As carnes, os
frutos do mar, saladas e maioneses são os alimentos que têm maior facilidade de
serem contaminados e de provocar intoxicação alimentar
O verão está
chegando. Durante a estação mais quente do ano é necessário manter alguns
cuidados na hora de armazenar os alimentos, pois eles podem estragar com mais
facilidade. É nesta época também que aumenta os casos de intoxicação alimentar.
“As altas
temperaturas e as condições de armazenamento não adequados favorecem para que
as bactérias se multipliquem mais rápido”, explica a nutricionista do Hospital
Nossa Senhora das Graças, Rosangela Teodorovicz. Diarreia, mal-estar, dores de
estômago, vômito e até febre estão entre os sintomas da intoxicação alimentar.
Por isso é preciso
tomar alguns cuidados para evitar as intoxicações. Entre eles: lavar as mãos
antes de preparar alimentos, lavar as frutas e verduras em água tratada e
corrente, manter os alimentos na geladeira, prestar atenção aos prazos de
validade dos alimentos, ao descongelar uma comida e ingerir comidas apenas de
fontes seguras. “O ideal é utilizar o refrigerador, pois comidas armazenadas em
temperatura ambiente aumenta a chance do desenvolvimento de bactérias”, destaca
a nutricionista.
As carnes, os frutos
do mar, saladas e maioneses são os alimentos que têm maior facilidade de serem
contaminados e de provocar intoxicação alimentar. De acordo com o nutrólogo do
Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Guilherme Augusto Rolim de Moura para a
maioria das pessoas, a intoxicação gastrintestinal é uma experiência desagradável
que dura entre um a dois dias. “Normalmente, o próprio organismo cria
mecanismos de defesa e regulariza a função intestinal”.
O médico alerta que
intoxicação pode ser perigosa em crianças pequenas, idosos, pessoas com o
sistema imunológico comprometido e mulheres grávidas. “As crianças não têm o
sistema imunológico totalmente fortalecido e, por isso, são mais suscetíveis a
esse tipo de doença e merecem atenção especial. Qualquer pessoa nesses grupos
de risco deve procurar imediatamente um serviço médico de emergência”.
Sintomas
A intoxicação alimentar ou
gastrintestinal é uma reação do organismo à ingestão de água e/ou alimentos
contaminados durante o preparo, manipulação ou armazenamento. Os sintomas são
náuseas, fraqueza ou cansaço, dor abdominal (cólica) e aumento do número de
evacuações com perda de consistência das fezes (diarreia). Também pode ocorrer
febre, dor de cabeça e no corpo. Quando ocorre perda excessiva de líquidos nas
fezes e vômitos, a pessoa pode sentir-se desidratada, com a boca seca, tontura,
diminuição da urina, taquicardia, queda da pressão arterial, irritabilidade e
confusão mental.
Previna-se
Na suspeita de intoxicação
alimentar e para prevenir-se, Dr. Guilherme recomenda:
- Repousar;
- Ingerir líquidos para hidratar o organismo, como
água de coco, soro e isotônicos;
- A partir do momento que a pessoa conseguir ingerir
líquidos sem vomitar, deve-se iniciar uma dieta leve;
- Deve-se evitar o consumo de alimentos gordurosos,
doces, leite e derivados, refrigerantes, bebidas alcoólicas, frutas (indicado
apenas maçã sem casca e banana);
- Deve-se verificar a temperatura corporal com um
termômetro;
- Deve-se observar o aspecto das fezes.
- Em caso de febre, o vômito ou a diarreia persistirem
e apresentar sangue ou muco (semelhante ao catarro) nas fezes, a procura por
atendimento em unidades de saúde deve ser imediata.
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