Mapeamento
genético identifica genes responsáveis pela desregulação hormonal que provoca
queda de cabelo
A alopecia
androgenética, popularmente conhecida como calvície, é a principal causa da
perda de cabelo, principalmente em homens. A literatura científica mostra que
algumas variantes genéticas comuns são fatores de risco para esta condição. O problema
acontece por conta de uma desregulação dos hormônios androgênicos, influenciada
por alguns genes que afinam os fios capilares progressivamente, até ocasionar a
queda.
No caso dos homens com
alopecia androgenética, no geral, a perda de cabelo se concentra nas entradas
frontais e na parte do topo da cabeça. Já nas mulheres, o mais comum é que
ocorra uma perda mais generalizada, que deixa todo o couro cabeludo mais
aparente. Fato é que, tanto nos homens, quanto nas mulheres, quanto antes for
feito o diagnóstico e mais cedo iniciar o tratamento, maiores as chances de
frear o avanço da doença.
Neste ponto, o
mapeamento genético feito pela Genera , o primeiro
laboratório brasileiro especializado em testes de genômica pessoal, pode
indicar quais as chances de uma pessoa desenvolver esse tipo de alopecia. Por
meio de uma amostra de saliva, o teste faz a leitura de pontos específicos do
DNA e aponta se cada indivíduo possui os marcadores genéticos que provocam a
alteração hormonal responsável pela queda de cabelo.
"A genética não e
não deve ser o único fator considerado quando falamos sobre quedas de cabelo.
Mas, além da influência dos genes HDAC4 e HDAC9, sabemos também que os povos
ameríndios, asiáticos e africanos possuem taxas de calvície menores que os
europeus. Com o mapeamento genético, é possível determinar também a
ancestralidade da pessoa e avaliar o quanto isso aumenta ou reduz as chances
dela ter alopecia", explica Ricardo di Lazzaro Filho, médico e
sócio-fundador da Genera.
Além da queda de cabelo,
a alopecia androgenética pode ocasionar na perda de pêlos em outras partes do
corpo, como nas sobrancelhas. Tanto a calvície quanto as falhas nas
sobrancelhas, podem provocar sérios problemas de autoestima. "Os cabelos,
muitas vezes, expressam nossas personalidades e acabam sendo uma moldura para o
rosto, assim como a sobrancelha é para o olhar. Muitas pessoas que sofrem com a
queda acabam investindo bastante dinheiro em implantes capilares depois de
sofrer por muito tempo com a imagem refletida no espelho. O ideal é detectar o
problema antes do início dos sintomas e iniciar o melhor tratamento. Os testes
de genômica pessoal oferecem resultados muito personalizados, o que facilita
também a personalização das terapias", finaliza Ricardo.
Além da propensão à calvície, a análise do DNA
detecta a tendência para o desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2,
osteoporose, trombofilia, câncer e Parkinson. Também é possível analisar os
aspectos psicológicos, como predisposição para uma impulsividade exacerbada,
habilidade em matemática e até determinar preferência por horários diurnos ou
noturnos, além de descobrir a origem do DNA por pelo menos cinco gerações.
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