Técnica
FUE é menos invasiva e oferece melhor resultado, mas exige responsabilidade do
paciente e da equipe médica
O Transplante Capilar,
que se tornou o procedimento mais buscado nos últimos dois anos, tanto por
homens quanto por mulheres, exige responsabilidade e oferece riscos, alertam
especialistas. A técnica FUE, que consiste na extração dos folículos saudáveis
da área doadora e realocados na região onde a falta de fios incomoda, é
considerada a menos invasiva e a que garante resultados mais naturais. No
entanto, em casos de calvície mais severa (a partir do grau cinco), podem ser
indicados dois transplantes e o tempo de intervalo entre eles deve ser
respeitado ou pode causar complicações ao paciente.
"Essa questão
envolve cicatrização, reestabelecimento da área doadora e até mesmo da
elasticidade da pele", explica Dr. Jurandir Carrascosa, diretor do corpo
médico da Mais Cabello e médico cirurgião de transplante capilar e vascular,
com título de especialista pela SBACV.
O médico, que também é
professor de Cirurgia Dermatológica Avançada e da Especialização de Tricologia
e Transplante Capilar na Faculdade BWS, explica que um tempo seguro para esses
pacientes deve ser, em geral, acima de seis meses.
"Estamos
observando que diversos pacientes estão fazendo um intervalo de menos de três
meses, colocando em risco a área doadora antes de aguardar o tempo de
recuperação adequado e o crescimento da área receptora para então complementar
com mais exatidão o procedimento inicial. Cabe ao médico, profissional de saúde
competente e sério, informar ao paciente todas as implicações que essa `pressa`
pode acarretar, como maior tendência a fibrose na área doadora, falhas no
crescimento dos cabelos, inviabilidade de futuros folículos até então saudáveis
e riscos anestésicos-cirúrgicos", avalia o especialista.
Dr. Jurandir
complementa ainda que essa prática de ignorar o tempo de recuperação é
condenada por profissionais comprometidos com o bem-estar do paciente.
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