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De acordo com o hematologista, os principais
sintomas do linfoma folicular são o aumento dos gânglios, que pode acometer
diferentes partes do corpo como pescoço, a região que fica debaixo do braço, a
região inguinal (localizada na parte inferior do abdômen, próxima à virilha), e
o aumento do tamanho do baço. “Em alguns casos, o paciente pode apresentar os
sintomas B, que são febre, sudorese noturna profusa e perda de peso. Outros
sintomas como cansaço, fraqueza e anemia também podem ocorrer”, acrescenta
Perini.
Já o diagnóstico é feito por meio de biópsia. “É
necessário retirar uma parte do gânglio ou o gânglio inteiro para realização do
exame anátomo patológico, responsável pela análise do material e identificação
do linfoma” explica o médico.
Quando o paciente é assintomático, costuma-se optar
pelo método watch and wait, ou vigilância ativa, que consiste em não
submeter o paciente a nenhuma terapia e observar a evolução do quadro. “Vários
estudos constataram que tratar o paciente precocemente não garante melhor
sobrevida. Então, é possível esperar o paciente se tornar sintomático para
começar a tratar”, pondera o hematologista.
Segundo Perini, há alguns anos o linfoma folicular
era considerado uma doença incurável, principalmente porque muitos pacientes
apresentavam recidivas — ou seja, a doença voltava mesmo após o tratamento
adequado. Felizmente, os avanços na medicina trouxeram uma variedade de terapias
que não só prolongam o tempo até uma possível recidiva, como também, em alguns
casos, conseguem evitá-la.
Entre as opções de tratamentos, existem os
inibidores de EZH2 que atuam na proteína de mesmo nome, relacionada ao
desenvolvimento e progressão de células cancerígenas comuns no linfoma
folicular. Os inibidores dessa proteína podem ser utilizados em pacientes que
possuem a mutação e naqueles que não têm, mas possuem essa via ativada”, afirma
o especialista. Esse tipo de abordagem é recomendada em casos de recidiva e
quando outros tipos de tratamento já foram utilizados.
Segundo o médico, o cenário atual do tratamento do linfoma é bastante promissor, devido a novas tecnologias que têm contribuído, significativamente, para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e para respostas terapêuticas mais eficazes. “O linfoma folicular já era conhecido por apresentar um bom prognóstico e, hoje, contamos com um arsenal terapêutico ainda mais robusto - fator essencial para que a maioria dos pacientes possa manter qualidade de vida, com poucos impactos na saúde e na rotina diária”, destaca.
Para mais informações sobre o linfoma folicular,
acesse Vivendo com LF.
Referências
1 HEMATOLOGY, TRANSFUSION AND CELL THERAPY. Linfoma
não-Hodgkin folicular no canal mandibular. [S.l.]: Hematology, Transfusion and
Cell Therapy. Disponível em: Link. Acesso em: 11 jul. 2025.
2 BRASIL. Ministério da Saúde. 15/9 – Dia Mundial de
Conscientização Sobre Linfomas. Biblioteca Virtual em Saúde MS, 15 set. 2023.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/15-9-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-linfomas/.
Acesso em: 31 jul. 2025.

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