Controlar
as finanças neste fim de ano é imprescindível para garantir um Natal e início
de ano tranquilos, já que contas como IPTU, IPVA e matrícula escolar se
acumulam com os gastos de presentes, festas e viagens e pegam muitas famílias
de surpresa. Com um bom planejamento financeiro agora, é possível amenizar os
impactos desses gastos no orçamento e assegurar o cumprimento dos objetivos
estabelecidos para 2016.
Seguindo
alguns passos básicos, as chances de estar em situação de endividamento – ou
pior, inadimplência – diminuirão substancialmente. O primeiro deles é fazer um
diagnóstico financeiro e saber exatamente em que situação se está: endividado,
equilibrado ou investidor. A partir daí, fica mais fácil definir o que deverá
ser feito para melhorar a situação – ou continuar, se já estiver no caminho
certo.
Deve-se,
então, anotar todas as despesas durante 30 dias, separando-as em categorias
(alimentação, combustível, etc.). Com uma visão mais ampla dos gastos, é hora
de cortar os supérfluos e excessos e poder redirecionar esse valor para a
realização dos sonhos, que, por sua vez, devem ser bem definidos.
É
importante pensar em, pelo menos, três: um de curto (até um ano), outro de
médio (até dez anos) e ainda um de longo (acima de dez anos) prazo, e orçar cada
um, para saber quanto custam e quanto poderá ser poupado por mês, sabendo,
assim, em quanto tempo eles serão realizados. Então, é só começar a guardar
dinheiro, lembrando que essa ação deve ser feita imediatamente após receber o
salário, pois, se deixar para o final do mês, certamente, não sobrará.
Como
não extrapolar as despesas de fim de ano
Comprar
por impulso é uma das práticas que oferece maior perigo ao orçamento financeiro
das famílias. No entanto, as facilidades, boas condições de pagamento e promoções
acabam estimulando esse comportamento. Uma dica é fazer lista dos presentes que
se quer comprar e o valor que se deseja/pode gastar com cada um deles.
Outro
conselho é sempre se fazer algumas perguntas, antes de abrir a carteira: “estou
comprando por necessidade ou apenas para me satisfazer momentaneamente? Se não
adquirir esse produto/serviço agora, terei algum problema? Consigo pagar à
vista? Se parcelar, terei o valor necessário nas datas de vencimento?
Para
quem recebe 13º, o dinheiro pode, e deve, ser usado para esses gastos de fim de
ano, uma vez que o objetivo dele é – e sempre foi – o de oferecer uma
gratificação aos trabalhadores, ou seja, é um dinheiro extra, que deve ser
utilizado para despesas não fixas, como é o caso das compras de fim de ano. É
um erro muito comum as pessoas comprometerem esse valor com dívidas, devido à
falta de educação financeira da população.
Planejamento
financeiro para 2016
O
planejamento financeiro para o ano que começa é frequentemente comprometido por
conta dos parcelamentos feitos no final do ano. Por isso, a recomendação é que
sempre se poupe ao longo do ano para que possa comprar à vista e ainda obter
bons descontos.
Caso
não se tenha conseguido guardar dinheiro e tenha que parcelar, avalie o
diagnóstico financeiro feito anteriormente e veja quais são os gastos que estão
por vir, para que se compre ciente do valor que terá que dispor mensalmente.
Reinaldo
Domingos - mestre em educação financeira, presidente da Associação
Brasileira de Educadores Financeira (Abefin) e do Grupo DSOP de Educação
Financeira, autor dos livros Terapia Financeira, Mesada não é só dinheiro,
Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O
Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de
educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país,
Apostila de educação financeira para o ensino EJA e Jovem Aprendiz
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