Entre os principais problemas de saúde,
estão LER/DORT, hipertensão, diabetes, obesidade e até surdez temporária;
especialista explica como se prevenir
Hoje em dia, é comum que as pessoas passem mais
tempo no trabalho do que em suas próprias casas, e isso merece atenção. A longa
e exaustiva rotina profissional pode oferecer riscos à saúde, como o
desenvolvimento de doenças crônicas. Muitas delas relacionadas à visão, pelo
uso contínuo de computadores, e ortopédicas, pelos movimentos repetitivos das
mãos, por exemplo.
Para reduzir o número de casos de doenças
ocupacionais e até evitar muitas delas, são indicados diversos procedimentos,
como a ginástica laboral. A técnica é uma série de exercícios físicos
realizados no ambiente de trabalho, durante o expediente, com o objetivo de
melhorar a saúde e evitar lesões dos colabroadores por esforço repetitivo e
algumas doenças ocupacionais.
Segundo Antônio Luís Coelho, ortopedista
do Hapvida Saúde, nem sempre esses métodos são capazes de impedir a
doença ocupacional. “Os exercícios preventivos durante a jornada de
trabalho não são garantia de que o colaborar não vai adquirir a doença, mas
eles são extremamente importantes para a prevenção. Os procedimentos devem ser
feitos diariamente e, pelo menos, mais de uma vez ao dia”, recomenda.
A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), ou Distúrbios
Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT), por exemplo, é a mais comum
no ambiente de trabalho. O especialista, no entanto, ressalta que esta não é a
única forma de contágio e que ela pode ser adquirida em outras situações: “É
importante frisar que a LER pode ser contraída em qualquer ambiente. As causas
mais comuns são o estresse, a má postura ou até mesmo o uso excessivo de
computador ou videogame. Já a DORT é quando o paciente contrai a
doença por esforço repetitivo, ocasionado pelas tarefas da sua função”.
Os trabalhadores também estão vulneráveis a outras
doenças como hipertensão, diabetes, obesidade ou dores na coluna, e
àquelas que afetam o psicológico, como depressão, síndrome do pânico e
distúrbios de ansiedade. A Síndrome de Burnout, também conhecida como
síndrome do esgotamento profissional, está cada vez mais presente no
ambiente de trabalho e é resultado de um estado de tensão emocional e estresse
crônico provocado por condições desgastantes. Em todos os casos, Coelho
alerta para o tratamento adequado, indicado por um especialista.
“Qualquer sintoma deve ser comunicado ao médico. O
trabalhador/paciente deve buscar um profissional que irá lhe indicar o
tratamento específico para aquela doença. O uso dos remédios é sempre em último
caso. O recomendado é que se faça a prevenção com os alongamentos durante o
dia, a reeducação postural e um reforço muscular específico sempre que
possível”, completa o especialista.
Conheça as principais doenças que podem ser adquiridas
no ambiente de trabalho
·
Lesão por Esforço
Repetitivo (LER) / Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT): a mais comum entre as doenças desenvolvidas no
ambiente empresarial. Deve-se ter cuidado no diagnóstico, pois muitas pessoas confundem
a LER com uma simples torção ou mau posicionamento em algum movimento.
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Surdez temporária: quando o trabalhador atua em áreas com altos
ruídos, acaba, aos poucos, tendo sua audição afetada e diminuída. Essa situação
é mais comum no segmento de indústrias e obras.
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Desgaste da visão: profissionais que utilizam muito a visão são os
principais alvos para esse tipo de doença. Além de cargos administrativos, que
usam constantemente o computador, trabalhadores noturnos, como vigias, guardas
e operadores 24h, também podem sofrer com o desgaste da visão, já que a jornada
noturna exige mais esforço visual.
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Outras: hipertensão, diabetes, obesidade, dores na coluna e
desgaste psicológico, como Síndrome de Burnout (também conhecida por síndrome
do esgotamento profissional).
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