sexta-feira, 29 de julho de 2022

Expectativa de aumento do Copom


Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil se reunirá no dia 3 de agosto, para determinar comportamento dos juros para os próximos dias e deve seguir o aumento do FED americano.

A elevação da taxa de juros pelo FED, o banco central americano, na data de ontem, 27, foi a maior desde 1994. De acordo com Alexandre Augusto Pereira Gaino, professor de macroeconomia da ESPM, o objetivo é estabilizar a inflação americana, que ronda a casa dos 9% nos últimos 12 meses, maior patamar dos últimos 40 anos.

O órgão indicou que possivelmente não vai parar aí. A tendência é de novos aumentos nas próximas reuniões. Contudo, a velocidade destes novos aumentos não está estabelecida.

Segundo Gaino, para a economia brasileira, a elevação dos juros lá fora pressiona nossa taxa de câmbio, dificulta a atração de capitais e, a queda no ritmo de atividade na economia americana, pode frear nossas exportações para eles.

“A questão que não está clara é até que ponto câmbio e o movimento de capitais para o país já não haviam incorporado, nas últimas semanas, a recente decisão do FED. Se for assim, não precisaríamos esperar alterações na política monetária durante a reunião do COPOM na próxima semana”, comenta.

Para ele, os movimentos da bolsa e do dólar de ontem podem estar alinhados a essa perspectiva: decisões já precificadas e expectativas de aumentos da taxa de juros mais amenos nas próximas reuniões do FED. O que refletiria em maior calmaria para a próxima semana. Contudo, ainda é incerto se essa é a trajetória futura. “As perspectivas de novos aumentos dos juros americanos, somadas as incertezas globais e, principalmente, a deterioração fiscal que tem elevado nosso risco por aqui, podem levar o COPOM a anunciar uma nova alta nos juros básicos de 0,25% ou 0,50%”, conclui Gaino. 

 

Fonte: Alexandre Augusto Pereira Gaino, professor de macroeconomia da ESPM

 

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