sábado, 26 de setembro de 2015

Cuidados simples e alimentação balanceada reduzem riscos de males do coração






Alimentos fontes de ômega 3 contribuem para saúde do coração, controle do colesterol e regularização dos níveis de triglicérides

Grande parte da população brasileira desconhece que as doenças do coração são as principais causas de morte no país. Especialistas afirmam que a maior parte dessas doenças são causadas por má alimentação, sedentarismo e genética. Em setembro, mês em que é comemorado o Dia Mundial do Coração, 29, médicos alertam sobre a importância de cuidar bem desse órgão essencial para o bom funcionamento do corpo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam mais de 17 milhões de pessoas por ano em todo o mundo e, no Brasil, são cerca de 400 mil casos anuais.
O consumo de ômega 3, ácido graxo essencial, considerado uma gordura boa para o bom desempenho das funções do organismo, é apontado como um grande aliado na manutenção da saúde, especificamente a do coração. Para quem não consegue ingerir os níveis adequados de ácidos graxos por meio da alimentação ou busca praticidade, a suplementação com mini cápsulas ultraconcentradas de Centrum Ômega 3 com 80% de EPA e DHA são uma alternativa viável para atingir a necessidade diária.
Segundo a cardiologista Maria Cristina Izar, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o ômega 3 melhora o equilíbrio entre o LDL (colesterol ruim) e o HDL (colesterol bom), colaborando no combate ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. “Os ácidos graxos agem reduzindo os níveis de triglicérides em até 30%, se consumidos diariamente, além disso, reduzem a pressão arterial, possuem ação anti-inflamatória e diminuem a variabilidade da frequência cardíaca”, explica a médica.
A especialista alerta que o Brasil, em parceria com a OMS, tem como objetivo reduzir a mortalidade cardiovascular em até 25% em um período de dez anos e, para auxiliar a população, responde a questões simples com a finalidade de contribuir para a saúde do coração:


  1. Comer peixe reduz o risco de ter doença cardíaca?
Existem evidências de que o consumo de peixes e óleos ricos em ácidos graxos ômega 3 sejam protetores para eventuais doenças cardiovasculares principalmente em indivíduos que apresentam predisposição para doenças coronarianas. Sabe-se que entre os esquimós, cujo consumo de peixes de águas frias, ricos em ômega-3 é grande, e que também ingerem grande quantidade de gorduras em suas dietas, apresentam baixa incidência de doenças cardiovasculares.

  1. O que são os triglicérides e o que eles podem causar em níveis descontrolados?
Os triglicérides são a forma mais comum de gordura do corpo usada para fornecer energia, mas também é armazenada em tecidos adiposos. Elevações dos triglicérides aumentam o risco de doença cardiovascular, quando em níveis moderados, e podem causar dores abdominais e até mesmo a pancreatite, que é um afecção aguda inflamatória do pâncreas.

  1. Quem possui os níveis de triglicerídeos controlados precisa consumir alimentos com ômega 3?
Segundo posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o consumo de duas refeições à base de peixes é recomendado a pessoas com risco baixo e intermediário de doenças cardiovasculares, visando a redução do risco cardiovascular e particularmente em indivíduos de alto risco, que já tenham apresentado um infarto do miocárdio.

  1. E quando não é possível o consumo de peixes, seja por uma questão de paladar ou outros fatores?
Quando o consumo de peixes não é possível pode-se suplementar 1 g/dia a esses indivíduos de baixo e médio risco, e em especial aos de alto risco, particularmente aqueles sobreviventes ao infarto do miocárdio e com insuficiência cardíaca. A recomendação é de utilização de cápsulas contendo EPA e DHA, que são os ácidos graxos ômega 3 bioativos.

  1. O DHA e EPA são nutrientes do ômega 3?
Os ácidos graxos ômega-3 são compreendidos por ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA), que são de origem marinha, e o alfalinolênico (ALA) de origem vegetal. O DHA e o EPA correspondem aos ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa, que não precisam ser metabolizados no organismo para produzirem seus efeitos benéficos, e auxiliam na saúde do coração. Já o ácido alfalinolênico (ALA) precisa ser metabolizado por enzimas para exercer suas funções.

  1. Além dos peixes, outros alimentos possuem ômega 3?
Alimentos de origem vegetal considerados fontes de ácidos graxos ômega-3 são de ocorrência rara na natureza, existindo alguns representantes como a soja, canola, e a semente de linhaça, sendo a linhaça o alimento que mais contém ômega-3 (58-60%). No entanto, o ômega-3 encontrado nesses vegetais é o ácido alfalinolênico (C18:3), o qual precisa ser convertido nos principais representantes da classe, EPA e DHA para ser bioativo no organismo. Entre as fontes de ômega-3 de origem marinha estão os peixes de água fria como o salmão, o arenque, a sardinha e a cavala. No entanto, a maior parte dos ácidos graxos ômega-3 não se encontra nas partes comestíveis desses peixes. Assim, a suplementação de ácidos graxos ômega-3 é uma opção interessante para garantir a quantidade de ômega-3

  1. Qual a recomendação diária de consumo de ômega 3?
Para reduzir os níveis elevados de triglicérides, recomenda-se o consumo de 2 a 4 gramas diárias de ômega 3, que age diminuindo os níveis de triglicérides em até 30%. Já na prevenção da doença aterosclerótica, recomenda-se o consumo de 1 g por dia, com efeitos benéficos na pressão arterial, na proteção vascular, reduzindo a inflamação.

  1. Os médicos indicam o consumo em cápsulas?
Em situações em que o consumo de peixes e alimentos fonte de ômega-3 é baixo, pode-se suplementar ácidos graxos ômega-3 na forma de cápsulas.

  1. Que outras atitudes a população pode tomar para manter a saúde do coração?
Hábitos saudáveis sempre contribuem para a saúde como um todo, mas uma dieta equilibrada pobre em gorduras saturadas e em colesterol, rica em gorduras mono e poliinsaturadas, rica em fibras, em vitaminas, com carboidratos complexos e com pouco sódio e rica em potássio e magnésio. Outro fator importante na promoção de cuidados para a saúde do coração inclui a prática de exercícios físicos, não fumar, além de ingerir álcool em quantidade moderadas, se for permitido.

Referências:


Pfizer

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