Especialista em Segurança e
Inteligência pergunta: como os corruptos burlaram os sistemas e desviaram tanto
dinheiro?
O economista Professor Ricardo Gennari
questiona as atuações do COAF e dos sistemas de inteligência bancários
Segue
um mistério a intensa movimentação de dinheiro, dentro e fora do país,
deflagrada pela Operação Lava Jato. Os valores desviados são astronômicos (só
uma empresa pagou propina de aproximadamente R$ 10 bilhões de reais!).
“Para
esconder dinheiro dentro de baia de cavalo, dentro da cueca, debaixo do colchão
e mesmo movimentar dinheiro pessoalmente é necessário ter papel moeda ou
utilizar transações bancárias, transferências e instrumentos financeiros. Com
certeza uma das formas utilizadas foi a lavagem de dinheiro”, comentou o
professor Ricardo Gennari, economista e especialista em segurança, inteligência
e estratégia e CEO da Troia Intelligence.
No
Brasil, o Controle de Atividades Financeiras (COAF), entidade ligada ao
Ministério da Fazenda, é o órgão fiscalizador de todo o sistema e tem como
objetivo combater os crimes financeiros. Todavia, muitas perguntas ainda não
foram respondidas e seguem incógnitas: como os corruptos movimentaram tanto dinheiro no país sem serem rastreados? Cadê a
inteligência do COAF? Ninguém, nem mesmo o sistema de inteligência dos
bancos, percebeu tamanha movimentação financeira?
Atualmente
é fundamental que as grandes empresas e as instituições financeiras contem com
sistemas de proteção e controle contra fraudes, corrupção e lavagem de
dinheiro, e até mesmo, medidas contra o financiamento do terrorismo. “A
Governança Corporativa e a aplicação do Compliance são ferramentas
indispensáveis para conferir políticas e diretrizes que possam coibir fraudes,
desvios e más condutas”, conclui Gennari.
Resta
saber agora quais são as mágicas (...) que os corruptos usaram para conseguir
driblar o COAF as instituições financeiras.
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