ACESA Capuava realiza a mediação entre famílias e escolas, auxiliando no processo de inclusão escolar de crianças e adolescentes com deficiência auditiva e surdez
O próximo dia 26, Dia Nacional do Surdo, e o mês de setembro como
um todo são dedicados à visibilidade da Comunidade Surda Brasileira, momento
conhecido por trazer reflexões significativas, abordando a história de lutas e conquistas
de pessoas surdas, além de propor debates sobre os direitos e inclusão na
sociedade. O reconhecimento da Libras como meio legal de comunicação e
expressão, a obrigatoriedade do ensino de Libras na formação de professores e a
necessidade da presença de um intérprete de Libras nos órgão públicos são
algumas das conquistas da comunidade surda.
O mês ficou marcado desde 1880 quando, em 11 de setembro, no
Congresso Internacional de Milão, na Itália, pessoas ouvintes (em sua maioria)
de todo o mundo discutiram políticas públicas relacionadas às pessoas surdas.
Desde o ano de 2010, o Teste da Orelhinha é um direito do recém-nascido
garantido pela Lei Federal 12.303. Este marco reconheceu a importância do
diagnóstico precoce das perdas auditivas como forma de oferecer melhores
oportunidades de desenvolvimento à criança surda.
A cor azul vem de 1945, quando Adolf Hitler, marcou com fitas
azuis as pessoas que tinham algum tipo de deficiência e que, por isso, deveriam
ser mortas, incluindo os surdos.
A ACESA Capuava, entidade sem fins lucrativos de Valinhos que tem
como público alvo crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro
Autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez, através do
Termo de Colaboração com a Secretaria de Educação de Valinhos, oferece o
Serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para crianças e
adolescentes com deficiência auditiva e surdez, possuindo 20 vagas para alunos
regularmente matriculados na Rede de Ensino Pública Municipal da cidade. São
realizados atendimentos pedagógico e fonoaudiológico semanais.
“Sempre mediando o contato entre a escola e a família, nós
identificamos, elaboramos e organizamos recursos pedagógicos de acessibilidade
que eliminem as barreiras que impedem a plena participação dos alunos com
deficiência auditiva e surdos no contexto escolar. ”, diz a psicopedagoga da
ACESA Capuava, Juliana Bertelli, reforçando também a realização de planos
individuais para os alunos surdos, propostos com base na comunicação e
condições de cada um.
Complementando os atendimentos pedagógicos, está a fonoaudiologia.
É realizada também uma avaliação individual para definir qual será a forma de
comunicação adequada à realidade da criança surda. Seja a partir da Libras ou
da comunicação oral, a terapia fonoaudiológica será essencial para acompanhar o
desenvolvimento e aprimorar as habilidades de comunicação da criança.“Nós
atuamos na surdez desde o diagnóstico até a intervenção terapêutica. No AEE
conseguimos atender as crianças e avaliar caso a caso quais as demandas
relacionadas à comunicação e, principalmente, ao desenvolvimento da linguagem”,
afirma a fonoaudióloga da ACESA Capuava, Júlia Tavoni.
Pensando na necessidade de acompanhamento anual dos aspectos
auditivos das nossas crianças, a ACESA conta com a parceria social da Ouvire –
Audição e Equilíbrio, desde o ano de 2018. A clínica oferece exames auditivos
gratuitos para os atendidos da ACESA que não possuem convênio médico,
reconhecendo a importância do impacto dessa avaliação na evolução das terapias.
Vale lembrar que setembro é o mês que dá visibilidade a causa, mas
luta é diária. Afinal, pessoas surdas sofrem preconceito e enfrentam barreiras
de acessibilidade todos os dias.
ACESA CAPUAVA
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