Unicamp aponta risco em
adoçante à base de sucralose em bebida quente Uma pesquisa realizada pela
Unicamp, em Campinas (SP), mostra que o uso de adoçante à base de sucralose
pode fazer mal quando misturado com alimentos quentes. Pesquisadores da
Faculdade de Ciências Farmacêuticas descobriram que quando aquecida, a molécula
sofre mudança na estrutura e libera susbtâncias tóxicas.
A sucralose é um derivado
do próprio açúcar da cana, mas com moléculas modificadas através de processos
químicos. Ela é um dos adoçantes mais consumidos no mundo. No entanto, apesar
dos rótulos informarem que ela pode ser utilizada em bebidas quentes como chás
e cafés, os pesquisadores descobriram que quando aquecida a 90ºC por mais de 15
minutos, sua composição se transforma.
Transformação
Isso acontece porque
existe um processo de combustão de matéria orgânica. Se decompôs, carbonizou, e
nessa carbonização, nessa decomposição os compostos foram então transformados.
Os testes realizados em laboratório mostraram que a sucralose aquecida liberou
substâncias tóxicas e cumulativas no organismo. As principais foram os "HPAs",
que são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, substâncias semelhantes as
encontradas na gordura do churrasco e com grande potencial cancerígeno.
Cuidado com o adoçante!
Os adoçantes são
utilizados em substituição ao açúcar, com o objetivo de emagrecer, ou até mesmo
reduzir os níveis de glicose na corrente sanguínea. Contudo, é necessário
alertar que eles são produtos artificiais e podem trazer uma ação tóxica para o
organismo. O uso em excesso desse produto e a escolha da substância pode ocasionar
alguns efeitos adversos na saúde. Na verdade, tudo que é consumido pelo
indivíduo deve basear-se no equilíbrio, na relação de proporção entre o que é
ingerido.
Paula Castilho,
nutricionista da Sabor Integral Consultoria em Nutrição, dá dicas de como usar
e substituir o adoçante. “As pessoas que necessitam do uso dos adoçantes por
questões de obesidade, alguma patologia como diabetes ou preocupados com a
estética, geralmente o utilizam sem nenhuma restrição e acreditam que essa
atitude não poderá prejudicá-lo futuramente”, explica Paula.
Existem vários tipos de
substâncias que compõem os adoçantes artificiais, entre elas podemos destacar a
sacarina, o ciclamato e o aspartame.
A sacarina é um dos mais
conhecidos entre os tipos de adoçantes presentes no mercado. Ela é composta por
enxofre e nitrogênio. No passado, pesquisadores alertaram para o perigo no uso
dessa substância, uma vez que esta poderia estar relacionada com o surgimento
de câncer de bexiga em ratos. Além de, conter sódio e devem ser evitados por
pessoas hipertensas.
Já o uso do aspartame pode
estar associado ao surgimento de doenças como Mal de Alzheimer e doenças de
Parkinson. Ainda pode-se relacionar o uso de adoçantes ao surgimento de câncer.
Obesos: o aspartame faz com que deseje carboidrato e engorde. Grávidas: o
aspartame causa malformação fetal. Pais: podem oferecer adoçantes a crianças
com diabetes ou com sobrepeso, porém o seu consumo é calculado de acordo com
peso. Cuidado.
Além disso, o “açúcar”
contido nos adoçantes acaba por mascarrar a quantidade real de calorias
ingeridas pelo nosso corpo, dessa forma o organismo passa a associar o sabor
doce com uma baixa ingestão de calorias, sendo que o correto seria associá-lo a
um aumento no número de calorias ingeridas.
Consequentemente o efeito
emagrecedor dos adoçantes pode ser revertido em um ganho de peso. Porém,
deve-se destacar a importância dos adoçantes para diabéticos, por exemplo.
O consumo de adoçantes não
deve ser em excesso, o usuário deve levar em consideração as quantidades
recomendadas e as indicações quanto ao uso do produto, dessa forma evita-se
possíveis problemas relacionados ao uso dos adoçantes.
O consumo de açúcar é
extremamente restrito e deve ser controlado. Proibido para diabéticos- devido
ao aumento da insulina- e usado com cautela para quem quer perder peso.
A sacarina, também
conhecida de açúcar para diabéticos foi o primeiro substituto artificial do
açúcar. Ela é feita da destilação do carvão, e é sintetizada do ácido
toluenossulfônico (derivado da indústria petrolífera). Ciclamato e sacarina de
sódio são derivados do ciclo hexioamina (um dos compostos do petróleo). O
ciclamato foi proibido nos estados unidos por suspeitar ser a causa de câncer
na bexiga. Sem comprovação científica, o produto voltou a ser consumido.
Adocantes Naturais
Opte sempre pelosadoçantes
naturais, são extraídos das frutas, do mel, plantas. São derivados da frutose
(frutas e mel), sorbitol (frutas e algas).
Estévia: é o mais
indicado, porém sem aditivos com esteviosídios. Consumir o mais puro possível.
Sucralose: Adoçante de
baixa caloria, não causa cárie, indicado para crianças e grávidas.
Açúcar mascavo: açúcar
integral, com vitaminas e sais minerais derivados do caldo de cana. Quanto mais
escuro for, mais rico em nutrientes é.
Não possui aditivos derivados do intenso refinamento tornando-o mais
compacto e natural.
New Sugar: Criado pela
equipe da faculdade de engenharia de alimentos da Unicamp, além de não ter
calorias, não causa cáries e ainda melhora a flora intestinal. O adoçante tem
sabor semelhante ao açúcar refinado e pode ser usado da mesma forma.
Preste mais atenção nos
rótulos dos produtos às vezes têm produtos muito semelhantes no mercado, mas
quando olhamos sua composição, eles são totalmente diferentes. Faça a escolha
certa. Seu organismo agradece!
Paula Castilho-
Nutricionista da Sabor Integral
Paula Fernandes Castilho
Nutricionista graduada
pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Nutrição Clínica pelo
GANEP Capacitada em Fitoterapia em Nutricosméticos. Diretora da Sabor Integral
Consultoria em Nutrição
Nenhum comentário:
Postar um comentário