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domingo, 20 de dezembro de 2015

Sete características que fazem o ultrassom ser fundamental durante a gravidez






Ao engravidar, toda mulher deve saber que tem início um período ímpar em sua vida, em que alguns cuidados devem ser tomados. O principal é buscar um médico de sua confiança para fazer o pré-natal. É importante saber, também, que o ultrassom é um dos exames mais solicitados para acompanhar as condições de saúde da gestante e do bebê.

O ultrassonografista – que é o profissional que entende bem os princípios físicos dessa tecnologia que se baseia em ondas sonoras que nós, humanos, não somos capazes de ouvir – está apto a otimizar a qualidade da imagem, contribuindo para um diagnóstico de alta qualidade e precisão. Mesmo assim, é comum que as gestantes tenham várias dúvidas a respeito desse exame tão requisitado durante a gravidez. Sendo assim, vale a pena ressaltar alguns pontos importantes sobre o ultrassom:

1.      Segurança. Trata-se de um exame isento de contraindicações tanto para a mãe quanto para o feto. No caso do ultrassom com dopplerfluxometria colorida, que analisa o fluxo sanguíneo em diferentes vasos do corpo humano, recomendamos que seja realizado somente após a 9ª semana de gestação, para maior segurança.

2.      Som e imagem. As semanas de gestação são contadas a partir da data da última menstruação. Sendo assim, é possível enxergar o embrião a partir da quinta semana pelo ultrassom transvaginal ou, ainda, a partir da sexta semana via suprapúbica. Apesar de o embrião medir poucos milímetros nessa fase, é possível identificar e ouvir seus batimentos cardíacos. Mas o bebê não ouve os sons emitidos pelo equipamento. Portanto, não é necessário se preocupar com isso.

3.      Quantidade. O mínimo necessário durante uma gestação normal seria a realização de quatro exames. O primeiro é importante para confirmar a gestação, identificar o local da implantação e determinar a idade gestacional. O segundo, também chamado de ‘morfologia do primeiro trimestre’, mede a ‘translucência nucal’. O terceiro exame morfológico confirma a idade gestacional, avalia o crescimento e, principalmente, a configuração do feto. Já o quarto tem o objetivo de avaliar o crescimento, a quantidade de líquido e a placenta – além de revisar a morfologia. Isso tudo pode ser realizado também no segundo trimestre, mas existem doenças típicas do terceiro trimestre que podem levar a alterações de líquido e da placenta. Daí a importância de realizar um ultrassom nessa fase da gravidez. Vale ressaltar que quem determina os pedidos de exame é o obstetra da paciente, de acordo com as características da gestação.

4.      Translucência nucal. Esse é um exame de rastreamento de alterações genéticas, como a Síndrome de Down, por exemplo, em que medimos a região da nuca do bebê. Em bebês que têm alterações cromossômicas, essa medida pode estar aumentada. Esse exame não tem finalidade diagnóstica, mas seleciona as pacientes que teriam indicação de estudo do cariótipo (colhido por punção do líquido amniótico ou da vilosidade coriônica).


5.      Tipos de ultrassom. O ultrassom convencional detecta inúmeros tipos de malformações estruturais, como a hidrocefalia (acúmulo de fluido cérebro-espinhal nas cavidades ventriculares do cérebro) e outros distúrbios do sistema nervoso central, além de alguns tipos de malformações cardíacas. Mas outros exames podem ser solicitados pelo médico do pré-natal durante a gestação. O ‘ultrassom com doppler’ é indicado para avaliar a circulação da mãe para o bebê, bem como checar o fluxo nos vasos internos do feto. Trata-se de um exame muito importante em caso de diabetes, hipertensão e retardo de crescimento fetal, por exemplo.  Já o ‘ultrassom 3D’ nos permite enxergar as estruturas fetais em três dimensões, melhorando muito a visão da anatomia de superfície, principalmente do rostinho do bebê. Também é muito útil como complemento do ultrassom convencional em caso de diagnóstico de malformações. No 4D, além das imagens bastante reais, também é possível acompanhar os movimentos do bebê.

6.      Intervenções. Outro importante papel do ultrassom é identificar necessidade de intervenções na hora do nascimento do bebê, especialmente em casos de cardiopatias e doenças do tórax. Há intervenções que podem ocorrer antes mesmo de o bebê nascer, no ambiente intrauterino, como transfusões de sangue, derivações (ventriculares, renais), punções de líquido amniótico com finalidade terapêutica etc. Vale a pena ressaltar que fetos portadores de malformações cardíacas graves devem nascer em um centro de referência provido de UTI neonatal, cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos, prontos para atender o recém-nascido cardiopata, já que desse atendimento depende a sua sobrevida.

7.      Sexo. Apesar de o sexo ser definido no momento da concepção, o órgão genital se desenvolve entre nove e doze semanas de gravidez. Portanto, entre a 14ª e a 16ª semana, dependendo da posição do bebê, é possível identificar o sexo da criança. Quando o bebê está sentado sobre as perninhas ou quando está de pernas cruzadas, é mais difícil a visualização dos órgãos sexuais – obrigando os pais a terem um pouco mais de paciência para obter essa informação.


Dr. Victor Bunduki - médico obstetra e coordenador da ultrassonografia obstétrica do Centro de Diagnósticos Brasil e CDB Premium, em São Paulo – www.cdb.com.br

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