atleta ganha mais confiança, e os
resultados nos treinos evoluem com menos dor e mais mobilidade, porque diminui
o tempo de recuperação, pois acelera a cicatrização tecidual”, diz. Um exemplo
é o caso de uma atleta de tênis, que conseguiu retornar à competição em apenas
20 dias após uma lesão muscular na panturrilha, graças a um plano de aplicações
com ondas de choque.
Tecnologia
de ponta: o diferencial da EMS
Na prática clínica, o Dr. Forgas destaca o uso do
DolorClast®, da EMS, como tecnologia de referência. O
equipamento, desenvolvido pela empresa suíça EMS (Electro Medical Systems),
permite aplicações precisas e eficazes, com menor número de sessões. “Os
resultados que observo com o DolorClast são muito superiores em comparação com
outros equipamentos”, pontua.
A EMS atua nas áreas de Terapia da Dor, Odontologia e Urologia,
com equipamentos de última geração baseados em evidências clínicas e protocolos
validados internacionalmente.
Cuidados e contraindicações
Como qualquer tratamento, há contraindicações. O procedimento
não deve ser feito em regiões como crânio, grandes vasos, áreas com trombos ou
tumores. Crianças e gestantes também exigem avaliação específica. “Por isso, é
fundamental o acompanhamento de um profissional qualificado”, alerta o
fisioterapeuta.
Prevenção também faz parte do plano
O especialista recomenda o uso preventivo da tecnologia em
alguns casos, como exemplo na desativação de trigger points e contraturas
musculares na prevenção de lesões musculares e tendineas, aliado ao
acompanhamento de fisioterapeutas e educadores físicos. “O mais importante é
que o esporte seja uma fonte de saúde e bem-estar, e não de dor ou limitação”,
finaliza.
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