Transplantar é a reposição ou transferência de célula, tecido ou
órgão de alguém saudável para um doente. Em geral, é a saída – em fases
precoces ou estágios avançados de patologias – após tentativas frustrantes com
medicamentos e terapias complementares e alternativas, que permite ao doador
salvar a vida do receptor, isso se não houver complicações naturais em virtude
da reação do organismo.
Como toda novidade, a cirurgia já fez
a sociedade voltar as atenções como mais um “milagre” da Medicina. Há quem diga
que tudo começou na Antiguidade para resolver as mutilações. Se considerarmos a
Modernidade, foi em 1964 que um norte americano colocou um coração de um macaco
em um homem de 70 anos, que morreu logo após a operação. O fim não foi o
desejado, mas constatar a possibilidade de tal troca em estruturas conhecidas
pela complexidade já foi um avanço.
De lá para cá, muita coisa mudou. As
revelações da Ciência têm possibilitado o conhecimento aprofundado e o
surgimento de técnicas que incluem o transplante, hoje, na rotina nos centros
cirúrgicos dos principais hospitais – públicos e privados – do país. Mas longe
está o dia em que se saberá tudo sobre o assunto. As pesquisas prosseguem no
intuito de chegar a descobertas que garantam formas cada vez mais seguras e
satisfatórias de transplantar, tanto do ponto de vista do profissional como do
paciente.
Em meio a essa caminhada, já se sabe
que não só rins, fígado, coração, córneas, pele (e outros velhos conhecidos)
podem ter um novo dono. A retirada das fezes de uma pessoa e a colocação do
material em outra já entrou para a lista das curas. O internauta questiona:
essa seria uma informação errônea e infundada? De forma alguma. O que foi dito
não só é possível, como já é realidade em vários países, entre eles o Brasil.
Isso mesmo, o Brasil. Curioso em saber mais sobre o tema?
As primeiras experiências teriam
ocorrido na década de 60, quando pesquisadores tentaram equilibrar a flora
intestinal de um paciente com fezes de outra pessoa (sadia), por meio de uma
lavagem intestinal. À época, a atitude não foi bem vista e não se falou mais
nisso. Anos depois, insistiu-se na possibilidade, porém com uma outra
metodologia: a colonoscopia, que possibilita a visualização e coleta de
material do intestino grosso.
Chegado o século XXI, a publicação
científica New England Journal of Medicine levantou de novo a questão e trouxe
à tona a polêmica ao divulgar a pesquisa de especialistas holandeses, que
quiseram acenar ao mundo os resultados reais proporcionados por esse tipo de
infusão. Entre eles, segurança, rapidez e alívio ao paciente portador de
diversas patologias, entre elas as de natureza cardiovascular.
Mas o foco tem sido mesmo quem tem
colite pseudomembranosa, uma doença grave provocada pela bactéria Clostridium
difficile que, de acordo com estudos, mata cerca de 14 mil pessoas por ano nos
Estados Unidos ao provocar diarreias constantes e chegar a ocasionar infecções
generalizadas. Os relatos de médicos e pacientes mantêm a afirmativa de que os
antibióticos não agem mais como deveriam.
Isso tem uma explicação. Esse
micro-organismo fica no intestino do ser humano ao lado de outras bactérias,
não tão agressivas, em uma convivência de alerta para atacar na hora certa.
Quando as menos agressivas estão, por algum motivo, sem forças para reagir e
participar da luta, a Clostridium difficile assume o controle e provoca um
desequilíbrio da flora intestinal. O problema é que se trata de um tipo muito
resistente aos antibióticos, inclusive aos mais poderosos.
As fezes removidas de um intestino
saudável passam por um processo de sorologia e centrifugação e só depois vão
para o ambiente que se apresenta desregulado. Isso é feito por meio da colonoscopia
ou ainda de um tubo introduzido no nariz que percorre o caminho até o estômago.
Com a introdução desse “equilíbrio”, a flora intestinal do doente é “repovoada”
de bactérias consideradas boas para enfrentar e destruir a forte inimiga
Clostridium difficile.
A verdade é que as pesquisas não
param no sentido de comprovar a eficiência do transplante de fezes para
combater outras doenças, entre elas a obesidade. Mas, nesse trabalho otimista e
incansável, muitos profissionais, por incrível que pareça, ainda esbarram no
preconceito. Não são todos, médicos e pacientes, que veem a alternativa com
naturalidade, em virtude da associação que ainda se faz das fezes aos conceitos
de “nojento” e “sujo”. Isso, consequentemente, impacta na adoção e na aceitação
dos resultados favoráveis apresentados pelas experiências que já provam ser um
sucesso.
Curiosidade
O procedimento ganha cada vez mais
espaço nos Estados Unidos, onde já existe um Banco de Fezes. O OpenBiome é uma
organização sem fins lucrativos, fundada por uma equipe de médicos, voltada,
principalmente, a dar apoio a todos os envolvidos no processo de forma a
esclarecer, garantir acesso seguro e padronizar o tratamento de transplante de
microbiota fecal no país.
Saiba mais sobre a
Angiomedi
Tudo começou em 2013, quando o
cirurgião vascular Dr. Antonio Carlos de Souza fundou a unidade com o intuito
de ser um centro médico altamente especializado em saúde vascular. E assim
aconteceu e é realidade. A Clínica Angiomedi conta com um trabalho diferenciado
voltado para a prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos
circulatórios.
A missão é agregar respeito,
humanização, responsabilidade, inovação e personalização para prestar um
atendimento de ponta, que contribua com a melhoria da saúde vascular dos
pacientes.
A Clínica Angiomedi oferece o que há
de mais moderno e eficaz no tratamento de varizes, aneurismas de aorta
abdominal e úlceras de pernas e pés diabéticos.
Dr. Antonio Carlos
de Souza - O diretor técnico da Clínica
Angiomedi, em Brasília, tem um currículo que o torna grande conhecedor na
especialidade. Formou-se, em 1992, em Medicina pela Universidade de Brasília. A
Residência Médica em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular e Angiologia ocorreu
de 1993 a 1996. E não parou por aí. Concluiu o Doutorado em Ciências Médicas
pela Universidade de São Paulo, em 2001. Marcou participação no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-RP, onde foi médico assistente. Atualmente,
é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, e
atual vice-diretor de Defesa Profissional. É também membro da IVS (Independent
Vascular Services). É professor do curso de Medicina da Universidade Católica
de Brasília e coordenador do curso de Medicina da Escola Superior de Ciências
da Saúde, onde também foi docente. A dedicação ao estudo em educação médica e à
assistência médica em Angiologia e Cirurgia Vascular não pára, visto que está
sempre em busca de atualizações para beneficiar os pacientes.
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