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A redefinição do
mercado de estética global
A estética deixou de ser um movimento guiado apenas
por celebridades e influenciadores para consolidar-se como um mercado em
expansão, apoiado na ciência e na inovação tecnológica. No Brasil e no cenário
global, o setor vive um ciclo de crescimento consistente. Projeções da Fortune
Business Insights apontam que o mercado mundial de estética e cosmética deve
atingir US$ 415 bilhões até 2030, avançando a uma taxa anual de 5,2%,
impulsionado sobretudo pela popularização de procedimentos minimamente
invasivos e pela busca por resultados rápidos, naturais e indolores.
No Brasil, o impacto dessa transformação já é
visível. Injetáveis como toxina botulínica e preenchedores respondem por cerca
de 45% do segmento, segundo a Focus Reports. Procedimentos práticos, eficazes e
com recuperação rápida refletem a chamada “Era do Invisível”, em que pacientes,
incluindo artistas de grande notoriedade, priorizam resultados discretos e a
naturalidade da expressão.
Para Claudio Winkler, especialista em equipamentos
médicos estéticos e gerente internacional de vendas, a sofisticação tecnológica
é o motor dessa revolução. “Resultados que até poucos anos dependiam de
cirurgias, cortes e longos períodos de recuperação hoje podem ser alcançados
por técnicas não invasivas. São procedimentos mais rápidos, menos dolorosos e
com efeitos consistentes, fruto do avanço tecnológico que vivemos no setor”,
afirma.
Entre os procedimentos em alta estão os
polinucleotídeos, conhecidos como “facial de esperma de salmão”, que estimulam
colágeno e elastina, principalmente na região dos olhos. O PRP, ou “vampire
facial”, utiliza fatores de crescimento do próprio sangue do paciente. Ambos os
protocolos têm resultados variados e ainda carecem de padronização científica,
mas mostram como inovação e biotecnologia se cruzam na estética médica.
A tecnologia também transforma procedimentos não
invasivos. Equipamentos de radiofrequência como Endymed PRO e Morpheus8 são
utilizados no tratamento da flacidez, estimulando colágeno em diferentes
camadas da pele. O Ultraformer, com ultrassom microfocado, oferece alternativa
ao lifting cirúrgico, enquanto o laser fracionado de CO2 permanece referência
em rejuvenescimento e cicatrizes. Já o Hydrafacial combina limpeza, hidratação
e infusão de ativos, funcionando como etapa complementar em protocolos mais
complexos.
A consolidação dessa nova estética não se limita às
clínicas de luxo. Consumidores da classe média, cada vez mais informados,
também buscam protocolos que unam confiança, acessibilidade e resultados
harmônicos. Nesse encontro entre ciência, tecnologia e bem-estar, o mercado de
estética projeta um ciclo contínuo de crescimento e se firma como protagonista
na redefinição dos padrões de beleza globais.
Para Winkler, o equilíbrio entre inovação e
responsabilidade é fundamental. “O mercado valoriza tecnologias que entregam
eficácia sem exageros. Cabe a gestores e consultores garantir que sejam
aplicadas com segurança, baseadas em evidências concretas e em conformidade com
regulamentações locais”. Ele reforça que treinamento e capacitação de
profissionais são pilares para sustentar a credibilidade do setor e viabilizar
expansão internacional.

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