Enfermeiro especialista em feridas ensina o que
fazer e o que não fazer após o acidente para minimizar as consequências
Dados do Ministério da Saúde mostram que o aumento
de queimaduras causadas por acidentes com fogos de artifício pode chegar a
triplicar em razão da festa de ano-novo, na comparação com os outros meses do
ano. Os números registrados em janeiro superam os das festas de julho, período
também tradicional de comemorações com fogos.
As queimaduras feridas causadas por agente externo
e são classificadas de acordo com sua gravidade e análise da profundidade de
tecido lesado, em queimaduras de 1º, 2º e 3º graus. Em casos mais graves, podem
atingir camadas mais profundas como tecido celular subcutâneo, músculos,
tendões e ossos.
As queimaduras de 1º grau são queimaduras leves,
superficiais e afetam apenas a epiderme. Apresentam uma vermelhidão no local,
seguida de inchaço e dor variável. “Não há formação de bolhas e a pele não se
desprende”, explica o enfermeiro estomaterapeuta da Membracel, Antonio Rangel.
Já nas de 2º grau podem ser superficiais ou mais profundas e existe uma
destruição maior da epiderme e derme. As feridas mais profundas são indolores e
as bolhas costumam apresentam uma base branca. As mais superficiais
caracterizam-se pela formação e bolhas com base rósea e por causar bastante
dor. Em média, as feridas cicatrizam entre 7 e 21 dias.
Nas queimaduras de 3º grau ocorre destruição total
de todas as camadas da pele, e o local pode ficar esbranquiçado ou escuro.
Nesse caso, a dor é geralmente pequena, pois a queimadura é tão profunda que
danifica as terminações nervosas da pele. “Estas podem ser muito graves e até
fatais. Essas lesões não reepitelizam, sendo necessário realizar enxerto de
pele”.
O que fazer após o acidente?
O especialista ressalta que as pessoas ainda têm
muitas dúvidas sobre o que é correto fazer após o acidente. “Existem algumas
crendices populares que são extremamente perigosas, como passar pasta de dente
e manteiga após o acidente. Isso irá piorar ainda mais a lesão, pois poderá
causar irritação e contaminação”. A recomendação, para casos de queimaduras de
1º e 2º grau, é colocar a parte afetada imediatamente debaixo de água corrente
fria por cerca de 10 minutos. É possível também fazer compressas úmidas e frias
e colocar sob a região atingida. “A água irá resfriar a região e também
contribuir para a hidratação da lesão.” Já para casos de feridas mais graves,
as de 3º grau, a indicação é buscar atendimento de saúde emergencial.
Como tratar as queimaduras?
O tratamento dependerá de cada caso. Procurar
orientação médica é a recomendação mais importante. O tratamento adequado pode
ajudar a acelerar a regeneração da pele e minimizar as consequências, deixando
cicatrizes menos aparentes, por exemplo.
Para as lesões de 1º e 2º grau, a utilização de
pomadas e cremes específicos é uma das indicações mais comuns. O uso de
curativos que promovem a cicatrização e auxiliam na evolução do tratamento,
como a membrana porosa regeneradora Membracel, também traz excelentes
resultados. “A membrana proporciona o alívio imediato da dor e acelera a
regeneração da pele atingida e deve ser colocada, no caso das queimaduras de 2º
grau, somente após o rompimento da bolha.”
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