Chegou
o Natal! Época de comidas deliciosas, que só ganham as mesas nesta época do
ano. Doces, salgados, etc…cada um com suas preferências, fato é que quase todos
saem da rotina para degustar alimentos que não são os mais saudáveis do mundo,
mas que são deliciosos.
Sejamos
honestos. É quase unânime a vontade que temos de comer aquelas comidas
deliciosas, ainda mais nesse momento de festa e alegria, cercado de pessoas que
amamos, familiares e amigos em uma grande confraternização. Mesmo em outras
religiões, as festividades proporcionam momentos alegres em volta da mesa para
nos alimentarmos de maneira prazerosa. Assim somos nós, seres humanos.
E
quer saber? Tudo certo, não há nada de mal nisso, com um único porém: devemos
ser honestos com nós mesmos, o que não significa a autorização para sermos
ignorantes conosco.
Hoje,
é livre e farto o acesso aos conteúdos de saúde, de alimentação e de atividade
física. Não há quem não tenha um mínimo conhecimento sobre o que acontece com o
excesso de comida e de bebida, e não precisa ser um especialista para ter tal
informação.
Para
esses momentos de confraternização gastronômica, a regra que vale é a mesma
para uma rotina saudável. Nada de fazer pratos enormes ou de repeti-los por
diversas vezes. Não é porque estamos no Natal que a quantidade deve ser muito
maior que a do dia a dia.
Durante
os almoços ou jantares festivos, prepare o prato com quantidades semelhantes ao
que você come regularmente, aproveitando as festas para comer de tudo um pouco,
vagarosamente, de modo que consiga saborear os alimentos.
Para
isso, vale fazer o seguinte pensamento: normalmente, a degustação de um
alimento dá prazer durante apenas alguns segundos, enquanto está na boca, em
contato com a língua, que é a responsável por transmitir a sensação de sabor.
Nela, ficam pequenos “sensores” chamados de papilas gustativas, responsáveis
por conduzir a informação do sabor da comida para o cérebro, gerando e ativando
a sensação de prazer.
Depois
desses poucos segundos, a comida segue o caminho gastrointestinal e a sensação
finda. Para quem exagerou, o que fica é a digestão pesada, o acúmulo de
calorias e o armazenamento dos excessos em forma de gordura, sem contar no
trabalho e desgaste do estômago, do intestino, do fígado, rins, pâncreas,
vasos, etc.
Faça
o teste! Coloque um alimento que gosta na boca, mastigue e engula, observando o
que sente a cada etapa. Em que momento o prazer de comer começa, quando termina
e o que sente depois que o alimento passa pela boca?
Esse
experimento pode fazê-lo entender e dosar melhor seu prato nesta deliciosa
época do ano. Afinal, o período é só de bons momentos e sensações. E a barriga
grande é “legal e bem vista” apenas para o Papai Noel. Coma de tudo, mas não
coma tudo no Natal!
Cristiano Parente - professor e coach de educação física,
eleito em 2014 o melhor personal trainer do mundo em concurso internacional
promovido pela Life Fitness. É CEO da Koatch Academia e do World Top Trainers
Certification, primeira certificação mundial para a atividade de educador
físico.
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