O estudo revelou que, quando se trata de personalidades e interesses, nossas pré-concepções não correspondem necessariamente à realidade. Também revelou que esses dois grupos têm diferenças e similaridades -- mas ambos buscam o mesmo de um gestor. Vejamos o que diz minha pesquisa.
Tanto a geração Z quanto os millennials
foram específicos ao descreverem os comportamentos que procuram em um líder.
Todos os pesquisados, inclusive líderes, concordam que é importante que o líder
seja atencioso e que valorize o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. “Atencioso
e equilibrado”, “relacionável e autêntico” e “honesto e confiável” são as
características que as duas gerações mais valorizam em um gestor.
Curiosamente, essas gerações mais
jovens não dão tanta importância à diversão, embora os líderes achem que
sim e deem mais valor a um ambiente de trabalho divertido do que a geração Z e
os millennials. Na verdade, a maior preocupação da geração Z e dos millennials
é que os gestores sejam sérios, respeitosos e confiantes. Além disso, eles
querem ser liderados pelo exemplo e buscam um líder protetor que os oriente,
apoie, ensine e dê feedback.
Essas descobertas ressaltam que, para a
geração Z e os millennials, o ambiente de trabalho é, até certo ponto, uma
continuação da vida que têm em casa -- um local onde buscam segurança
psicológica.
Outra área em que nossas concepções
divergem das descobertas de minha pesquisa: os líderes acham que a geração Z e
os millennials querem um líder motivador. Entretanto, os pesquisados deixaram
claro que querem um líder inspirador. A diferença é tênue, mas é o que
distingue aquele que inspira, ou seja, que estimula seus instintos e os
empolga, do que motiva com razões e incentivos para agir. Outra área de
discrepância e que guarda certa relação com a anterior é que os líderes imaginam
que a geração Z e os millennials querem exposição e autoridade para tomar
decisões, uma aspiração comum na maioria dos círculos gerenciais. Mas isso não
foi um ponto enfatizado por essas duas gerações.
Esses conceitos nos permitem entender o
que os millennials e a geração Z querem de um gestor e, muitas vezes, vão na
contramão dos modelos de gestão a que estamos habituados. Assim, precisamos
repensar nossa abordagem e os perfis dos nossos gestores.
Por fim, além do
perfil do gestor buscado pelas novas gerações, o estudo nos proporcionou
insights importantes de como gerenciar, engajar e reter esses talentos. Fique
ligado -- voltaremos a falar disso em breve!
Maribel Diz - head de Recursos Humanos da Visa
América Latina e Caribe.
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