Exercícios
que estimulam o cérebro ajudam a “driblar” os esquecimentos de forma divertida
e prazerosa
O
filme Procurando Dory acaba de estrear nos cinemas, e com ele, a abordagem de
um incômodo para muita gente: os esquecimentos. A dificuldade de memorização
afeta milhões de pessoas no mundo real, mas a boa notícia é que existem
exercícios e técnicas para treinar e turbinar essa habilidade.
Segundo
Geomacel Carvalho, professor do SUPERA Ginástica para o Cérebro, a maior vilã
do nosso universo fora do fundo do mar é a tecnologia.
A
comodidade que ela propõe faz com que o cérebro seja cada vez menos estimulado,
muda a maneira como usamos a nossa capacidade de atenção e, consequentemente, a
nossa memória.
Quer
um exemplo? Tente-se lembrar de três números de telefone sem consultar a agenda
do celular. Difícil, não é?
Para
driblar este efeito negativo do uso constante da tecnologia, a solução é
praticar exercícios que estimulem nossa capacidade cognitiva.
“Para
desenvolver nossa memória, precisamos, primeiramente, melhorar a nossa
capacidade de prestar atenção”, conta o especialista.
Essa
capacidade pode ser desenvolvida com a ginástica cerebral, uma prática que
melhora – além da memória – a concentração, raciocínio, criatividade e
autoestima.
No
Método SUPERA, um curso voltado para esse desenvolvimento, são usadas
ferramentas como o ábaco (um instrumento milenar para cálculos oriental), jogos
online e de tabuleiro, dinâmicas em grupo, apostilas com exercícios exclusivos
e as neuróbicas (uma espécie de “atividade aeróbica para os neurônios).
“O
cérebro é como um músculo do corpo que precisa de exercícios para ficar mais
forte, por meio de desafios com níveis de dificuldades cada vez maiores para
que os resultados apareçam gradativamente”, explica Geomacel.
As
neuróbicas, uma das ferramentas do curso de ginástica cerebral, podem ser
praticadas em casa. Quer exemplos? Escovar os dentes com a mão não dominante,
comer de olhos fechados, fazer um trajeto diferente para o trabalho e contar os
degraus de uma escada são atividades que estimulam o cérebro e o tiram da zona
de conforto.
Para
equilibrar a falta de desafios que a sociedade moderna deixa a desejar, esta
prática é o caminho mais saudável e divertido de manter a saúde do cérebro e
melhorar as capacidades cognitivas.
Técnica de memorização
Para
estudar e conquistar um bom desempenho no vestibular ou em concursos públicos,
uma opção além de exercitar o cérebro é adotar técnicas que ajudam na
memorização dos conteúdos.
Por
isso, Geomacel ensina a técnica do palácio da memória. Para começar, é preciso
primeiramente definir qual será o seu Palácio (uma estrutura física). Aqui
fica, então, uma dica importante: escolha um local que você conheça muito bem,
por exemplo, a sua própria casa.
Imagine
como palácio uma casa em que você tenha a seguinte ordem dos cômodos: 1)
Garagem, 2) Sala de estar, 3) Lavabo, 4) Sala de jantar, 5) Cozinha, 6)
Varanda, 7) Área de serviço, 8) Banheiro, 9) Dormitório.
Apresentado
o palácio, vamos ao exercício, que será feito com o objetivo de memorizar 9
itens que devem ser comprados no supermercado. Para isso, vamos colocar cada
item em um cômodo de forma incomum, isto porque nosso cérebro tem facilidade
para guardar informações diferentes, não habituais.
Comece
imaginando que, na garagem, sob o carro, existe uma penca de bananas, como se
fosse a capa protetora do veículo. Depois, entre na sala de estar, e visualize
no lugar do sofá uma estrutura de caixas de sabão em pó onde você pode se
sentar. Passe pelo lavabo e faça a imagem da pia jorrando leite pela
torneira. Na sala de jantar, tem um frango sentado em uma das cadeiras. No meio
da cozinha existe um pé de mamão plantado. Você passa pela varanda e vê que
está chovendo feijões. Na área de serviço, a máquina de lavar está batendo uma
massa de pão. Ao ligar o chuveiro do banheiro, a água sai preta como café.
A cama do dormitório está vermelha, cheia de molho de tomate.
Uma
vez criada a imagem absurda em cada um dos cômodos, aos passear pelo Palácio,
os objetos vão sendo resgatados facilmente. Esta técnica cria relações
espaciais com a informação a ser memorizada.
E
se houver necessidade de guardar mais do que 9 itens, basta criar mais detalhes
em cada cômodo. Imagine na garagem, por exemplo, além da capa do veículo feita
de penca de bananas, o portão de entrada, que pode ter vários limões
pendurados.
Para
as crianças e os adolescentes que precisam estudar para uma prova de História,
por exemplo, em que há necessidade de guardar a ordem cronológica dos fatos, em
cada cômodo do Palácio deve ser colocada uma informação. Assim, ao passear pelo
Palácio, as imagens vão sendo resgatadas já de modo ordenado.
Nosso cérebro tende a ser preguiçoso,
por isso, precisa ser desafiado diariamente. No Método Supera, os alunos são
estimulados a exercitar o cérebro não apenas enquanto fazem as atividades do
curso, mas em todas as oportunidades do dia a dia. O Palácio da Memória e
outras técnicas de memorização são ensinadas aos alunos com o intuito de
aprimorar a memória, manter a saúde mental e melhorar a qualidade de vida de
todos.