Segundo a Profa Dra. Tanit Ganz
Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa
Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), a Fonofobia, é um transtorno
psicológico caracterizado por medo de qualquer tipo de barulho e pode se
manifestar com os fogos das comemorações
Nas
festas de final de ano, aumentam os avisos e orientações sobre cuidado ao manusear
os fogos de artifício usados por muitos como forma de comemoração. Há risco de
queimaduras, dilacerações de membros do corpo, como dedos, mãos e até os braços
e, em alguns casos, até de morte.
Porém,
as exposições de bebês e crianças aos fogos de artifício podem gerar um
problema invisível aos olhos dos adultos, mas bem impactante para as crianças.
“Se o bebê ou a criança for
exposto ao barulho da queima de fogos, pode sofrer lesões no ouvido, mas
provavelmente só vai chorar e não vai saber contar isso aos pais. Na verdade,
ele pode ter dor no ouvido pelo som alto ou até zumbido e perda auditiva, sendo
que esses últimos podem ser temporários ou definitivos. Algum tempo depois
dessa lesão, ele pode ter hipersensibilidade auditiva, ou seja, uma
intolerância aos sons normais do cotidiano, como a televisão, conversas, rádio,
dentre outros. Esse incômodo pode acontecer alguns dias ou semanas após a
exposição aos barulhos”, explica aProfa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista
e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do
Zumbido (APIDIZ).
Dados
da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
(ABORL-CCF), indicam que o ouvido humano tolera bem os sons de até 85 decibéis,
sem sofrer prejuízo. O barulho gerado com a explosão dos fogos de artifício
pode chegar até 150 decibéis. É quase o dobro da carga indicada para a saúde
auditiva, além de chegar aos ouvidos de maneira abrupta, o que nem sempre
permite que as pessoas se protejam.
Além
disso, nas crianças, a exposição a fogos de artifícios pode gerar um outro
problema, também invisível e nem sempre compreendido pelos pais. “Choro e irritabilidade das crianças na
presença de barulho pode representar uma forma de manifestar a Fonofobia (medo
de sons), enquanto as crianças não adquirem vocabulário suficiente para se
expressar. “A fonofobia é um desconforto emocional muito forte por medo de
eventos comemorativos com fogos de artifício ou outros sons altos. Esses
pacientes, sejam crianças ou não, precisam ser dessensibilizados através de
sons baixos para que não tenham muito comprometimento da vida social”. complementa
a Dra. Tanit, que também é presidente do GANZ
– Grupo de Apoio as Pessoas com Zumbido no Ouvido,
Entenda mais sobre a Hipersensibilidade auditiva e
Fonofobia:
A
Hipersensibilidade
Auditiva é uma intolerância aos sons do dia-a-dia. Por mais
que seja esperado que os sons altos incomodem mais pessoas do que os sons
baixos, os portadores de hipersensibilidade já começam a incomodar com sons a
partir de 95-100 decibéis. Para se ter uma noção, uma conversa em volume normal
alcança cerca de 65-70 dB.
Nos
casos mais graves de Hipersensibilidade, as pessoas já sentem desconforto ao
ouvirem sons de 40 ou 50 dB, o que praticamente inviabiliza uma vida
profissional ou social. “A
hipersensibilidade auditiva pode aparecer sozinha ou acompanhar o zumbido no
ouvido, um som interno e individual que afeta crianças, adolescentes, jovens,
adultos e idosos”, complementa a médica.
Já
a Fonofobia é um transtorno
psicológico e se caracteriza pelo medo exagerado de barulhos, sejam eles altos
e/ou repentinos, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo.
Chamadas de fonofóbicos, essas pessoas são extremamente sensíveis aos sons e
preferem estar em ambientes onde o silêncio predomina.
A
Fonofobia é resultado de ouvir o som de um alarme, autofalantes, tiros, balões
e fogos de artifícios estourando. “Para
alguns a hipersensibilidade é tamanha que até uma porta batendo pode desencadear
o medo”, explica a Dra. Tanit
Ganz Sanchez.
Sobre a médica:
Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez,
Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP,
Diretora-Presidente do Instituto
Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar
e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios
do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua
didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.
Nas
festas de final de ano, aumentam os avisos e orientações sobre cuidado ao
manusear os fogos de artifício usados por muitos como forma de comemoração. Há
risco de queimaduras, dilacerações de membros do corpo, como dedos, mãos e até
os braços e, em alguns casos, até de morte.
Porém,
as exposições de bebês e crianças aos fogos de artifício podem gerar um
problema invisível aos olhos dos adultos, mas bem impactante para as crianças.
“Se o bebê ou a criança for
exposto ao barulho da queima de fogos, pode sofrer lesões no ouvido, mas provavelmente
só vai chorar e não vai saber contar isso aos pais. Na verdade, ele pode ter
dor no ouvido pelo som alto ou até zumbido e perda auditiva, sendo que esses
últimos podem ser temporários ou definitivos. Algum tempo depois dessa lesão,
ele pode ter hipersensibilidade auditiva, ou seja, uma intolerância aos sons
normais do cotidiano, como a televisão, conversas, rádio, dentre outros. Esse
incômodo pode acontecer alguns dias ou semanas após a exposição aos barulhos”, explica
aProfa Dra. Tanit
Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de
Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ).
Dados
da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
(ABORL-CCF), indicam que o ouvido humano tolera bem os sons de até 85 decibéis,
sem sofrer prejuízo. O barulho gerado com a explosão dos fogos de artifício
pode chegar até 150 decibéis. É quase o dobro da carga indicada para a saúde
auditiva, além de chegar aos ouvidos de maneira abrupta, o que nem sempre permite
que as pessoas se protejam.
Além
disso, nas crianças, a exposição a fogos de artifícios pode gerar um outro
problema, também invisível e nem sempre compreendido pelos pais. “Choro e irritabilidade das crianças na
presença de barulho pode representar uma forma de manifestar a Fonofobia (medo
de sons), enquanto as crianças não adquirem vocabulário suficiente para se
expressar. “A fonofobia é um desconforto emocional muito forte por medo de
eventos comemorativos com fogos de artifício ou outros sons altos. Esses
pacientes, sejam crianças ou não, precisam ser dessensibilizados através de
sons baixos para que não tenham muito comprometimento da vida social”, complementa
a Dra. Tanit, que também é presidente do GANZ
– Grupo de Apoio as Pessoas com Zumbido no Ouvido,
Entenda mais sobre a Hipersensibilidade auditiva e
Fonofobia:
A
Hipersensibilidade
Auditiva é uma intolerância aos sons do dia-a-dia. Por mais
que seja esperado que os sons altos incomodem mais pessoas do que os sons
baixos, os portadores de hipersensibilidade já começam a incomodar com sons a
partir de 95-100 decibéis. Para se ter uma noção, uma conversa em volume normal
alcança cerca de 65-70 dB.
Nos
casos mais graves de Hipersensibilidade, as pessoas já sentem desconforto ao
ouvirem sons de 40 ou 50 dB, o que praticamente inviabiliza uma vida
profissional ou social. “A
hipersensibilidade auditiva pode aparecer sozinha ou acompanhar o zumbido no
ouvido, um som interno e individual que afeta crianças, adolescentes, jovens,
adultos e idosos”, complementa a médica.
Já
a Fonofobia é um transtorno
psicológico e se caracteriza pelo medo exagerado de barulhos, sejam eles altos
e/ou repentinos, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo.
Chamadas de fonofóbicos, essas pessoas são extremamente sensíveis aos sons e
preferem estar em ambientes onde o silêncio predomina.
A
Fonofobia é resultado de ouvir o som de um alarme, autofalantes, tiros, balões
e fogos de artifícios estourando. “Para
alguns a hipersensibilidade é tamanha que até uma porta batendo pode
desencadear o medo”, explica a Dra. Tanit Ganz Sanchez.
Profa
Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e
livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e
Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido –
APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira
nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e
compartilhamento aberto de ideias.
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