- Na maioria dos casos, o paciente não apresenta sintomas
- Mudança alimentar não deve seguir dietas
da moda
O Brasil tem quase 17 milhões de pessoas com diabetes. Deste total, mais de 90% correspondem ao diabetes tipo 2 (DM2), conforme dados do Atlas do Diabetes de 2025, da International Diabetes Federation (IDF). O país ainda ocupa o 6º lugar no mundo em número de casos.
O diabetes tipo 2, que se caracteriza pela
produção insuficiente de insulina. Idade acima de 40 anos, com sobrepeso,
sedentários e com maus hábitos alimentares são características desses
pacientes. No entanto, especialistas observam um aumento no diagnóstico de DM2
em populações mais jovens.
"O crescimento do diabetes tipo 2 é um
alerta de saúde pública no Brasil. Os números do Atlas do Diabetes de 2025
revelam a urgência de abordarmos não apenas o tratamento, mas, principalmente,
as causas subjacentes, como o sedentarismo e a alimentação inadequada, que
estão impulsionando essa epidemia", afirma a Dra. Lorena Lima Amato,
endocrinologista.
Na maioria das pessoas, o diabetes tipo 2 não
apresenta sintomas e a doença é diagnosticada em exames de rotina, como o de
sangue que mede a glicemia. “Os sintomas costumam surgir depois de anos que a
pessoa já tem diabetes e não faz o tratamento, muitas vezes por não saber ser
portador da doença. Entre os sintomas estão o aumento da sede, volume urinário
elevado e perda de peso inexplicada”, alerta Dra. Lorena.
Diagnóstico e prevenção – É feito
por meio de exames de glicemia, como a glicemia de jejum ou após o teste de
sobrecarga de glicose.
A boa notícia é que a prevenção e o manejo do
diabetes tipo 2 podem ser significativamente influenciados por mudanças no
estilo de vida. "O primeiro e mais impactante passo para o controle do
diabetes é a adoção de um estilo de vida mais saudável. Isso envolve não apenas
reduzir as atividades sedentárias e aumentar a prática de exercícios físicos
regulares – como caminhada, corrida ou natação – mas também incorporar
atividades espontâneas ao dia a dia, como subir escadas em vez de usar
elevadores", conta Dra. Lorena Amato.
A endocrinologista ressalta a importância de
uma alimentação consciente: "A mudança alimentar não deve seguir dietas da
moda, mas sim focar na redução da ingestão calórica, diminuir o consumo de
carnes gordas e embutidos, e aumentar a ingestão de fibras, através de grãos
integrais, leguminosas, hortaliças e frutas. Limitar o consumo de bebidas e
comidas açucaradas é igualmente fundamental", orienta Dra. Lorena.
Tratamento – No último
ano, o tratamento do diabetes tipo 2 ganhou reforço com as canetas Ozempic,
Mounjaro e a mais recente e fabricada no Brasil- a Lirux.
“O Mounjaro, representa um avanço significativo no tratamento do diabetes. Esta medicação, conhecida como tirzepatida, combina análogos do GLP-1 com a molécula GIP em uma única estrutura. Esta associação se mostrou superior na perda de peso e controle da glicemia em comparação ao uso isolado de semaglutida (Ozempic)”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Amato.
Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
Site: https://endocrino.com/
www.amato.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
Nenhum comentário:
Postar um comentário