Campanhas
e ações preventivas são o caminho para diminuir a incidência da doença no mundo
No mês de conscientização do
câncer de pescoço e cabeça, o IBCC alerta para o tumor que está em 8° lugar com
mais incidência no mundo. A maioria dos casos de câncer de cabeça e pescoço é
chamada de carcinoma epirdemóide, esse é o caso do câncer de esôfago.
Quatro vezes mais comum entre
os homens do que entre as mulheres, a neoplasia de esôfago é considerada uma
das mais perigosas, pois seus sintomas são vagos, levando a um diagnóstico
tardio. De acordo com o Dr. Mario Feitoza, cirurgião oncológico do IBCC –
Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, devido aos sintomas vagos, a
maioria dos pacientes chegam em consulta apresentado um estágio da doença
avançado, dando apenas condições de realizar tratamentos paliativos.
Existem hoje três fatores
estritamente ligados ao câncer de esôfago, o tabagismo, o alcoolismo e o mais
recente adicionado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é o consumo diário
de líquidos a uma temperatura acima 65 graus. De acordo com o Dr. Mario
Feitoza, tomar bebidas quentes diariamente pode causar uma inflamação crônica
na mucosa não dando a chance de a ver uma regeneração celular, onde pode
ocorrer um erro e gerar o câncer de boca, língua e/ou esôfago.
“O tabagismo, etilismo,
associado agora ao consumo frequente de bebidas quentes, colocam as pessoas em
exposição para o desenvolvimento da doença. São costumes culturais e regionais
que fazem aumentar a incidência da doença”– explica o dr. Mario Feitoza
oncologista do IBCC.
Embora o câncer de esôfago,
na maioria dos casos, não apresente sintomas específicos, o indício mais comum
é o problema da deglutição, a sensação de que a comida está presa na garganta,
denominada de disfagia. A disfagia é geralmente um sintoma causado por um
câncer já em estágio avançado.
Mas como conscientização, o
médico explica que alguns sinais de alerta podem antecipar o diagnóstico.
“Pessoas que fumam e consomem em excesso bebidas alcoólicas, podem vir a ter
rouquidão, anemia, vômitos, falta de apetite, falta de ar e tosse. Neste caso,
fazer exames regularmente é fundamental, principalmente quando está exposto a
fatores de risco” – previne o cirurgião oncológico.
Independente do estadiamento
do câncer de esôfago, o tratamento mais realizado ainda é a cirurgia, o que
torna a situação mais delicada e complexa. O procedimento médico também pode
incluir radioterapia e quimioterapia. “Em alguns casos utilizamos quimioterapia
e a radioterapia antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor, assim
evitamos uma cirurgia mais invasiva e diminuímos alguns riscos que podem
surgir” – é o que faz o dr. Mario do hospital IBCC.
Quando a doença está em nível
muito evoluído e o tumor não pode ser retirado, é realizado tratamentos
paliativos, com o objetivo de dar uma qualidade de vida ao paciente, aliviando
os sintomas, como dores e o problema da deglutição. Por se tratar de um câncer
de prognóstico reservado e por ter um tratamento altamente invasivo, caso o
diagnostico seja tardio haverá menor chance de cura.
A mortalidade desse tipo de
tumor só tende a minimizar com a compreensão das pessoas sobre a doença, as
principais causas e com o diagnóstico precoce. “Mudar os hábitos culturais e
regionais das pessoas não é uma tarefa fácil, porém seria o único meio de
prevenção e conscientização para diminuir o alto índice de pessoas que são
diagnosticadas com essa doença” – finaliza o Dr. Marcelo A. Calil,
diretor-médico do IBCC.
Renata Mello
IBCC
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