Médico reforça a
importância de hipertensos e cardiopatas manterem o tratamento com uso de
medicação diária
Dia Nacional de
Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é comemorado neste domingo (26)
No Dia Nacional de
Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o HCor faz um alerta para os
pacientes que convivem com a hipertensão e fazem parte do grupo considerado de
maior risco para a infecção por Sars-CoV-2, o novo coronovaírus.
O especialista Celso
Amodeo, médico cardiologista e nefrologista do HCor, explica que pacientes com
pressão alta, diabetes e insuficiência cardíaca não controlados estão mais
suscetíveis a ter complicações relacionadas a Covi-19. “É muito importante que
pacientes com as doenças controladas não suspendam, de forma alguma, o
tratamento sem conversar antes com o médico”, destaca.
O médico alerta para notícias
recentes que associaram a possibilidade de alguns medicamentos para doenças
crônicas como as cardiopatias e hipertensão facilitaram a entrada do
coronavírus para dentro das células do corpo. Entretanto, não há, ainda,
evidência científica publicada de que isso, de fato, ocorra em seres humanos.
“Diante dessa controvérsia, após a análise criteriosa da literatura, a
Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Europeia de Cardiologia e o
Colégio Americano de Cardiologia orientam sobre a não suspensão dos
medicamentos hipertensivos, entre outros, de uso diário pelos pacientes”,
explica Amodeo.
Pacientes que convivem com
doenças crônicas sempre estiveram em maior risco de contraírem vírus que
acometem os pulmões, como é o caso da influenza, que transmite a gripe.
Comprometimentos na circulação também debilitam a “chegada” das células de
defesa nos órgãos com infecção.
Além dos hipertensos,
chamamos atenção também dos pacientes que possuem obstruções nas artérias,
insuficiência cardíaca e outros problemas do coração, além das pessoas que já
tiveram AVC (derrame) e infarto.
Segundo o especialista, a
principal orientação para pacientes com pressão alta e portadores de doenças
cardiovasculares é redobrar os cuidados com a higienização das mãos e a medida
de isolamento social. Quem precisa sair de casa, deve fazer o uso de máscara,
álcool gel e manter sempre a distância social.
Estima-se que a hipertensão
atinja cerca de um bilhão de pessoas no mundo, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS). No país, 35% da população adulta convive com pressão
alta e, segundo especialistas, deste total 50% dos pacientes não tem
conhecimento do problema. A pressão alta é responsável por desencadear até 80%
dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no
Brasil.
O HCor listou os cuidados
que os pacientes hipertensos devem redobrar durante a pandemia:
- Alimentação é aliada da prevenção
Mantenha suas defesas em alta com refeições
equilibradas e ricas em alimentos naturais. Para consumir menos sal, sem abrir
mão do sabor, é possível apostar em ervas aromáticas e especiarias, a fim de
melhorar o paladar da refeição sem comprometer a saúde. Também é importante
diminuir ao máximo o consumo de alimentos processados e industrializados (pães,
queijos, enlatados e embutidos, cujo conservante principal é o sal), que chegam
a constituir cerca de 75% do sal consumidos nas refeições diárias.
- Treino em casa
De maneira moderada, é indicado mexer o corpo,
mesmo em casa, com exercícios aeróbicos, dança, subida de escadas e treinos de
Yoga e funcional (com o peso do próprio corpo) com apoio de aplicativos e
canais nas redes sociais.
- Saúde monitorada
É fundamental seguir o monitoramento da saúde
cardíaca com exames. O HCor está preparado para receber pacientes e manter a
normalidade das consultas e exames. O serviço de telemedicina também pode ser
acionado para tirar dúvidas quanto ao tratamento e troca de receitas, por
exemplo.
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