quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

CROSP solicita que autoridades orientem escolas e creches públicas e privadas a não interromperem escovação




Conselho reforça que é possível realizar a escovação dos dentes com o apoio de professores e funcionários usando o mínimo consumo de água
 A escovação dental supervisionada é uma exigência da política nacional de saúde bucal desde 2004

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) está solicitando às autoridades do Estado e do município, por meio de ofício já dirigido ao prefeito Fernando Haddad e também para as secretarias de Saúde e Educação da prefeitura, que todas as escolas e creches, próprias e conveniadas, sejam adequadamente orientadas sobre eventual interrupção da escovação de dentes decorrente de problemas de abastecimento de água.
No município, a atitude isolada, que parte de alguns diretores de escolas, tem sido justificada como uma alternativa adotada em reflexo ao decreto que estabelece redução do consumo de água em 20% nas escolas. “É possível realizar a escovação dos dentes com o apoio de professores e funcionários usando o mínimo consumo de água”, explica o Secretário do CROSP, Dr. Marco Manfredini.
Em seu ofício, o CROSP ressalta a importância da total manutenção da escovação nas escolas e creches e solicita atenção das autoridades para os riscos envolvidos. O Conselho argumenta que as ações de escovação dental supervisionadas são um importante meio para obtenção coletiva de flúor. Além da inquestionável importância de se levar flúor à cavidade bucal e a consolidação do hábito de escovação, o CROSP ressalta o declínio nos índices de cárie devido aos dentifrícios fluoretados mais amplamente distribuídos na água desde 1989 – uma importante conquista da sociedade brasileira.
A utilização dos dentifrícios fluoretados tem sido considerada responsável pela diminuição nos índices de cárie observados em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não possuem água fluoretada.
Incondicionalmente, o CROSP pondera que embora o produto comercial seja adquirido pelos indivíduos e famílias no mercado, nas escolas é considerado um meio coletivo de obtenção de flúor, uma vez que a possibilidade da aquisição do produto, independentemente do poder aquisitivo dos indivíduos e famílias, depende inclusive de decisões governamentais, no âmbito das políticas públicas, relacionadas com a regulamentação da medida pelas respectivas autoridades, em cada país. “Nestes sentido, a escovação dental supervisionada é uma exigência da política nacional de saúde bucal desde 2004”.
O CROSP também alertou as redes públicas e privadas dos 645 municípios do estado, em nota publicada em seu portal, sobre a necessidade da continuidade da medida.


O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP –: www.crosp.org.br

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