Enquanto o Ocidente, indolente frente ao perigo, abre as portas para o
mundo maometano, o terrorismo ataca-o e planeja dominá-lo, ao mesmo tempo em
que os cristãos são massacrados no Oriente
O mundo inteiro encontra-se chocado com o atentado
praticado pelo terrorismo islâmico em Paris no dia 7 de janeiro último, quando dois
muçulmanos fortemente armados executaram 12 pessoas, a maioria delas
colaboradores do semanário satírico francês “Charlie Hebdo” — um pasquim ateu,
que calunia inclusive Igreja Católica, muitas vezes lançando contra ela as mais
chulas e obscenas blasfêmias. Por isso mesmo, ao contrário do que incontáveis
pessoas bradaram, cada católico poderia dizer: “Je ne suis pas Charlie”.
Esse atentado foi
considerado o mais grave ocorrido nos últimos 50 anos na França. Ao se
retirarem, os terroristas abateram covardemente um policial à
queima-roupa (foto acima) — sem saberem, aliás, que
o mesmo era de origem muçulmana... —, e ainda gritaram: “Allahu
Akbar!” (Alá é Grande!).
Nesse mesmo dia, ainda na capital francesa, outro terrorista islâmico
assassinou uma policial e feriu outro militar. Esse mesmo homem invadiu no dia
seguinte um supermercado judeu e matou quatro pessoas. Mas acabou sendo morto
pela polícia, sorte reservada também aos dois terroristas precedentes.
Portas abertas
para terroristas maometanos
É
compreensível que esses crimes brutais choquem a opinião pública mundial —
sobretudo a francesa e a do mundo ocidental ex-cristão. O que não se compreende
é a longa atonia dessas opiniões públicas diante da grave ameaça islâmica.
Atentados do gênero eram previsíveis, uma vez que muitas nações ocidentais, em
particular as europeias, escancaram indiscriminadamente suas portas à
imigração, facilitando assim a entrada de fanáticos seguidores de Maomé.
Nos tempos atuais, chegam-nos todos os dias ao conhecimento notícias de
cristãos que são perseguidos cruelmente, martirizados e degolados no mundo
maometano; que têm suas filhas estupradas, vendidas como escravas sexuais, e
suas moradias destruídas. Chegam-nos também com frequência notícias dramáticas
de imagens sacrossantas profanadas, bíblias queimadas e igrejas católicas
incendiadas por bárbaros islamitas radicais. Em certos países muçulmanos que
seguem a Sharia (lei islâmica) não é permitido sequer ostentar
qualquer símbolo católico, como, por exemplo, uma correntinha com a cruz ao
pescoço, a medalha de Nossa Senhora ou de algum santo.
Enquanto muçulmanos agem assim em seus países em relação aos cristãos,
por que nas nações ocidentais se permite que eles possam usar e abusar de todos
os direitos e desfrutar de toda liberdade, inclusive a de construir mesquitas
ou “centros culturais”, que frequentemente são lugares para formação de
terroristas? Sim, porque neles se ensina o Alcorão, o qual prega o ódio
implacável ao Cristianismo. Se não há reciprocidade da parte deles, por que
então lhes abrir de par em par as portas? Será que não se percebe a gravidade
do perigo islâmico? Não se avalia o quanto tal abertura, em nome do relativismo
e de um ecumenismo irenista, representa de terrível ameaça?
Alerta
ignorado e recrudescimento do perigo islâmico
Plinio Corrêa de Oliveira previu com muita antecedência a ameaça
maometana, tendo feito diversas advertências nesse sentido. Como seria
diferente a situação atual se as autoridades civis e religiosas da época em que
elas foram publicadas tivessem levado em consideração os alertas desse eminente
líder católico brasileiro! Entretanto, tragicamente, tais autoridades
preferiram ignorá-las…
Este artigo já estava concluído quando tomamos conhecimento de um massacre bem maior
do que o perpetrado em Paris no dia 7 de janeiro. Na mesma semana, os
terroristas do grupo islâmico Boko Haram assassinaram aproximadamente
duas mil pessoas em Baga, cidade estratégica situada ao nordeste da Nigéria
(África), a maioria delas crianças, mulheres e idosos que não conseguiram
fugir. Conforme informou à BBC o chefe do governo local, Musa Alhaji Bukar
Kukawa, parte da cidade foi incendiada nesse ataque, obrigando milhares de
pessoas a se evadirem, tendo muitas delas se afogado ao tentarem cruzar o lago
Chade.
Cristãos martirizados no mundo muçulmano
Relata o jornal português
“Observador” (edição on-line de 10-1-15): “Desde o fim do ano,
mais de 10 mil pessoas abandonaram a região com medo da chegada dos
terroristas”. “A carnificina humana levada a cabo pelos
fundamentalistas do Boko Haram em Baga é enorme”, declarou à AFP
Muhammad Abba Gava, porta-voz dos combatentes civis que tentam frear o avanço
dos terroristas do Boko Haram (nome que, na língua local, significa “educação
não islâmica é pecado”). Eles tentam implantar a qualquer custo um Califado
na região, nos mesmos moldes dos jihadistas do Estado Islâmico
que guerrilham no Iraque e na Síria.
Neste sentido, a agência vaticana FIDES alertou: “A crise no
nordeste da Nigéria está se estendendo cada vez mais aos países vizinhos, com
ameaças, como as de um vídeo atribuído ao líder do Boko Haram, Aboubakar
Shekau, contra o Presidente dos Camarões, Paul Biya”. No vídeo ele ameaçou
“aumentar a violência nos Camarões se o país não abolir a Constituição e
adotar a lei do Islã” (cfr. ACI, 10-1-15).
Segundo nota distribuída pela “Agência Ecclesia” (12-1-15), “cerca
de mil igrejas cristãs na Nigéria foram destruídas nos últimos quatro anos”.
De acordo com o Pe. Obasogie, “só entre os meses de agosto e outubro de
2014, foram saqueadas e incendiadas naquele território pelo menos 185 igrejas”.
O mesmo sacerdote avalia que “190 mil pessoas tiveram que fugir de suas
casas para escaparem à morte e muitas outras já perderam a vida”.
Em entrevista concedida em 12 de janeiro último ao programa Newsday da BBC, o arcebispo da cidade de Jos, Dom
Ignatius Kaigama, deplorou que o massacre em Baga “é uma tragédia
monumental. Deixou todos na Nigéria muito tristes. Mas parece que estamos
desamparados”. Sua lamentação referia-se à falta de apoio internacional
para conter essas atrocidades.
Prolongada indolência do mundo ocidental ex-cristão
Logo após os atentados
islâmicos em Paris, realizaram-se grandes manifestações em toda a França, e também
em outros países. No entanto, para citar apenas o recente massacre em Baga,
cabe perguntar: onde ocorreram manifestações públicas de protesto contra a
carnificina cometida pelo terror islâmico nessa cidade nigeriana? Em que lugar
do mundo algum órgão da mídia com suas vistosas manchetes denunciou o espantoso
homicídio coletivo? E quais autoridades mundiais lamentaram esse crime brutal?
Em 17
de dezembro passado (dia do aniversário do Papa Francisco), centenas de
dançarinos de tango bailaram nas proximidades da Basílica de São Pedro. A
esse respeito, o historiador italiano Roberto de Mattei escreveu em artigo para
o diário milanês “Il Foglio”, em 3-1-15:
“Provavelmente
os historiadores de amanhã se lembrarão que em 2014, na Praça de São Pedro,
dançava-se tango enquanto os cristãos eram massacrados no Oriente e a Igreja
estava à beira de um cisma. Essa atmosfera de leveza e de inconsciência não é
nova na História. Em Cartago, recorda Salviano de Marselha, dançava-se e
banqueteava-se na véspera da invasão dos Vândalos. E em São Petersburgo — de
acordo com o testemunho do jornalista americano John Reed —, enquanto os
bolcheviques se apoderavam do poder, os teatros e restaurantes continuavam
lotados. O Senhor, como diz a Escritura, cega aqueles que Ele quer perder (Gv 2, 27-41)”.
Paulo
Roberto Campos - jornalista e colaborador da ABIM.
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)
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