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sábado, 24 de julho de 2021

Sites de Relacionamento: Saiba como detectar robôs e falhas na segurança

Seu site de relacionamento favorito pode estar colocando robôs para interagir com você. Saiba como detectá-los, garantir a segurança dos seus dados e em quais sites você pode confiar.


Estudo mostra que o Brasil é o 2º maior mercado quando o assunto é Namoro Online, algumas empresas chegam a faturar mais de US$ 1,1 bilhão. Em 2020 a pandemia afetou todos os mercados, as medidas de segurança e isolamento social afastaram pessoas fisicamente, mas as conectou virtualmente aquecendo o nicho de online dating. Mas nem todas as plataformas são confiáveis. Algumas não seguem protocolos de segurança que protegem o usuário e os dados que foram confiados ao site, além disso é comum o uso de "bots", ou seja, robôs que se passam por usuários e enviam mensagens automáticas na plataforma para dar a ilusão que o site está repleto de indivíduos ativos.

Reprodução de Internet



Veja agora como identificar problemas de segurança em plataformas de relacionamento:


1- Existe um processo de aprovação? Se sim, ótimo. Isso quer dizer que as fotos e perfis estão sendo verificados para aumentar a qualidade e segurança do site. Algumas plataformas não conferem a veracidade das informações e fotos que estão sendo usadas, possibilitando assim que cadastros fakes sejam realizados, abrindo precedentes para que suas relações no site não sejam reais.


2- Reconheça Bots: Sites menores não tem tantos usuários reais, então, alguns usam robôs de interação. Sim, os famosos bots. Para detectar essa trapaça faça uma pergunta complexa logo no início da conversa, tipo: Que tipo de música você ouve ou para onde foi a sua melhor viagem? Se você receber uma resposta aleatória que não tem nada a ver com a pergunta, você está sendo enganado e está falando com um robô.


3- Funcionários se passando por usuários: A funcionária da plataforma Ashley Madison, Doriana Silva processou a empresa em 20 milhões de dólares, por ter se lesionado após ter recebido a tarefa de criar 1000 perfis femininos falsos. A dica aqui é reparar no tempo de resposta e no conteúdo das mesmas, para ter certeza que não está falando com um bot, e nem com um funcionário contratado com respostas prontas.


4- Segurança dos dados: Em 2020 o site de relacionamentos sugar americano “Seeking Arrangement” teve uma falha de segurança onde os dados de seus usuários foram vazados, o mesmo aconteceu duas vezes com o site Ashley Madison, em 2015 e em 2020. Então antes de colocar os seus dados, pesquise na internet se a plataforma já teve dados vazados.

Listamos aqui alguns sites de relacionamento que são pioneiros e líderes de mercado, eles prezam pela segurança do usuário e de seus dados, veracidade dos perfis e criam um ambiente perfeito para conhecer novas pessoas:

·         BeSugar.com

·         OkCupid.com

·         MeuPatrocínio.com

·         Pof.com (Plenty of Fish)

·         MeuMatch.com

Lembre-se que nenhum site é 100% seguro, ao marcar encontros sempre vá a lugares públicos, avise amigos onde está indo e algumas outras dicas que você pode encontrar neste link, onde o site de relacionamento MeuPatrocínio dá dicas de como ter um primeiro encontro seguro.

 

 

Referências:

Brasil é 2º maior mercado do 'Império do amor', empresa que fatura US$ 1,1 bilhão com relacionamento online
Bots no Tinder: entenda como os robôs enganam pessoas no app
Mailfire data breach exposes more than 320 million records and PII of 70 websites
Ashley Madison Hack Returns To ‘Haunt’ Its Victims: 32 Million Users Now Watch And Wait


Os t(r)emores do Amor

Regina começou a namorar Sören aos 14 anos. Paula se apaixonou por Bebeto aos 15. Era um amor invulgar, cujas palavras se esforçam, mas quase sempre fracassam para descrever inteiramente. Se fosse possível, melhor seria o retrato dos muitos brilhos dos olhares, ou a impressão do calor das mãos sempre juntas. Aí sim, provavelmente, teríamos um testemunho fiel. Mas esse registro, poucos os poetas, raros os filósofos, tão proficientes no jogo intrincado dos vocábulos, conseguiram a proeza de traduzi-los. Mas eles existem, os poetas e os filósofos, para essa busca, para esse fim. Sem descanso.

Regina e Paula ficaram noivas de Sören e Bebeto, geradas e consumidas por aquele fogo heraclitiano que move mundos e não se extingue nunca. Move mundos, cria mundos, sem deixar nada no lugar. E, ainda amortecidas pelo assombro e quanto mais essa certeza se lhes afigurava como uma inevitabilidade, encheram-se de um medo insano: como sobreviveriam a essa promessa de nunca acomodarem-se, sem a chance dos domingos calmos ou das quartas-feiras com os amigos, mas apenas os olhares em brasa e os corpos úmidos? Quem seria capaz de? 

Afinal, entre o tremor/temor do sentimento, não resistiram ao clamor dionisíaco e romperam o nó como um Alexandre exausto. “Nós já éramos pessoas diferentes de quando nos apaixonamos”, disse Bebeto. "Não há como viver o mesmo amor, não dá para pensar que é o mesmo amor quando já somos outros", completou, o olhar desviando de seu interlocutor, como quem mente ou finge. Ou se envergonha. Ou se arrepende.

O pensamento talvez tenha sido mais forte, infiltrando-se nos momentos de torpor e de relaxamento: quando o fantasma do espírito interfere nas proezas do corpo, não se pode mesmo se acomodar apenas ao clamor do brilho do olhar. A intensidade vira incômodo e passamos a sonhar com a calma dos dias cinzas. Pensar é para dentro, viver é para fora e há imensas trincheiras entre esses dois campos minados. Bebeto confessou: “nossa paixão era muito louca, não sobreviveríamos a ela”. Sören conjecturou: “não posso enredar Regina em minha teia de infortúnios. Desse amor só me resta a fuga”. E fugiu, para Berlim e para a Filosofia.

Paula e Bebeto eram amigos de Milton, que os conheceu em uma praça da pequena cidade e se encantou vivamente com a alegria que emanava deles, do um só que formavam. Depois, não se conformou com esse desfecho de separação. No violão, vitimado por essa não aceitação da falta de completude que todo amor deseja mas que lhe é tão impossível como o descanso de Sísifo, Milton gerou de si uma canção, mas não conseguia colocar nela uma letra - pois para isso teria de ver como quem apenas observa e ele estava mergulhado também naquele sentimento -  e procurou, numa noite chuvosa, ele também com os olhos chuvosos, o amigo Caetano para terminar a letra, para completá-la. Nasceu assim Paula e Bebeto, um hino ao amor concebido e não realizado e, ainda assim, a melhor coisa que pode acontecer a um vivente. E na canção também ficou registrada, tão bonita, tão sincera, uma confissão da impossibilidade da palavra tradutora: "diga qual a palavra que nunca foi dita…”

Regina casou com um antigo pretendente e viveram muitos anos juntos, até a morte deste. Sören escreveu centenas de textos buscando entender o indivíduo e sua existência, buscando uma saída para essa angústia fundadora que nos define e nos encerra. E, depois dele, nunca mais a Filosofia foi a mesma. 

“Existirmos: a que será que se destina?”, escreveu Caetano, em outra canção, sobre outra forma de amor: a amizade, que a morte interrompeu. Mas isso já é uma outra história.

 


Daniel Medeiros - Doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.

danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


O poder da autorresponsabilidade: como tomar para si o que é seu pode ajudar a trazer mais prosperidade e sentido para a sua vida

Parar de justificar nossos erros por atitudes de terceiros é o passo inicial para uma vida próspera, diz Mariana Parada


Uma das missões mais difíceis da vida adulta é sair debaixo da saia da mãe e assumir as rédeas da própria vida. Tudo é muito mais simples quando qualquer coisa pode ser explicada como resultado da atitude alheia. Mas é somente assim, pela autorresponsabilidade, que podemos ter uma vida plena e de sucesso, como explica a Coach e Consteladora Sistêmica Mariana Parada. “É fácil justificar um insucesso a partir das ações dos outros. Dizer que é teimoso porque a mãe criou assim, que gasta compulsivamente porque aprendeu com o pai… tudo isso é justificativa para, na verdade, tirar de cima da pessoa algo que é de responsabilidade dela”, explica.

“A Constelação Sistêmica é uma metodologia que ajuda a pessoa a ocupar o seu lugar devido no núcleo familiar e, mais ainda, compreender que as escolhas de vida são suas escolhas e não de seus ancestrais. A culpa pelo sucesso ou insucesso de nossas ações está em nossa postura diante da vida”, continua Mariana. Na prática a autorresponsabilidade é o ato da pessoa arregaçar as mangas e lutar por seus sonhos, vontades e potencializar suas forças.

Existem seis “leis” que regem o ato de ser responsável pela própria conduta e que precisamos relembrar constantemente, já que o caminho mais curto para justificar um desfecho inesperado é terceirizar a culpa. Para mudar essa postura, devemos seguir as seguintes leis:

- Não reclamar, nem de si, nem da vida, nem dos outros;

- Não criticar o outro, afinal todos nós temos o teto de vidro;

- Não procurar culpados por desfechos que deram errado;

- Não se fazer de vítima;

- Não justificar seus erros;

- Não julgar as pessoas.


“São todos comportamentos que fazemos tanto em nosso ambiente pessoal quanto no nosso ambiente profissional, e passamos tanto tempo focando em falar do outro, muitas vezes apontando o dedo para o outro, que perdemos oportunidades de crescer e evoluir. A partir do momento em que você se torna o seu maior foco, a vida se torna abundante”, diz Mariana, que desenvolveu um programa em grupo de desenvolvimento sistêmico, que será lançado no 2o semestre de 2021.

“Ao tomar a sua vida para si, as regras do jogo mudam. Mudam porque elas são feitas única e exclusivamente para você. O jogo é seu, a vida é sua… faça dela a melhor possível.”, finaliza .



Mariana Parada

www.marianaparada.com.br

@marianaparada.oficial


FOME OU VONTADE DE COMER? ESPECIALISTA FALA SOBRE OS TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE FOME E COMO RECONHECÊ-LOS

 A sensação de fome pode ser sempre igual, mas existem diferentes motivações para ela acontecer. Aprender a diferenciar esses gatilhos é essencial no processo de emagrecimento, pois, nem toda fome significa que o corpo esteja realmente precisando ser nutrido


 

Está comendo mais do que antes? Tem o hábito de recorrer à comida ao se sentir triste ou alegre? Costuma procurar petiscos após um pequeno intervalo da última refeição? Para a especialista em obesidade, Edivana Poltronieri, as respostas para essas perguntas podem detectar a motivação para a fome que a pessoa está sentindo, se é comportamental, emocional ou física.   

 

“A nossa rotina é, geralmente, regida por hábitos e emoções que influenciam muito a nossa alimentação. Esses fatores têm conexão direta com o que comemos e a frequência com que fazemos isso. Entender cada caso pode ajudar a detectar o tipo de fome e a controlar os impulsos”, explica Poltronieri 


 

Entenda as 3 principais motivações para a fome  

 

·         Comportamental - “É a fome guiada por hábitos. O corpo não sente a necessidade de comer, mas o cérebro manda uma mensagem, programada por nossos hábitos, de que está na hora de se alimentar, mesmo se a última refeição aconteceu em pouco tempo”.  

 

Para este caso, Poltronieri entrega a solução: estabeleça novos hábitos! “Não é fácil, mas é possível. O cérebro se acostuma com tudo o que é imposto a ele. Por exemplo, se o emprego exige que a gente passe a acordar em um horário que não estamos acostumados, nos primeiros dias talvez precisemos da ajuda de um despertador, mas logo passaremos a despertar sozinhos. Isso acontece porque reeducamos o corpo. Com a alimentação não é diferente. A adaptação é desafiadora, mas o corpo logo vai processar de forma natural o novo hábito”.   

 

·         Emocional - “A fome surge em picos de tristeza ou alegria. A comida pode servir de consolo ou de recompensa. E esse descontrole não tem relação com os hábitos, mas com impulsos. O corpo não está com fome, mas a pessoa precisa comer, e geralmente é sempre alimentos bem gordurosos, para se sentir aliviada emocionalmente. Porém, logo depois, chega o sentimento de culpa e esse ciclo, a longo prazo, faz com que a pessoa crie uma relação negativa com a comida”.   

 

·          Física - “É a fome que surge por sinais físicos, como estômago roncando. Nesse tipo de fome, a pessoa entende quando é o momento de parar e consegue avaliar com calma as opções que têm no cardápio. Não é a fome movida por impulsos, mas sim por satisfação”    

 

As fomes na quarentena  

 

De acordo com a especialista em obesidade, após três meses de confinamento é normal o surgimento de novos hábitos alimentares, saudáveis ou não. “Ansiedade e estresses já estavam entre as doenças do século antes do confinamento, mas foram agravadas durante este período. Por termos acesso a comida com mais facilidade, fica mais difícil controlar a fome emocional”, explica. A especialista também aconselha sobre os serviços de delivery. “Os aplicativos de comida são práticos, mas podem nos deixar mais suscetíveis a alimentos processados e calóricos. Por isso, eu indico que seja feita uma programação para as refeições da semana, como almoço e jantar. Deixar as refeições prontas e congeladas diminui as chances de maus hábitos alimentares”.  

Outra dica é controlar a quantidade do que se come. “Frutas, por exemplo, são ótimas opções de sobremesa, mas podem ter o efeito contrário quando consumidos em excesso, considerando que algumas delas tem altos índices de açúcares. Policiar a quantidade de frutas e também de oleaginosas é importante, pois são alimentos calóricos e que as pessoas petiscam sem prestar atenção na quantidade,” finaliza.


A TUA VIDA, TU A REPETIRIAS?

Na vida, “a gente quer ter voz ativa \ no nosso destino mandar \ mas eis que chega a roda-viva \ e carrega o

Na vida, “a gente quer ter voz ativa \ no nosso destino mandar \ mas eis que chega a roda-viva \ e carrega o destino pra lá”. E aí “roda mundo, roda-gigante \ rodamoinho, roda pião \ o tempo rodou num instante \ nas voltas do meu coração”.


Pronto, a vida acabou. Vida de conveniências ou de revolução. Todo mundo dançou. “Foi tudo ilusão passageira \ que a brisa primeira levou \ no peito saudade cativa \ faz força pro tempo parar” (Fragmentos de Roda Viva, Chico Buarque).


O tempo não para \ Cansado de correr \ sem pódio de chegada \ mas se você achar \ que eu tô derrotado \ saiba que ainda estão rolando os dados \ porque o tempo, o tempo não para (Fragmentos de O Tempo Não Para, Cazuza).


No fim de contas, em que ficamos? Lamento e me advirto: ao fim e ao cabo, nada. Não ficamos. A vida é o meio. A vida é caminho. “Penso que cumprir a vida \ seja simplesmente \ compreender a marcha \ e ir tocando em frente.


Eu vou tocando os dias \ pela longa estrada, eu vou \ Estrada eu sou \ Cada um de nós compõe a sua história \ Cada ser em si \ Carrega o dom de ser capaz \ E de ser feliz” (Fragmentos de Tocando Em Frente, Almir Sater).


Mas, “caminhante, não há caminho \ se faz caminho ao andar \ ao andar se faz caminho \ e ao voltar a vista atrás \ se vê a senda que nunca se há de voltar a pisar” (Fragmentos de Caminhante, Antônio Machado).


O caminho são teus passos, caminhante. Teus erros e teus acertos são tuas pegadas. Nada mais há. E então, se tiveres que recomeçar? Refarias teus passos? Pisarias nas tuas mesmas pegadas? A indagação é de Friedrich Nietzsche.


O eterno retorno: Se te dissessem que eternamente reviverias, como a viveste, a tua própria vida? Tu rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou considerarias que jamais ouviste algo mais divino?


Se esse pensamento tivesse o poder de fazer efeito sobre ti, diante de tudo e de cada coisa, tu quererias repetir a tua vida uma e inúmeras vezes? Ou a tua vida, como a vives, seria um pesado fardo, se a tivesses que repetir?


Se pudesses repeti-los, tu reconduzirias teus passos por sobre as mesmas pegadas que deixaste no caminhar pela vida? Senão, que refarias do teu existir para que o eternamente repeti-lo te fosse eternamente prazeroso?


A resposta é de Friedrich Nietzsche: a vida como obra de arte. A construção de uma ética no processo de subjetivação de certos valores e de exclusão de outros, a qual propicie um modo de viver que favoreça a existência do sujeito.


Estética da existência: crítica dos valores generalizantes, que condicionam aos critérios supostamente universais e pretensamente verdadeiros as infinitas possibilidades de experimentar a vida, empobrecendo-a.


Marca da Modernidade, o Discurso sobre o método para bem conduzir a razão na busca da verdade dentro da ciência: Descartes duvida sistematicamente de tudo, sejam entendimentos que vigoram por mera repetição, sejam as próprias concepções.


As “notas” da composição individual, contudo, não estão em outro lugar senão no entorno do indivíduo, onde a vida concreta acontece. Sartre acode: se a existência precede a essência, importam as condições de existir.


Ortega y Gasset: “Eu sou eu e minhas circunstâncias, se não cuido delas, não cuido de mim”. Sou indissociável da realidade. Quando decido sobre mim mesmo faço-o nas condições de possibilidade do meu momento e do meu lugar.


Caminhante, o caminho se faz ao caminhar. Certo, o teu caminho muito particular tu o fazes ao andar mesmo. Mas, e quanto ao sítio de tuas caminhadas? Que paisagens tu imaginas que oferecerás a ti mesmo, no teu caminho?


A paisagem da tua estrada é a tua companhia, é o teu lugar. Estamos condenados a dadas ou buscadas circunstâncias e a fazer escolhas. As minhas circunstâncias dão sentido a mim; eu dou sentido às minhas circunstâncias.


Ao cabo, é de saber: repetirias a tua vida exatamente como a viveste? Se sim, fizeste dela uma obra de arte. Te compuseste bem a ti mesmo e serás eternamente assim. Mas tu e tua excelência de ser não viverão só.


Nós viveremos no Brasil (Que País é Este?, Legião Urbana), num derredor que não está nada bem. Se não cuido das circunstâncias, não cuido de mim. O tempo não para. Caminhante,
,. no caminho haverá eleição.

 

Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


7 memórias essenciais para o desenvolvimento saudável dos filhos

Divulgação


Muito mais do que alimento, segurança, educação e amor. Para nutrir o desenvolvimento da inteligência emocional das crianças, é fundamental que determinados padrões de memórias sejam vividos desde a primeira infância.

Segundo a pedagoga e autora do livro Educar, amar e dar limites, Sara Braga, são elas que interferem diretamente no presente e também no futuro dos pequenos.

A vivência de experiências de pertencimento, importância, conexão, limites, generosidade, crescimento e missão, que serão detalhadas a seguir, proporciona um empilhamento de memórias positivas e fortalecedoras, conforme explica Sara. Confira:

1. Pertencimento: se refere à necessidade inconsciente de ser acolhido, abraçado e amado por um indivíduo por meio de experiências vividas. Se não tiver experiências de pertencimento e estiver imersa em um ambiente disfuncional, poderá apresentar no futuro uma necessidade patológica de participar de um grupo ou de pertencer a alguém.

2. Importância: se refere à necessidade inconsciente de se sentir querido, único e indispensável. Manifesta-se quando a criança recebe a atenção plena dos pais durante uma brincadeira ou conversa. A comemoração do aniversário é um dos eventos que reforçam este padrão de memória. Na vida adulta, quem não viveu com plenitude esta experiência, tende a ser inseguro e emocionalmente machucado.

3. Conexão: se refere a algo ainda mais inconsciente e intangível, os laços de amor. Assim como o abraço, um olhar profundo nos olhos de outra pessoa, respirações conectadas, um simples toque pode ser uma forma poderosa de conexão. Memórias como estas são essenciais para a formação e o fortalecimento de crenças de identidade e merecimento.

4. Limites/autorresponsabilidade: dar limites é amar, não dar é abandonar. Crianças, adolescentes, jovens precisam de limites para desenvolver perseverança e determinação. Assim, aprendem a importância que pode ter uma decisão de adiar o prazer imediato ou, até mesmo, desenvolvem responsabilidade pelos próprios atos e tomadas de decisões.

5. Generosidade: representa a disponibilidade em contribuir e compartilhar com o outro. Auxiliar um amigo, doar um brinquedo ou até mesmo oferecer ajuda para alguém são atitudes que a criança precisa experimentar por meio dos pais. A melhor maneira de aprender a generosidade é vivenciá-la em casa desde cedo.

6. Crescimento: representa a autopercepção do desenvolvimento físico e está diretamente relacionado à autoestima e autoconfiança. Ainda existe o crescimento simbólico: celebração de aniversário, formatura infantil, colação de grau... da mesma forma que isso é importante aos adultos, também é para as crianças.

7. Missão: representa as experiências nas quais a criança vivencia um propósito de vida. São vivências em que os filhos agem com algum objetivo. Um exemplo é fazer uma horta em casa, plantar todas as sementes com a criança e, ao final, celebrar pela missão cumprida. É importante levar em consideração a fase em que os pequenos se encontram e aproveitar o interesse natural que surge no coração deles.

 


Sara Braga - é mãe, pesquisadora de neuroeducação, pedagoga há mais de 20 anos pela Universidade Federal do Ceará e escritora da obra Educar, amar e dar limites, pela Editora Gente.


O que as pessoas fazem para dormir melhor no inverno nem sempre funciona

Pesquisa da healthtech SleepUp aponta que 44% das pessoas cometem erros que prejudicam a qualidade do sono no frio


A SleepUp, plataforma que utiliza terapia digital para ajudar no tratamento da insônia, realizou uma pesquisa on-line com mais de 500 participantes para saber como é o sono das pessoas durante o inverno. Quase 24% dos participantes afirmaram dormir pior nessa época do ano. Para quase 46% deles, o frio em si é o principal fator que atrapalha o sono e para mais de 23% o que prejudica o sono são problemas respiratórios comuns desse período.

Como forma de minimizar o impacto das baixas temperaturas no descanso noturno, as pessoas recorrem a algumas estratégias. Mas segundo o levantamento, 44% estão adotando comportamentos que mais prejudicam do que ajudam na qualidade do sono, dentre eles, 13% utilizam o celular ou televisão para esperar o sono chegar.

"As estratégias adotadas, como utilizar aparelhos eletrônicos, é um dos maiores fatores que prejudicam o sono, fazendo o efeito oposto, causando atraso no processo de adormecer e um sono mais leve e fragmentado", comenta Gabriel Pires, diretor de pesquisa da SleepUp.


E então, o que fazer?

Estudos indicam que a temperatura ambiente ideal para proporcionar um bom descanso à noite é entre 18ºC e 22ºC. Por isso, é muito comum que com a chegada do inverno as pessoas sintam impactos na qualidade do sono. E além de ser mais gostoso dormir no friozinho, dormir bem nessa época do ano ajuda a melhorar a imunidade e a combater problemas respiratórios, o segundo problema mais apontado no levantamento realizado pela SleepUp.

"O sono é muito importante para a imunidade. Ficar sem dormir ou dormir mal pode prejudicar o sistema imunológico e a resposta imune, tornando as pessoas mais suscetíveis a gripes e resfriados, além de intensificar quadros de rinite, sinusite, alergia, asma, entre outros, muito comuns no inverno", aponta Gabriel.

"Quando relaxamos e dormimos, a nossa temperatura corporal diminui. Somado a isso, as madrugadas são, normalmente, mais frias. Assim, é preciso ficar atento a alguns pontos importantes antes de dormir para que esse frio excessivo durante a noite não cause despertares noturnos e não prejudique o descanso", complementa.

Gabriel Pires dá algumas dicas do que fazer e do que evitar para ter uma noite de sono mais tranquila e agradável a fim de aproveitar o frio para otimizar o descanso. Confira!

• Utilize pijamas ou roupas quentes e confortáveis para dormir.

• Tenha um bom cobertor de fácil acesso para o caso de sentir mais frio durante a noite, mas cuidado para não se aquecer demais, pois isso também irá atrapalhar o sono.

• Se você tiver asma, rinite ou outros problemas respiratórios, evite cobertores ou roupas que possam causar alergia, como os de lã.

• Bebidas quentes ajudam a aquecer e relaxar, mas não exagere na quantidade para não ter que acordar durante a noite para ir ao banheiro.

• Evite bebidas alcoólicas, com cafeína e outros tipos de estimulantes, como chá mate ou chá verde. Dê preferência a chás de camomila, valeriana e passiflora.

• Pode ser tentador passar mais tempo deitado debaixo das cobertas, mas evite permanecer na cama além do período em que de fato for dormir - ou seja, não fique vendo TV, usando internet ou o celular.

• Não recorra a remédios para dormir sem acompanhamento médico, dê preferência a soluções não farmacológicas e que tratam as causas do problema.

Outras dicas de higiene do sono, como fazer atividades físicas durante o dia, estabelecer uma rotina com horário para dormir e acordar, evitar o uso de dispositivos eletrônicos próximo do momento de ir para a cama, preparar o ambiente e deixá-lo agradável com baixa luminosidade e ausência de barulhos, também são formas de melhorar a qualidade do sono.

 

SleepUp

sleepup.com.br


Conheça alguns alimentos poderosos para ajudar no combate à insônia

Alimentos como banana, grão de bico, soja, leite, carne, amendoim e tâmaras ajudam a combater a insônia porque ajudam a regular a melatonina, substância que ajuda a relaxar

 

Só quem já ficou a madrugada inteira sem pregar os olhos adequadamente sabe o quanto uma noite de insônia traz prejuízos ao organismo. Além da sensação de cansaço no dia seguinte, ficar sem dormir impacta na memória, reduz a imunidade, dificulta o emagrecimento e – mais grave ainda - aumenta a incidência de doenças crônicas e problemas cardiovasculares.

Conforme explica a Dra. Livia Salomé, médica especialista em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard e vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, a insônia é um distúrbio persistente do sono que pode se manifestar em diferentes períodos da noite. 

“Alguns demoram a pegar no sono e permanecem horas na cama até serem vencidos pelo cansaço; outros passam a noite despertando muitas vezes ou perdem o sono muito antes do previsto. Em todas essas situações, o indivíduo tem a sensação de que não descansou o suficiente e no dia seguinte o corpo pede socorro”, diz a especialista.

O que poucas pessoas sabem é que a alimentação pode ser uma excelente aliada para minimizar a dificuldade de dormir. Segundo a especialista, alimentos como banana, semente de abóbora, grão de bico, soja, leite, carne, amendoim e tâmaras ajudam a combater a insônia porque são ricos em triptofano, aminoácido que ajuda na liberação de serotonina, o hormônio que auxilia na regulagem de melatonina. “É a melatonina que equilibra o relógio biológico do organismo”, explica ela. Outra aliada é a aveia, fonte natural de melatonina, assim como o mel, que reduz os níveis de orexina, hormônio que nos deixa alertas.

Outra dica da médica é evitar comidas gordurosas antes de deitar, afinal uma digestão lenta pode atrapalhar o corpo e fazer com que ele não relaxe. “Um outro cuidado é evitar exercícios físicos antes de dormir, já que eles estimulam a liberação de endorfina, o que também prejudica o sono”, diz ela, lembrando que o mais indicado é exercitar-se pelo menos quatro horas antes de ir para a cama. “Algumas pessoas não sentem esse impacto e até dizem dormir melhor após a atividade física. Não existe regra, se conhecer, é a melhor forma, mas se você está com a qualidade do sono ruim, o ideal é não malhar à noite até regular o sono”, completa. 

Para ajudar quem sofre de insônia - distúrbio que aumentou muito com a pandemia, Dra. Livia separou três receitas com ingredientes poderosos no combate à insônia, que são ricos em, substância que ajuda a relaxar. Vale a pena conferir:

 

Vitamina de cereja com leite de arroz

 

Ingredientes: 

·         200 ml de leite de arroz

·         20 gramas de cereja picada sem caroço

 

Modo de fazer: 

Bata tudo no liquidificador ou no mixer e consuma imediatamente. Esta vitamina funciona bem como lanche da tarde.

 

 

Banana com canela e aveia

 

Ingredientes: 

·         1 banana nanica

·         2 colheres de sopa de aveia

·         Canela a gosto

 

Modo de fazer: 

Retire a casca da banana e leve ao micro-ondas por dois minutos. Acrescente aveia e salpique a canela. 

 

 

Suco de maracujá, cenoura e maçã 

O maracujá, a cenoura, e a maçã possuem carboidratos, que vão elevar as taxas de triptofano (precursor da serotonina), responsável pela sensação de bem estar, estimulando a produção de melatonina pelo cérebro, hormônio responsável pelo sono. 

 

Ingredientes:

·         3 colheres de sopa da polpa do maracujá;

·         1/2 cenoura;

·         1 maçã;

·         250 ml água;

·         mel (se necessário)

 

Modo de fazer:

Bata tudo no liquidificador e sirva em seguida para não perder os nutrientes. 

 

 


 Dra. Lívia Salomé - Graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem especialização em Clínica Médica e certificação em Medicina do Estilo de Vida pelo American College of Lifestyle Medicine.
Atualmente, é vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).

 

Cinco abordagens no processo de IA que podem ser aplicadas por pais a qualquer momento

Passo a passo pode ajudar a resolver o problema de recusa alimentar em bebês e crianças.


Não importa, neste momento em todo mundo existem mães e pais com dificuldades para convencer a criança a comer ao menos o trivial e necessário para garantir uma vida saudável. Tão importante quanto descobrir as razões que fazem com que a criança desenvolva a seletividade e recusa alimentar é saber lidar com a situação e ir à ação.  Muitos pais usam artifícios que ao invés de contribuir, acabam problematizando o momento da refeição.

É no período de introdução alimentar que a criança mais precisa de atenção ao seu desenvolvimento. A alimentação é responsável por sustentar o crescimento adequado, inclusive do desenvolvimento cognitivo. A falta de nutrientes pode causar dificuldades na aprendizagem, baixa imunidade, infecções, entre outros problemas. Por isso, a educação alimentar começa pelos pais, que necessitam de paciência e criatividade para garantir a saúde da criança.

A Dra. Carla Deliberato, fonoaudióloga, dedicada ao estudo e atendimento de bebês e crianças com seletividade e recusa alimentar, afirma que a introdução de um novo alimento deve e pode ser feito de forma gradual e sem estresse. “Muitos pais se apavoram com a situação e por isso não enxergam ações simples que podem ser feitas com naturalidade e com resultados impressionantes – comenta Carla”.

Para isso, Carla sugere um passo a passo  simples e eficiente para introduzir um novo alimento:


1 – Associe o novo alimento ao prato que a criança mais gosta

O primeiro passo é identificar os sabores e texturas que mais agradam a criança. Não importa a forma como é preparado, em todos os casos é possível associar um novo alimento ao prato. Para que seja feita a introdução gradual, talvez possa ser interessante que seja junto ao alimento que a criança mais gosta. Dessa forma são menores as chances de recusa.


2 - Desconstruir para construir

Muitas vezes, ou na maioria delas, será necessário descaracterizar totalmente o alimento.  Uma estratégia é diluir ou processar. Por exemplo, se a criança gosta de ovo e os pais querem introduzir ao prato alguma verdura, bata em um liquidificador a verdura e misture uma pequena quantidade ao ovo, assim a apresentação do alimento não é alterada e o novo alimento está praticamente imperceptível.


3- Seja sutil

A transição do novo alimento deve ser feita aos poucos. Se, por exemplo, no início foi introduzido alimento batido para que a criança não o reconhecesse no prato, aos poucos é possível aumentar a quantidade, até que a cor e sabor do novo alimento comece a ficar visível e a criança tome consciência do que está comendo.


4- Transforme a apresentação

Se antes o alimento era incorporado ao prato até que começasse a predominar, a nova estratégia requer que a quantidade seja reduzida, porém tenha a apresentação mais próxima da sua real consistência. O quanto mais estiver picado, melhor para que a textura não cause estranheza.


5- Separe o alimento

Após a familiarização com a cor, sabor e aroma, é o momento de apresentar o alimento à criança. Junto ao prato, comece a separar os mantimentos e inserir poucas quantidades dele à refeição. Outra dica importante nessa fase é permitir que a criança explore a textura  do alimento com as mãos, associando-o ao sabor já familiar. Quando menos esperar, a mágica acontece!

Toda transição exige observação. Só assim é possível criar estratégias que facilitem o processo. O mais importante é não desistir. “A introdução alimentar é um processo de aprendizagem que todos estão sujeitos a erros e acertos. Nenhuma criança aprende da mesma maneira, por isso é um método que torna-se totalmente individual – finaliza Carla”.

Assim como a observação é capaz de ensinar muito sobre os hábitos alimentares e preferencias da criança,  ela também é fundamental para identificar a hora de procurar ajuda profissional, caso seja necessário. No mais, é importante ressaltar que os benefícios não estão apenas no âmbito nutricional, mas também no relacionamento entre pais e filhos, criando laços de confiança e afetividade.

 


Dra. Carla Deliberato (CRFa 2-13919 )

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