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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Como cuidar dos dentes de leite?


5 dicas para manter o sorriso das crianças saudável nessa fase


A troca de dentição das crianças geralmente ocorre entre os 06 e 12 anos de idade, época em que as famosas “janelinhas” tomam conta do sorriso dos pequenos. Antes de surgirem os dentes permanentes, é comum que os adultos tenham dúvidas sobre os cuidados com os dentes de leite, afinal a higiene bucal nos primeiros anos de vida influencia na saúde bucal durante as próximas fases da vida.

De acordo com o Dr. Fábio Bibancos, odontopediatra e consultor da GUM, marca mais inovadora em cuidado bucal do Brasil, os hábitos de higiene bucal devem fazer parte da rotina das crianças a partir do nascimento do primeiro dente de leite, seguindo algumas dicas abaixo: 

  1. É importante estimular a amamentação
Para bebês, a amamentação é importante na formação correta dos ossos e músculos da face que futuramente exercem a função de mastigação, além de determinar a interposição correta da língua. De acordo com a OMS e a UNICEF, o leite materno deve ser único e exclusivo alimento ingerido pelo bebê até o sexto mês. Para as mães com dificuldade em amamentar e que tenham que fazer o uso da mamadeira, recomenda-se nunca cortar ou alargar o bico da mamadeira, pois o esforço realizado para promover a sucção é importante para estimular os músculos da face.

  1. Deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar
A partir dos 6 meses de idade já é possível introduzir alimentos na dieta das crianças, porém a recomendação é sempre optar por comidas saudáveis, evitando pratos e bebidas ricos em açúcar como doces, biscoitos, sucos prontos e refrigerantes durante toda a infância. “O açúcar favorece a formação de cáries nos dentes entre outros riscos para a saúde das crianças”, pontua.

  1. Creme dental com flúor é o mais recomendado
De acordo com a ABOPED (Associação Brasileira de Odontopediatria) recomenda-se o uso de creme dental com flúor deste o aparecimento do primeiro dente de leite. O especialista alerta que os adultos devem estar atentos ao rótulo dos cremes dentais infantis e escolher os que tenham concentração mínima de 1.000 ppm de flúor, concentrações inferiores a essa não são eficazes na prevenção de cárie. “Outro fator que merece atenção é a quantidade de creme dental na escova, para crianças menores de 3 anos, que ainda não sabem cuspir, a quantidade recomendada é a de um grão de arroz cru, já para as que conseguem cuspir, a quantidade é igual a um grão de ervilha”, explica.

  1. Não esquecer do fio dental
O uso do fio dental é indispensável mesmo em crianças, pois a escova de dente não é capaz de alcançar as regiões entre os dentes e também as mais próximas a gengiva. Como as crianças ainda não possuem tanta habilidade motora, recomenda-se o uso de fios dentais com haste, uma vez que são mais fáceis de usar, e tão eficazes quanto o fio.

  1. Massagear a gengiva do bebê ajudar a aliviar o desconforto do nascimento dos dentes
Em geral, a partir do sexto mês dos bebês os dentes de leite começam a aparecer, por isso eles podem sentir coceira, inchaço, vermelhidão e outros desconfortos na gengiva. “Para aliviar esses sintomas os adultos podem oferecer aos pequenos mordedores resfriados em geladeira, alimentos e bebidas frias, ou, ainda massagear suavemente a gengiva do bebê”, indica.




Dr. Fábio Bibancos – Consultor da GUM


Carambola, fruto proibido para os doentes renais


Neurotoxina presente na fruta, muito consumida nas ceias de final de ano, pode provocar desde agitação e convulsões até ser fatal


A carambola, com seu formato de estrela e agradável sabor agridoce, está entre as frutas mais usadas em sobremesas, drinques, como acompanhamento e na decoração dos pratos típicos das ceias de Natal e Réveillon. Rica em vitaminas, sais minerais e antioxidantes, também é ingrediente para sucos, compotas e geleias. O que muitos ignoram é que ela possui uma toxina que pode ser fatal para doentes renais e trazer riscos, inclusive, para pessoas saudáveis.

O médico Bruno P. Biluca, do centro de nefrologia Fenix Alphaville, explica que o perigo da carambola está na caramboxina, uma neurotoxina que age no cérebro, podendo provocar desde agitação, confusão mental, fraqueza e falta de sensibilidade nos membros até convulsões e mesmo levar ao coma e à morte. “O consumo por pacientes com doença crônica nos rins é proibido. Não há quantidade segura. Quanto maior o nível de insuficiência renal, mais graves são as consequências, porém, seja qual for o grau, a recomendação é abolir a fruta da dieta”, alerta o nefrologista.

O perigo de intoxicação nessas pessoas é maior porque a caramboxina é eliminada pelos rins, órgãos responsáveis, entre outras funções, pela filtração de substâncias tóxicas do organismo. “Como os rins já têm uma deficiência nesse processo de limpeza, a toxina se acumula no sangue, causando danos ao cérebro”, afirma Biluca.

Embora, os doentes renais crônicos estejam no grupo de alto risco de apresentar problemas ao comer a carambola, há vários relatos de intoxicação em pessoas sem histórico de doenças nos rins. Em geral, esses casos estão associados a um consumo exagerado. Essas pessoas podem apresentar tanto sintomas neurotóxicos como insuficiência. Isso acontece porque a fruta contém grande quantidade de oxalato, um tipo de sal que pode provocar lesões renais agudas. No entanto, na literatura médica, já foi identificado pelo menos um paciente que passou mal ao tomar apenas 300ml de suco puro em jejum.

Um dos primeiros sintomas que podem aparecer são soluços que não passam. Também podem surgir dores lombares, estados alterados de consciência, agitação, formigamento nos braços e pernas, queda na pressão, vômitos, fraqueza nos músculos, dificuldade de respirar, insônia e convulsões.

Esses sinais podem levar de uma hora até um dia para aparecer após comer a fruta. Em geral, ocorrem entre três e oito horas. “Nem sempre, a intoxicação por carambola é identificada imediatamente, especialmente nas pessoas que não são doentes renais, por isso, é importante relatar que comeu a fruta ao buscar ajuda médica”, orienta Biluca.

Em geral, o tratamento é feito com hemodiálise, para restabelecer o funcionamento dos rins. O número de sessões pode variar em pacientes sem doença renal anterior. “Quanto mais rápido o problema for diagnosticado, maiores são as chances de evitar o agravamento”, afirma o médico. 


SAIBA MAIS

A carambola (Averrhoa carambola L.) chegou ao Brasil no século 19, vinda da Malásia. A fruta pertence à família das Oxalidaceae e é comum em países tropicais. De baixa caloria, é rica em antioxidantes, minerais e vitaminas – para se ter uma ideia, tem metade da quantidade diária recomendada de vitamina C. A fruta, no entanto, tem grandes quantidades de oxalato, um tipo de sal que pode provocar desde pedras nos rins até a obstrução e lesões renais. Pacientes renais crônicos não podem comer carambola em hipótese alguma, pois ela contém uma toxina que afeta o cérebro e pode ser fatal.


O risco do consumo da carambola levou a cidade de Jaú a colocar em vigor uma lei que alerta a população. Sancionada em 2008, a Lei 4.152, conhecida como “Lei da Carambola”, determina que hospitais, postos de saúde, ambulatórios, bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, sorveterias, supermercados e quitandas coloquem cartazes alertando sobre o perigo de intoxicação para os doentes renais. Quem desrespeita a legislação municipal, está sujeito a advertência e, no caso de reincidência, a pagar uma multa de 35 unidades fiscais do Estado (Ufesp), R$ 928,55 em valores de 2019.








Fênix Alphaville

Confira algumas dicas para reduzir danos dos excessos cometidos durante as festas de fim de ano


Nós sempre costumamos associar comida a comemorações, e as festas de final de ano talvez sejam o exemplo mais emblemático disso. Em todo caso, o melhor caminho é buscar o equilíbrio e a moderação.


- Quais são os excessos mais comuns cometidos no final do ano e suas principais consequências? 

Gorduras: consumidas em excesso, sobretudo as de origem animal, sobrecarregam o sistema digestivo, tendo impacto importante no fígado e nas vias biliares, bem como no sistema cardiocirculatório.


Álcool: o consumo de álcool acarreta uma grande sobrecarga no fígado, que consegue metabolizar em torno de 10 ml/hora da substância. Ou seja, o consumo acima de 240 ml de álcool pode demorar um dia inteiro para ser metabolizado. Além disso, os efeitos no sistema nervoso central são evidentes: euforia, disforia (a pessoa fica agitada e ansiosa, podendo evoluir para a agressividade) e depressão do estado de alerta, podendo levar ao coma alcoólico (quando o indivíduo fica inconsciente). Existe também o risco de o abuso de álcool evoluir para pancreatite aguda alcoólica, uma inflamação do pâncreas que pode ser muito grave, com risco de morte.


Açúcar: mesmo em indivíduos sem problemas relacionados à insulina, o consumo exagerado de açúcar pode, sim, elevar as taxas de glicemia e, com isso, causar danos nos tecidos, sobretudo no fígado e pâncreas. Outro fator importante relacionado ao abuso do consumo de açúcar se faz notar no aumento de peso, da chamada “massa gorda”, podendo induzir também outras situações, como aumento das taxas de triglicérides.


- Que doenças podem ser causadas ou agravadas por esses excessos?

O abuso no consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos ricos em açúcar e gorduras pode acarretar diversos distúrbios, principalmente porque na maioria das vezes essas três substâncias são consumidas em grandes quantidades na mesma refeição. Entre as doenças mais comuns, podem ser citadas como exemplos:

      • Gastrite e esofagite aguda
      • Pancreatite
      • Diarreia provocada pelo excesso de gordura e álcool
      • Infiltração gordurosa no fígado
      • Alterações no comportamento e psiquismo
      • Sobrecarga do sistema cardiovascular

- Quem deve tomar mais cuidado? 

De um modo geral, ao abusar dessas substâncias, todos estão se expondo a riscos. Entretanto, são mais vulneráveis crianças, idosos e pessoas diabéticas, hipertensas ou portadoras de doenças cardiocirculatórias.


- Como se prevenir?

Vivemos em um país tropical e nossas comemorações ocorrem em pleno verão.  Meu conselho é que se priorize o consumo de frutas frescas (sempre há uma linda mesa delas nas decorações das festas), água (as saborizadas são deliciosas e saudáveis) e que se reduza o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar. Quanto ao álcool, é importante não misturar bebidas – destilados e fermentados – e limitar-se a 3 doses por dia.

A melhor prevenção é evitar o consumo de gorduras, açúcar e álcool entre 3 e 4 dias antes da data da festa.  Também podem ser utilizados protetores hepáticos, que têm função de “amortecer” os impactos, assim como os protetores gástricos, como o Pantoprazol, que também atuam como auxiliadores no controle dos danos.




Dra. Maria Bernadette Zambotto Vianna - coloproctologista, colonoscopista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá |Cremesp 83319


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