O aumento da
expectativa de vida, inclusive impulsionada pelo avanço da Medicina, contribui
para o crescimento das chances de uma pessoa desenvolver doenças
cardiovasculares e câncer ao longo dos anos. “Além disso, as doenças do coração
e os tumores têm fatores de risco comuns, em geral, ligados a hábitos de vida,
como estresse, depressão, má alimentação, sedentarismo e tabagismo”, destaca o
Dr. Abrão José Cury Jr, presidente da Regional São Paulo da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica.
Diante
disso, o médico explica a importância de fazer o “screening” de câncer, que
consiste em rastrear tumores que ainda não tiveram manifestações evidentes, ou
que tiveram manifestações subvalorizadas pelo paciente e pelo médico.
Especialmente
quando o paciente tem vários desses fatores de risco, como estresse, tabaco,
sedentarismo, má alimentação e predisposição genética, o médico deve rastrear
essas doenças, o que pode ser feito pelo cardiologista, pelo oncologista e pelo
clínico geral. Depois do diagnóstico, o tratamento passa a ser de
responsabilidade do especialista.
O Dr. Abrão
Cury alerta que é indispensável o acompanhamento do cardiologista no tratamento
do câncer porque alguns medicamentos têm interação. Além disso, eventualmente,
a quimioterapia e a radioterapia podem concorrer para o surgimento de
complicações cardiovasculares.
Os pacientes
frequentam mais o consultório do cardiologista do que do oncologista, em geral
relacionado a uma experiência traumática. Diante disso, os cardiologistas e os
clínicos precisam conhecer bem a Oncologia porque, cada vez mais, têm em seu
consultório pacientes com tumores e a tendência é que família e paciente, mais
do que se consultar, se aconselhem com o cardiologista e com o clínico. “Além
de tratar as complicações físicas, o médico tem que ‘gerenciar’ a situação”,
finaliza.
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