Em nossa prática psicológica
com pacientes portadores de doenças agudas ou crônicas graves percebemos que é
possível sim adoecer com as nossas emoções. Por exemplo, muitas vezes vemos um
agravamento da dor em pacientes com doenças autoimunes como fibromialgia quando
este passa por estresse.
Existem
situações difíceis e negativas em todas as vidas. Podem envolver a perda de uma
pessoa, seja por morte ou divórcio, desastres naturais, abuso doméstico,
dificuldades financeiras, um diagnóstico de doença grave em si ou em seus
familiares, ou acontecimentos trágicos da infância, como perda prematura dos pais
ou abusos físicos ou psicológicos. A estes eventos damos o nome de trauma. E
estes traumas, se não forem resolvidos, podem levar ao adoecimento grave num
período de 6 a 18 meses.
Um trauma é uma
resposta emocional inadequada a eventos negativos que aconteceram em nossa
vida.
As
reações envolvem sintomas que podem envolver taquicardia, tonturas, confusão,
entorpecimento, enjoo, anorexia ou excesso de fome, vômitos e diarréia, dores
difusas no ventre, elevação ou queda da pressão arterial, entre outras. Essas
reações preparam o corpo para lutar ou fugir de uma ameaça, seja ela real ou
imaginária.
Muitos
estudos têm associado o estresse a uma menor função imunológica e maior
incidência de doenças em geral. O Sistema Nervoso Simpático é o principal
envolvido nas mudanças químicas que ocorrem durante uma situação de “luta ou
fuga”. Em situações agudas, o SNS se ativa. No entanto, assim que o evento
traumatizante tenha passado, o corpo volta à homeostase em cerca de uma hora.
Sob estresse crônico, o SNS fica “ligado” praticamente o tempo todo. Neste
estado, os mecanismos de estimulação da adrenalina e da noradrenalina se
alteram.
Esta alteração pode
conduzir a uma série de processos favoráveis ao desenvolvimento de doenças
agudas ou crônicas, uma vez que o corpo fica predisposto à maior inflamação,
menor imunidade, e a incapacidade de se autorregular.
Existem
formas de lidar com os fatores estressantes, cuidar dos nossos traumas e ter
uma vida melhor? Sim.
Medicina: Quando necessário,
buscar ajuda médica. Uma vez que o corpo atinge seu limite e adoece em vários
sistemas ao mesmo tempo.
Psicoterapia: As
experiências que você vive ou viveu, sejam elas positivas ou negativas,
formaram o modo como você interage com o mundo exterior. Estes sistemas de
crenças podem ser mudados, trabalhando-se no nível subconsciente, que foi onde
se formaram em primeiro lugar.
A
psicoterapia pode ser muito útil para a compreensão destas dinâmicas e para
trabalhar as crenças que nos limitam como a baixa autoestima, mágoas ou
bloqueios inconscientes.
Quando
associada a outras ferramentas, como as terapias vibracionais ou complementares
(reiki, ou outras práticas que constam da lista oferecida pelo Sistema Único de
Saúde - SUS), as práticas que trazem mais fé e esperança e a exercícios físicos
tem muito sucesso.
Seja qual for a
modalidade que você use para se curar do trauma, lembre-se de que esta prática precisa
ser constante. Não adianta apagar as labaredas altas do fogo e deixar as
pequenas brasas incandescentes. Logo elas se tornarão labaredas também.
Durante
este novo aprendizado várias técnicas serão ensinadas e cabe a você trabalhar
arduamente para não adoecer mais. Pode demorar um pouco, ou não, para ver os
resultados de seu trabalho interno, mas você os verá. E quando vir perceberá
que o estado de sua vida e sua saúde mudará significativamente para melhor.
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