Aglomerações, espuma de carnaval e maquiagem causam
conjuntivite, ceratite e alergia.
Crianças são as mais afetadas.
Folia carnavalesca à parte, com saúde
não se brinca. É neste período que se concentra o maior número de casos de
conjuntivite, segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio
Queiroz Neto. Além das aglomerações em ambientes fechados facilitarem a
contaminação, a espuma de carnaval e a maquiagem são outros grandes vilões que
acabam com a festa.
Maquiagens são produtos químicos que
se tornam verdadeiros venenos entre crianças. Isso porque, explica, como não
estão habituadas ao uso, esfregam os olhos com as mãos e acabam contraindo
alergia ocular ou conjuntivite. Os sintomas da alergia são: coceira, olhos
vermelhos e lacrimejamento. Caso surja
conjuntivite se somam a estes sintomas o inchaço das pálpebras,
lacrimejamento viscoso ou purulento e fotofobia (aversão à luz). Ao primeiro desconforto a recomendação do
médico é lavar os olhos abundantemente com água e procurar um oftalmologista se
os sintomas persistirem.
Alternativa para crianças
Por conta do descuido das crianças
ele diz que até as maquiagens indicadas para uso infantil têm risco. O ideal,
ressalta, é evitar qualquer produto na área dos olhos. A dica para enfeitar os
pequenos é usar pasta d’água que além de ser inócua previne a aparecimento de
brotoeja nas peles mais sensíveis.
Risco entre mulheres
Os adultos não estão livres de
problemas oculares durante a festa, ressalta. Para mulheres recomenda evitar o
uso de maquiagens vencidas e o compartilhamento com as amigas. Isso porque, 15%
das alergias, contaminações da córnea e conjuntiva entre brasileiras acontecem
através desses dois comportamentos, conforme levantamento feito por Queiroz
Neto.
Prevenção
Adultos e crianças também devem dar
atenção especial á higienização das mãos que devem ser lavadas várias vezes ao
dia.
A espuma de carnaval e serpentinas em
spray que contêm respectivamente cocobetaína e resinas quando entram em contato
com os olhos causam ceratite, uma inflamação na córnea que pode se transformar
em úlcera. Por isso a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), exige
que sejam feitos testes pelos fabricantes e importadores que garantam isenção
de risco de queimadura da pele e olho. Ainda assim, Queiroz Neto ressalta que
os princípios ativos podem ser perigosos para a córnea. Por isso, recomenda
lavar os olhos com água imediatamente após o contato, evitar esfregar a
superfície ocular ou usar água boricada que pode irritar ainda mais a córnea.
Se a irritação persistir é necessário consultar um oftalmologista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário