Especialista do
Conselho Federal de Contabilidade dá dicas simples para não entrar em colapso
nesse momento
Com todas as dificuldades que a pandemia de
Covid-19 está trazendo mundialmente, além de ser um momento de isolamento e de
se voltar para algumas questões internas, um ponto que está incomodando os
cidadãos é a saúde financeira da família: em como manter e controlar os ganhos
e gastos familiares nesses tempos difíceis.
Para o contador Elias Caddah, conselheiro do
Conselho Federal de Contabilidade e coordenador do Programa de Voluntariado da
Classe Contábil (PVCC), a primeira atitude a ser tomada é fazer ou revisar o
planejamento financeiro da família. “É necessário saber exatamente quanto se
ganha e quanto se gasta, para começar a cortar despesas que às vezes são
desnecessárias ou supérfluas e que merecem ser reduzidas agora, ou ainda
excluídas, levando em conta que o ganho das pessoas pode ter uma alteração”,
avalia.
Caddah alerta para o fato de que é muito comum o
brasileiro não ter um planejamento financeiro. Além disso, seria ideal que
todos tivessem uma poupança para casos de emergência, com uma economia de seis
vezes os gastos mensais; ou seja, um recurso financeiro aplicado para se manter
durante seis meses em caso de problemas que possam ocorrer.
Ainda como dica, o contador alerta que em meio a
esse caos e pandemia, os bancos aumentaram o limite do cheque especial e do
cartão de credito, como uma forma de dar um fôlego financeiro para seus
clientes. “No entanto, isso pode, no futuro, causar mais problemas, pois esse
crédito contém juros embutidos. Por mais que haja uma redução nesse momento,
com certeza são mais elevados que os juros de outras opções de financiamento”,
explica.
Dessa mesma forma, é a hora para tentar rever as
dívidas já existentes. É fundamental renegociar com os bancos eventuais
empréstimos, porque nesse momento muitos bancos estão fazendo refinanciamento
de casa própria, automóveis etc. A orientação é avaliar isso dentro do seu
orçamento e tentar fazer que esses valores não pesem muito no momento.
O conselheiro do CFC sugere uma pausa em projetos
que envolvam recursos, como a compra de um carro novo, a reforma na casa ou
consumo de bens de alto valor. “Assim podemos diminuir um pouco os efeitos que
a crise está trazendo para o nosso orçamento familiar e também ao nosso dia a
dia como consumidores”, finaliza Caddah.
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