Um novo estudo sugere que
dormir mais ou tomar substâncias como a cafeína aliviam as dores crônicas com
melhores resultados que analgésicos como ibuprofeno e morfina, segundo publicou
nesta segunda-feira (8 de maio) a revista científica "Nature".
Elaborado pelo Hospital Pediátrico de Boston e pela Escola Médica de Harvard, o
estudo utilizou ratos para medir a relação entre privação de sono aguda ou
crônica e a sensibilidade para estímulos dolorosos.
A sensibilidade à dor foi avaliada ao expôr os ratos a quantidades controladas de calor, frio, pressão, e capsaicina (componente das pimentas chili), medindo quanto tempo demorava para o animal reagir. "Descobrimos que cinco dias de privação moderada de sono podem exacerbar significativamente a sensibilidade à dor em ratos saudáveis", detalhou Chloe Alexandre, especialista em Fisiologia do Sono.
Surpreendentemente, os analgésicos comuns como o ibuprofeno não bloqueiam essa hipersensibilidade à dor induzida pela privação de horas de descanso e os resultados sugerem que em vez de tomar analgésicos, os pacientes com dor crônica poderiam se beneficiar com melhores hábitos de sono ou remédios para a insônia durante a noite, junto com agentes que aumentam o nível de alerta durante o dia para tentar romper esse círculo vicioso.
A pesquisa vai no mesmo caminho dos estudos do Fisioterapeuta Leonardo Machado, que indicam que a integração de hábitos saudáveis é capaz de reduzir as dores crônicas. "O sono e a alimentação saudável são os principais responsáveis pelas dores crônicas sem explicação médica", revela o especialista que chama atenção ainda para problemas posturais causados pela sensação de esgotamento físico e psíquico ao longo de uma extenuante jornada de trabalho. "Realizando uma analogia, a energia interna da pessoa esvazia e o pensamento de esgotamento se traduzirá em uma postura de enrolamento. A partir dessa tendência de adaptação postural gerada, haverá uma tendência natural para que o nosso olhar se desvie para baixo seguindo a orientação do corpo. Com o intuito de manter a horizontalidade do olhar e o foco deste no horizonte, a musculatura dos ombros e do pescoço atuarão para este fim tendendo a se contrair e se tornar mais sensível e dolorosa em proporção ao cansaço", explica Machado.
A sensibilidade à dor foi avaliada ao expôr os ratos a quantidades controladas de calor, frio, pressão, e capsaicina (componente das pimentas chili), medindo quanto tempo demorava para o animal reagir. "Descobrimos que cinco dias de privação moderada de sono podem exacerbar significativamente a sensibilidade à dor em ratos saudáveis", detalhou Chloe Alexandre, especialista em Fisiologia do Sono.
Surpreendentemente, os analgésicos comuns como o ibuprofeno não bloqueiam essa hipersensibilidade à dor induzida pela privação de horas de descanso e os resultados sugerem que em vez de tomar analgésicos, os pacientes com dor crônica poderiam se beneficiar com melhores hábitos de sono ou remédios para a insônia durante a noite, junto com agentes que aumentam o nível de alerta durante o dia para tentar romper esse círculo vicioso.
A pesquisa vai no mesmo caminho dos estudos do Fisioterapeuta Leonardo Machado, que indicam que a integração de hábitos saudáveis é capaz de reduzir as dores crônicas. "O sono e a alimentação saudável são os principais responsáveis pelas dores crônicas sem explicação médica", revela o especialista que chama atenção ainda para problemas posturais causados pela sensação de esgotamento físico e psíquico ao longo de uma extenuante jornada de trabalho. "Realizando uma analogia, a energia interna da pessoa esvazia e o pensamento de esgotamento se traduzirá em uma postura de enrolamento. A partir dessa tendência de adaptação postural gerada, haverá uma tendência natural para que o nosso olhar se desvie para baixo seguindo a orientação do corpo. Com o intuito de manter a horizontalidade do olhar e o foco deste no horizonte, a musculatura dos ombros e do pescoço atuarão para este fim tendendo a se contrair e se tornar mais sensível e dolorosa em proporção ao cansaço", explica Machado.
O fisioterapeuta lembra
ainda dos dados da pesquisa, batizada de “A dor no cotidiano”, que ouviu cerca
de 1.000 pessoas de diferentes idades durante 2015 e constatou entre outros
fatores que 32% das pessoas que sentem dores tem o sono prejudicado também. No
mesmo estudo, a dor de cabeça é a responsável pelo desconforto de pelo menos
65% dos entrevistados, seguida pela dor nas costas que atrapalha mais de 40%
das pessoas. Ainda de acordo com o levantamento, para 63% dos entrevistados o
trabalho é a principal atividade impactada por conta de algum tipo de dor.
Leonardo Machado indica abaixo algumas formas de ter uma noite de sono tranquila e reparadora:
- evite abusar da prática esportiva noturna, pois esta aumenta a temperatura corporal. O ideal é começar o dia praticando exercícios, pois darão disposição ao longo do dia e permitirão que a noite o organismo esteja descansado;
- evite o uso de eletrônicos a noite, especialmente antes de dormir, pois muitos são estimulantes. É sabido que a luz tipo LED emitida por tablets, smartphones, laptops e outros gadgets luminosos é rica em radiação azul, que interfere muito na liberação de melatonina, hormônio que está diretamente ligado ao sono;
- embora muitos não saibam, o cigarro é ainda mais estimulante que a cafeína. Algumas pesquisas, inclusive, apontam que fumantes tem maior dificuldade para pegar no sono, têm insônia constante e muita agitação pela manhã;
- café, chocolate e refrigerantes devem ser evitados a noite, pois são extremamente estimulantes;
- tendemos a acreditar que quanto mais dormimos, melhor. Mas não é a realidade. Dormir com qualidade, ter um sono tranquilo, mesmo que com menos horas, é mais revigorante;
- o famoso cochilo, tão natural para alguns, pode atrapalhar o sono da noite. Se não conseguir evitar, procure não passar de 15 a 20 minutos;
- normalmente, associamos o banho quente a relaxante e a ser tomado antes de dormir. Mas não é o correto. O chuveiro quente na parte da manhã vai fazer a sua temperatura corporal se elevar, o tornando mais disposto;
- musicas relaxantes podem embalar um sono tranquilo. Mas lembre-se: procure não colocar musicas cantadas, pois acompanhar, cantando, mesmo que mentalmente, pode atrapalhar o inicio do sono. Sons de chuva, canto das baleias e outros vindos da natureza são os melhores;
- a meditação é calmante. Por isso, se conseguir se concentrar entre 5 e 20 minutos antes de dormir, seu sonotenderá a ser mais calmo;
- escurecer o ambiente em que vai dormir, sem nenhum foco de luz, preferencialmente,
- procure evitar ao máximo o uso de remédios. Um estudo publicado em 2014, pela British Medical Journal, sugere, a partir de uma amostra de 100.000 pacientes, acompanhados por uma média de 7 anos, que aqueles que tomaram remédios para dormir têm um risco de morte duas vezes maior do que aqueles que não tomam.
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