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Especialista do CEJAM aponta principais benefícios em manter a rotina de atividades físicas no período e dá dicas para evitar lesões
Com a
queda das temperaturas, o desejo de permanecer em ambientes fechados, sob
cobertores, tende a aumentar. Apesar da resistência inicial que o frio costuma
causar, a estação pode oferecer vantagens para quem decide se movimentar. As
baixas temperaturas favorecem a queima calórica, já que o corpo precisa
trabalhar mais para manter sua temperatura interna. O clima ameno, por sua vez,
tende a tornar as atividades mais confortáveis, reduzindo a sensação de cansaço
comum em dias muito quentes.
Mesmo que pareça desafiador, manter uma
rotina de atividade física durante o inverno é fundamental para a saúde física
e mental. É o que reforça a médica clínica geral Juliana Fernandes de Almeida,
coordenadora da UPA Campo dos Alemães, em São José dos Campos, gerenciada pelo
CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”), em parceria com a
prefeitura local.
“A
atividade física ajuda não só a fortalecer o sistema imunológico, mas também
melhora a circulação sanguínea, combate o sedentarismo e previne doenças
cardiovasculares e metabólicas”, destaca a médica. “Além disso, os exercícios auxiliam no controle do estresse e dos sintomas de ansiedade ou depressão, que
podem se intensificar nos dias mais frios.”
Para quem está sedentário ou pretende iniciar uma rotina de
exercícios, é preciso atenção aos cuidados prévios, especialmente nas estações
mais frias. “O frio reduz a elasticidade muscular e articular, o que aumenta o
risco de lesões, como distensões e entorses. Por isso, é necessário iniciar com um bom aquecimento e com atividades leves e progressivas”,
explica .
Outras
recomendações envolvem o uso de roupas adequadas, que protejam do frio sem
impedir a transpiração, e manter a hidratação, mesmo sem a sensação de sede,
que é reduzida em temperaturas mais baixas. O consumo inadequado de água no
frio, inclusive, pode prejudicar o desempenho físico e aumentar o risco de
câimbras, fadiga e lesões.
De
acordo com a Dra. Juliana, a escolha da atividade deve considerar o perfil de
cada pessoa. “A idade, condição física, histórico de saúde e preferências
pessoais são norteadores
para essa decisão. De forma geral, caminhadas,
alongamentos, pilates e exercícios funcionais em ambientes fechados e bem
ventilados são boas opções”, aponta. A regularidade é mais importante do que a
intensidade, principalmente para quem está retomando uma rotina de
movimentação.
Pessoas
com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, também necessitam de cuidados especiais no inverno. Estudos mostram que a
exposição ao frio pode elevar a pressão arterial e interferir na ação da
insulina. “Nesses casos, é essencial evitar exercícios em jejum, manter
alimentação adequada e realizar a prática em horários de temperatura mais
amena, como no meio da manhã ou início da tarde”, orienta Dra. Juliana. Além disso, o acompanhamento
médico regular precisa ser mantido e ajustes no plano de
atividade física devem ser feitos com base na avaliação clínica de cada
paciente.
A profissional destaca ainda que alguns sinais exigem atenção durante a prática: dor no peito, falta
de ar intensa, tontura, palpitações, dormência ou fraqueza em membros e dores
musculares persistentes são indícios de que a atividade deve ser interrompida.
“Nessas situações, é primordial buscar avaliação médica antes de
retomar os exercícios”, enfatiza.
Segundo
a médica, criar uma rotina que se encaixe na realidade de cada pessoa é o
primeiro passo para vencer a inércia e transformar o exercício em hábito. Mais
do que buscar resultados imediatos, o foco é manter a consistência e valorizar o impacto positivo que a prática regular
tem na saúde física e emocional.
“Lembrar-se dos benefícios a longo prazo e da sensação de bem-estar após o exercício pode ser o melhor motivador para manter a constância, mesmo no inverno”, finaliza.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial

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