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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Barulhos dos fogos de artifício das festas de fim de ano podem causar danos aos ouvidos e psicológicos em crianças






Segundo a Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), a Fonofobia, é um transtorno psicológico caracterizado por medo de qualquer tipo de barulho e pode se manifestar com os fogos das comemorações

Nas festas de final de ano, aumentam os avisos e orientações sobre cuidado ao manusear os fogos de artifício usados por muitos como forma de comemoração. Há risco de queimaduras, dilacerações de membros do corpo, como dedos, mãos e até os braços e, em alguns casos, até de morte.
Porém, as exposições de bebês e crianças aos fogos de artifício podem gerar um problema invisível aos olhos dos adultos, mas bem impactante para as crianças. “Se o bebê ou a criança for exposto ao barulho da queima de fogos, pode sofrer lesões no ouvido, mas provavelmente só vai chorar e não vai saber contar isso aos pais. Na verdade, ele pode ter dor no ouvido pelo som alto ou até zumbido e perda auditiva, sendo que esses últimos podem ser temporários ou definitivos. Algum tempo depois dessa lesão, ele pode ter hipersensibilidade auditiva, ou seja, uma intolerância aos sons normais do cotidiano, como a televisão, conversas, rádio, dentre outros. Esse incômodo pode acontecer alguns dias ou semanas após a exposição aos barulhos”, explica aProfa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ).
Dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), indicam que o ouvido humano tolera bem os sons de até 85 decibéis, sem sofrer prejuízo. O barulho gerado com a explosão dos fogos de artifício pode chegar até 150 decibéis. É quase o dobro da carga indicada para a saúde auditiva, além de chegar aos ouvidos de maneira abrupta, o que nem sempre permite que as pessoas se protejam.
Além disso, nas crianças, a exposição a fogos de artifícios pode gerar um outro problema, também invisível e nem sempre compreendido pelos pais. “Choro e irritabilidade das crianças na presença de barulho pode representar uma forma de manifestar a Fonofobia (medo de sons), enquanto as crianças não adquirem vocabulário suficiente para se expressar. “A fonofobia é um desconforto emocional muito forte por medo de eventos comemorativos com fogos de artifício ou outros sons altos. Esses pacientes, sejam crianças ou não, precisam ser dessensibilizados através de sons baixos para que não tenham muito comprometimento da vida social”. complementa a Dra. Tanit, que também é presidente do GANZ – Grupo de Apoio as Pessoas com Zumbido no Ouvido,
Entenda mais sobre a Hipersensibilidade auditiva e Fonofobia:
A Hipersensibilidade Auditiva é uma intolerância aos sons do dia-a-dia. Por mais que seja esperado que os sons altos incomodem mais pessoas do que os sons baixos, os portadores de hipersensibilidade já começam a incomodar com sons a partir de 95-100 decibéis. Para se ter uma noção, uma conversa em volume normal alcança cerca de 65-70 dB.
Nos casos mais graves de Hipersensibilidade, as pessoas já sentem desconforto ao ouvirem sons de 40 ou 50 dB, o que praticamente inviabiliza uma vida profissional ou social. “A hipersensibilidade auditiva pode aparecer sozinha ou acompanhar o zumbido no ouvido, um som interno e individual que afeta crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos”, complementa a médica.
Já a Fonofobia é um transtorno psicológico e se caracteriza pelo medo exagerado de barulhos, sejam eles altos e/ou repentinos, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo. Chamadas de fonofóbicos, essas pessoas são extremamente sensíveis aos sons e preferem estar em ambientes onde o silêncio predomina.  
A Fonofobia é resultado de ouvir o som de um alarme, autofalantes, tiros, balões e fogos de artifícios estourando. “Para alguns a hipersensibilidade é tamanha que até uma porta batendo pode desencadear o medo”, explica a Dra. Tanit Ganz Sanchez.
Sobre a médica:
Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.
Nas festas de final de ano, aumentam os avisos e orientações sobre cuidado ao manusear os fogos de artifício usados por muitos como forma de comemoração. Há risco de queimaduras, dilacerações de membros do corpo, como dedos, mãos e até os braços e, em alguns casos, até de morte.
Porém, as exposições de bebês e crianças aos fogos de artifício podem gerar um problema invisível aos olhos dos adultos, mas bem impactante para as crianças. “Se o bebê ou a criança for exposto ao barulho da queima de fogos, pode sofrer lesões no ouvido, mas provavelmente só vai chorar e não vai saber contar isso aos pais. Na verdade, ele pode ter dor no ouvido pelo som alto ou até zumbido e perda auditiva, sendo que esses últimos podem ser temporários ou definitivos. Algum tempo depois dessa lesão, ele pode ter hipersensibilidade auditiva, ou seja, uma intolerância aos sons normais do cotidiano, como a televisão, conversas, rádio, dentre outros. Esse incômodo pode acontecer alguns dias ou semanas após a exposição aos barulhos”, explica aProfa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ).
Dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), indicam que o ouvido humano tolera bem os sons de até 85 decibéis, sem sofrer prejuízo. O barulho gerado com a explosão dos fogos de artifício pode chegar até 150 decibéis. É quase o dobro da carga indicada para a saúde auditiva, além de chegar aos ouvidos de maneira abrupta, o que nem sempre permite que as pessoas se protejam.
Além disso, nas crianças, a exposição a fogos de artifícios pode gerar um outro problema, também invisível e nem sempre compreendido pelos pais. “Choro e irritabilidade das crianças na presença de barulho pode representar uma forma de manifestar a Fonofobia (medo de sons), enquanto as crianças não adquirem vocabulário suficiente para se expressar. “A fonofobia é um desconforto emocional muito forte por medo de eventos comemorativos com fogos de artifício ou outros sons altos. Esses pacientes, sejam crianças ou não, precisam ser dessensibilizados através de sons baixos para que não tenham muito comprometimento da vida social”, complementa a Dra. Tanit, que também é presidente do GANZ – Grupo de Apoio as Pessoas com Zumbido no Ouvido,
Entenda mais sobre a Hipersensibilidade auditiva e Fonofobia:
A Hipersensibilidade Auditiva é uma intolerância aos sons do dia-a-dia. Por mais que seja esperado que os sons altos incomodem mais pessoas do que os sons baixos, os portadores de hipersensibilidade já começam a incomodar com sons a partir de 95-100 decibéis. Para se ter uma noção, uma conversa em volume normal alcança cerca de 65-70 dB.
Nos casos mais graves de Hipersensibilidade, as pessoas já sentem desconforto ao ouvirem sons de 40 ou 50 dB, o que praticamente inviabiliza uma vida profissional ou social. “A hipersensibilidade auditiva pode aparecer sozinha ou acompanhar o zumbido no ouvido, um som interno e individual que afeta crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos”, complementa a médica.
Já a Fonofobia é um transtorno psicológico e se caracteriza pelo medo exagerado de barulhos, sejam eles altos e/ou repentinos, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo. Chamadas de fonofóbicos, essas pessoas são extremamente sensíveis aos sons e preferem estar em ambientes onde o silêncio predomina.  
A Fonofobia é resultado de ouvir o som de um alarme, autofalantes, tiros, balões e fogos de artifícios estourando. “Para alguns a hipersensibilidade é tamanha que até uma porta batendo pode desencadear o medo”, explica a Dra. Tanit Ganz Sanchez.
Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.

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