Conselho reforça que é possível realizar a escovação dos
dentes com o apoio de professores e funcionários usando o mínimo consumo de água
A escovação dental supervisionada é uma
exigência da política nacional de saúde bucal desde 2004
O Conselho Regional de Odontologia de São
Paulo (CROSP) está solicitando às autoridades do Estado e do município, por
meio de ofício já dirigido ao prefeito Fernando Haddad e também para as
secretarias de Saúde e Educação da prefeitura, que todas as escolas e creches,
próprias e conveniadas, sejam adequadamente orientadas sobre eventual
interrupção da escovação de dentes decorrente de problemas de abastecimento de
água.
No município, a
atitude isolada, que parte de alguns diretores de escolas, tem sido justificada
como uma alternativa adotada em reflexo ao decreto que estabelece redução do
consumo de água em 20% nas escolas. “É possível realizar a escovação dos dentes
com o apoio de professores e funcionários usando o mínimo consumo de água”,
explica o Secretário do CROSP, Dr. Marco Manfredini.
Em seu ofício, o
CROSP ressalta a importância da total manutenção da escovação nas escolas e
creches e solicita atenção das autoridades para os riscos envolvidos. O
Conselho argumenta que as ações de escovação dental supervisionadas são um
importante meio para obtenção coletiva de flúor. Além da inquestionável
importância de se levar flúor à cavidade bucal e a consolidação do hábito de
escovação, o CROSP ressalta o declínio nos índices de cárie devido aos
dentifrícios fluoretados mais amplamente distribuídos na água desde 1989 – uma
importante conquista da sociedade brasileira.
A utilização dos
dentifrícios fluoretados tem sido considerada responsável pela diminuição nos
índices de cárie observados em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não
possuem água fluoretada.
Incondicionalmente,
o CROSP pondera que embora o produto comercial seja adquirido pelos indivíduos
e famílias no mercado, nas escolas é considerado um meio coletivo de obtenção
de flúor, uma vez que a possibilidade da aquisição do produto,
independentemente do poder aquisitivo dos indivíduos e famílias, depende
inclusive de decisões governamentais, no âmbito das políticas públicas,
relacionadas com a regulamentação da medida pelas respectivas autoridades, em
cada país. “Nestes sentido, a escovação dental supervisionada é uma exigência
da política nacional de saúde bucal desde 2004”.
O CROSP também
alertou as redes públicas e privadas dos 645 municípios do estado, em nota
publicada em seu portal, sobre a necessidade da continuidade da medida.
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo –
CROSP –: www.crosp.org.br
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