A
laparoscopia tem sido uma das melhores alternativa para tratar pacientes
diagnosticados com hérnias. Além de mais rápida e simples, a técnica reduz o
tempo de internação e de recuperação, e também minimiza as complicações que
podem advir do tratamento cirúrgico tradicional. “O tratamento minimamente
invasivo possibilita uma recuperação mais rápida quando comparado à cirurgia
com cortes”, explica o coordenador do Centro de Hérnia do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, dr. Sérgio Roll. Com isso, o paciente pode deixar o hospital e
voltas às atividades rotineiras mais cedo.
Hérnias são
escapes de um órgão ou de parte dele para fora do espaço que ocupa. Elas não
aparecem de uma hora para outra. “Se formam gradativamente ao longo do tempo e
podem ser percebidas por conta da protrusão que provocam na parede do abdome”,
diz o médico. Segundo Roll, elas geralmente são causadas por esforço excessivo.
A pessoa tenta levantar um peso, tossir ou fazer alguma tarefa que aumenta a
pressão sobre o órgão herniado, como esforço para evacuar, constipação
intestinal crônica, exercícios físicos, obesidade, tabagismo, doenças da
próstata, do coração ou do fígado.
Embora a
maioria das hérnias não represente um problema grave, alguns casos podem se
tornar complexos, chegando à necrose da área herniada ou mesmo com o paciente
sentido dor, acompanhada de sintomas como náuseas, febre e mal-estar geral. Em
casos assim, diz o coordenador, “é preciso recorrer à intervenção médica de
emergência”.
Hérnias
abdominais - Elas surgem quando há aumento da pressão intra-abdominal ou
enfraquecimento da parede do abdome em regiões inguinal, umbilical, femoral,
epigástrica e onde haja cicatrizes de cirurgias anteriores. A correção consiste
em recolocar o seu conteúdo para dentro da cavidade abdominal e fechar o
orifício com tela sintética.
Os tipos
mais comuns de hérnias abdominais são a inguinal, localizada na região da
virilha; umbilical, que pode estar presente desde o nascimento ou ser adquirida
e é causada por um defeito de fechamento da cicatriz umbilical; a epigástrica,
que surge na linha mediana do abdome e deve-se a aberturas entre os músculos
retos abdominais; a femoral, o terceiro tipo mais incidente, cuja frequência
aumenta com a idade; as femorais que são assintomáticas, mas podem trazer dor
local; e as incisionais, causadas por enfraquecimento da parede abdominal ou da
cicatrização inadequada das incisões em áreas submetidas à cirurgia. Este tipo
de hérnia, inclusive, tem altos índices de recidiva e complicações.
A maioria
das hérnias cresce progressivamente. Há os casos em que elas sofrem
“estrangulamento” e o paciente precisa passar por uma operação de emergência.
“O tratamento para a maioria dos casos é a cirúrgica”, explica Roll. Ele
explica que com a operação, o médico recompõe a parede enfraquecida e a
estrutura herniada resolvendo o problema.
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