““Prevenir
é respeitar a vida, e no mês mundial de prevenção e combate à AIDS, Grupo
NotreDame Intermédica discute mitos e verdades sobre a doença”
De
acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil pessoas vivem com o HIV no
Brasil, mas a epidemia é considerada estabilizada. Só no ano de 2017, mais de
42 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus, ao passo que, com a AIDS, foram
mais 37 mil. A Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dezembro Vermelho
com o propósito de desmistificar, discutir e divulgar mensagens de esperança,
solidariedade e prevenção.
Para
promover esta ação, o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) realizou mais um
evento Saúde em Pauta nas sete Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida.
Foram discutidos diferentes temas, entre os quais a diferença entre o HIV e a
AIDS, as formas de transmissão do vírus e como ele age no organismo, além das
principais formas de prevenção.
“A
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo HIV, mas existem
portadores que vivem durante anos sem apresentar sintomas ou desenvolver a
doença. Ainda assim, elas podem transmitir o vírus a outras pessoas”, explica a
enfermeira Regiane de Amaral Macedo, do Grupo NotreDame Intermédica. Quando
ataca o sistema imunológico da pessoa, o vírus atinge principalmente os
linfócitos; com isso, o DNA da célula é alterado pelo HIV, que faz cópias de si
para se multiplicar. Assim, o vírus rompe os linfócitos e continua a infecção.
O
vírus não é transmitido apenas através de relações sexuais desprotegidas.
Taciana Moura Sales Oliveira, infectologista do Grupo NotreDame Intermédica,
esclarece que a transmissão ocorre, também, pelo compartilhamento de seringas
contaminadas e pela transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez,
parto ou amamentação). A transmissão por transfusão de sangue pode ser
considerada praticamente eliminada pois a triagem do sangue doado é muito
segura e rigorosa.
Para
evitar infecção pelo HIV recomenda-se a prevenção combinada, ou seja, a
associação de diferentes métodos de prevenção, conforme as características e o
momento de vida de cada indivíduo. Os métodos são: uso de preservativo
masculino, feminino; testagem regular para o HIV; prevenção da transmissão
vertical; tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (como sífilis,
gonorreia) e das hepatites virais; a imunização para as hepatites A e B;
programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias;
profilaxias pré-exposição (PrEP); profilaxia pós-exposição (PEP); e o
tratamento de pessoas que já vivem com o HIV, já que pessoas com boa adesão
atingem níveis de carga viral tão baixos que é praticamente zero a chance de
transmissão.
Os
preservativos (camisinhas) estão disponíveis gratuitamente em unidades de
saúde, mas também podem ser compradas em estabelecimentos privados. A
profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste na tomada diária de um comprimido que
impede que o HIV infecte o indivíduo, antes de a pessoa ter contato com o HIV.
Este método impede a infecção pelo HIV mas não por outras infecções sexualmente
transmissíveis.
Para
contar um pouco sobre sua experiência e como é conviver com o HIV há 11 anos,
Jeferson Guimarães Martins, é relações públicas e tem 30 anos, e compartilhou
com os participantes o quanto foi difícil na época em que descobriu a doença.
Além de não tinha referências positivas, ele se tornou militante da causa e
precisou inspirar pessoas próximas a “saírem dos seus armários sorológicos” e
começarem a lutar contra o vírus.
Mesmo
que tenha sofrido psicologicamente por causa da doença, Martins se considera
privilegiado: “sou homem branco, cisgênero e de classe média. Tive muito apoio
de profissionais para aprender a lidar com essa pressão, mas a maioria das
pessoas que contraem o vírus não tem as mesmas oportunidades”. Ele explica que
o Brasil já foi referência mundial no combate ao HIV, mas que hoje o “sistema
está sucateado”. “Enquanto não tivermos políticas públicas de saúde, e não de
moral, ainda perderemos muita gente”.
“Todos
estão sujeitos à doença”, enfatiza Martins. Mas existem grupos que apresentam
prevalência superior à média nacional, como homens que fazem sexo com homens e
pessoas trans; aqueles que fazem uso excessivo de álcool e outras drogas;
pessoas privadas de liberdade e trabalhadores sexuais. Uma vez infectada pelo
HIV, a pessoa precisa procurar um profissional da saúde para fazer tratamento.
Como
identificar?
A
enfermeira Regiane de Amaral Macedo, explica que falar sobre sexo, HIV e AIDS é
tornar uma população mais consciente e alertar para alguns fatos que podem
colocar a vida em risco. “Muitas pessoas nem sabem, mas os sintomas iniciais da
AIDS se assemelham aos da gripe e incluem febre, tosse e mal-estar, motivo pelo
qual inúmeros casos passam despercebidos. Por isso a importância de se fazer
exames periódicos, que podem ser realizados de forma gratuita em Unidades
Básicas de Saúde (UBS) ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), pelo
plano de saúde ou particular. O teste de triagem, além de ser rápido, detecta
os anticorpos contra o HIV presentes no organismo e é feito em menos de 30
minutos”, pontua.
Todo
paciente diagnosticado com HIV deve iniciar o tratamento antirretroviral que
inibe a replicação viral, recupera o sistema imune, diminui o risco e retarda o
desenvolvimento da AIDS e das complicações, diminui o risco de transmissão já
que, indetectável é intransmissível e prolonga a vida.
Saúde
em Pauta
Estes cuidados e orientações
foram apresentados no último encontro “Saúde em Pauta” deste ano, realizado no
dia 03 de dezembro – promovido mensalmente pelo Grupo NotreDame Intermédica em
suas Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida. O tema deste mês foi
“Dezembro Vermelho”. Nestas oportunidades, beneficiários e convidados
participam de palestras e debates com especialistas em diferentes áreas.
Compartilhando e
incentivando hábitos saudáveis
O
Grupo NotreDame Intermédica mantém em seu canal no YouTube diversos vídeos com
dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar
na prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e
vídeos institucionais. O canal pode ser acessado clicando no link abaixo:
Site: www.gndi.com.br