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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Além do Zika Vírus, saiba quais são os outros fatores determinantes no desenvolvimento da Microcefalia




Veja quais cuidados toda gestante deve ter e descubra a importância da nutrição para evitar males como a malformação cerebral.

O surto de microcefalia associada ao Zika Vírus no Brasil é extremamente alarmante para comunidade médica em geral por ser um fato inédito. Apesar do vírus ser de conhecimento científico desde 1947 e restringir-se aos continentes Africano e Asiático, a sua relação com a malformação cerebral em bebês era um fato desconhecido até então. Acredita-se que os recentes casos de microcefalia em recém-nascidos sejam resultado de uma variação do Zika, somada a outros agravantes que culminaram na epidemia atual.
Números recentes do Ministério da Saúde informam que atualmente existem mais de 3.500 casos de microcefalia suspeitos de relação com o Zika, grande parte deles nos estados de Pernambuco, Sergipe, Bahia, e Rio Grande do Norte. Isso não significa o vírus esteja restrito à essa região, a elevação de incidência de casos no Sudeste aumentou o estado de alerta dos profissionais de saúde em relação a doença.
Porém o grande vilão do momento – o Aedes Aegypti – não é o único motivo de preocupação de todas as futuras mães do país. Apesar da epidemia do mosquito e da relação, ainda em estudo, do Zika Vírus com o surto de casos de microcefalia no Brasil, existem outras razões pelas quais as gestantes devem ficar em alerta.

Entenda a Microcefalia

A microcefalia caracteriza-se pela malformação do volume craniano em bebês durante a gestação, causando uma desproporção evidente na face e na cabeça da criança. Afeta diretamente o desenvolvimento cerebral e compromete toda a evolução física e intelectual da do indivíduo. De acordo com números da OMS (Organização Mundial da Saúde), o principal indício de microcefalia é caracterizado pela circunferência do crânio menor ou equivalente a 32cm, em bebês nascidos dentro de um período gestacional normal. É uma condição incurável porém passível de tratamento que busca melhorar a qualidade de vida e o convívio com o portador.
Em grande parte dos casos, a síndrome manifesta algum tipo de problema neurológico, psicológico ou motor. É comum que grande parte dessas crianças tenham um aprendizado mais lento, bem como dificuldades de locomoção e sequelas neurológicas. A criança também pode apresentar complicações como Epilepsia, Síndrome de Down e problemas de visão e audição.

Como evitar

Com o Vírus Zika em cena, boa parte das pessoas acha que o uso de repelentes e a prevenção contra o mosquito já é suficiente para prevenção da microcefalia. Mas, apesar da extrema importância do combate a este mosquito transmissor desta e de várias outras doenças, é importante ressaltar que apenas isso não é suficiente. A microcefalia pode ser desenvolvida devido a outros fatores e patologias. Saiba quais:
  • Fatores genéticos: algumas anomalias cromossômicas como a Síndrome de Down podem determinar o desenvolvimento da microcefalia, portadoras deste tipo de complicação devem ter acompanhamento médico e cuidados redobrados durante a gestação;
  • Má formação fetal: a cranioestenose é uma rara mutação genética que provoca um fechamento prematuro e falho do crânio do feto, comprometendo o crescimento do cérebro. O acompanhamento pré-natal é fundamental para identificar a anomalia e determinar um possível tratamento.
  • Complicações na gravidez: falta de oxigenação para a região cerebral do bebê ainda no útero pode acarretar no retardo do crescimento crânio-encefálico;
  • Uso de drogas: substâncias como álcool, cigarro e demais drogas são totalmente proibidas para as gestantes devido seu poder prejudicial a formação do feto. As toxinas liberadas por esses produtos podem afetar diretamente o crescimento cerebral e físico do bebê, resultando em doenças como a microcefalia;
  • Infecções e outras doenças: a rubéola, catapora, toxoplasmose e o recém descoberto zika vírus representam grande ameaça ao bebê caso a mãe contraia qualquer uma dessas infecções durante a gestação;
  • Desnutrição: já é fato que a nutrição é fator determinante no desenvolvimento geral do bebê, com o aumento do número de casos de microcefalia esta questão é o foco dos estudos de especialistas, que querem entender melhor até onde este ponto pode ter contribuído para a atual epidemia no Brasil.

A importância da nutrição

Certamente a prevenção ainda é a melhor saída para casos de doenças que podem comprometer o desenvolvimento do bebê, e dentre os fatores de risco o mais fácil e mais seguro para controle da própria mãe é a questão nutricional. A partir do momento que planeja-se ou descobre-se uma gestação, é importante ter ciência dos hábitos alimentares que podem influenciar no desenvolvimento do feto e diminuir o risco de complicações na saúde do bebê e da gestante.
Apesar de somente casos extremos de subnutrição e abuso de drogas estarem relacionados a doenças de malformação do feto, é preciso estar atento as orientações dos profissionais de saúde, especialmente aqueles que garantem o desenvolvimento neural da criança afim de garantir mais tranquilidade para a futura mamãe. Somado a outros cuidados para evitar a exposição a doenças e infecções, a alimentação correta e o aporte dos nutrientes essenciais é a melhor forma de garantir uma gravidez segura.
O Ácido fólico: Dentre os principais nutrientes indispensáveis para boa formação do bebê está o ácido fólico. Também conhecido como vitamina B9, é uma das suplementações obrigatórias para toda gestante. É essencial para a prevenção de problemas na formação no tubo neural do feto, problemas no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, e outras malformações que podem acarretar em problemas como paralisia, déficit de aprendizado e retardo mental.
O ideal é que a mulher que pretende engravidar comece a ingestão de uma pequena dosagem deste suplemento (400 mcg/dia) cerca de 3 meses antes da concepção, porém em casos de uma descoberta inesperada de gravidez, deve-se começar a suplementação imediatamente pois o sistema nervoso do bebê é formado logo nas primeiras semanas. De acordo com a nutricionista Joana Lima da Nova Nutrii “Esse nutriente deve ser ingerido diariamente no primeiro trimestre gestacional, porém a adoção deste suplemento durante toda gestação não traz nenhum risco para o bebê ou mãe. Existem diversas formas de complementar a dose diária necessária de ácido fólico através de diversos suplementos de qualidade que existem no mercado.”

Prevenção é a melhor saída

Alguns hábitos simples podem assegurar as mães de ter uma gravidez tranquila e evitar as ameaças que podem afetar o bebê, como a temida microcefalia. A prevenção contra o mosquito é fundamental, não apenas devido ao Zika Vírus, mas também por doenças como a Dengue e a Febre Chikungunya. É importante utilizar repelentes recomendados pelo obstetra e que tenham em sua composição icaridina, IR3535 (etil butilacetilaminopropionato) e DEET (dietiltoluamida), pois somente estes são eficazes contra o mosquito.
Infecções como a toxoplasmose, podem ser evitadas essencialmente pela higienização de alimentos e evitando ingerir carnes cruas ou mal passadas. Outro fator importante é que as gestantes devem evitar contato com fezes de felinos, a convivência com gatos não é proibida, desde que cuidados de higiene sejam tomados.
Quanto a rubéola, a imunidade é natural caso a mãe já tenham sido infectada ao longo da vida, para aquelas que nunca contraíram o vírus, é essencial vacinar-se para garantir a proteção contra a doença. O Ministério da Saúde alerta que os boatos de que a vacina distribuída no país causou este surto é mito. A vacinação ainda é a forma mais segura de prevenção contra o vírus da rubéola.
Em todos os casos a nutrição é fundamental para o desenvolvimento gestacional, a fase de amamentação e a primeira infância, evitando tanto problemas de formação fetal quanto doenças após o nascimento. O pré-natal e acompanhamento nutricional feito por profissionais é indispensável para detectar quaisquer problemas que possam surgir durante a gravidez e minimizar as preocupações comuns das mães, garantindo a tranquilidade nessa fase que é uma das mais importantes e felizes da vida de toda mulher.
Fonte: Nova Nutrii - http://www.nutrii.com.br

Fontes:

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/4-pontos-para-entender-o-surto-de-microcefalia-no-brasil
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/casos-suspeitos-de-microcefalia-associada-ao-zika-chegam-3530.html
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/microcefalia-saiba-o-que-e-o-que-causa-e-como-identificar.html
http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/microcefalia-ja-epidemia-diz-ministerio-da-saude-18080757
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/microcefalia
http://noticias.r7.com/saude/sobre-para-450-o-numero-de-casos-suspeitos-de-microcefalia-na-bahia-12012016
http://brasil.babycenter.com/a1500612/nutrientes-essenciais-para-o-desenvolvimento-do-beb%25C3%25AA#ixzz3x82QyQqO
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/12/18/vacina-contra-rubeola-nao-causou-surto-de-microcefalia-desmente-ministro.htm
http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2015/12/repelente-contra-o-zika-opcoes-e-o-jeito-certo-de-usar.html
http://www.paisefilhos.com.br/gravidez/5-perguntas-sobre-acido-folico-e-gravidez/
http://www.tuasaude.com/acido-folico-na-gravidez/
http://brasil.babycenter.com/x1500606/preciso-tomar-algum-suplemento-de-%C3%A1cido-f%C3%B3lico-na-gravidez

domingo, 17 de janeiro de 2016

NO VERÃO, AINDA MAIS CUIDADO COM O CÂNCER DE PELE




 Na estação mais quente do ano, os cuidados com a pele são essenciais para a prevenção da doença; INCA espera mais de 180 mil novos casos em 2016
Sol, praia, mar! O verão chegou e com ele uma maior necessidade de cuidar da pele. Cuidado, este, que é discutido e comentado todos os dias do ano, seja em prol de uma saúde melhor, da vaidade ou da estética. O desafio é saber aproveitar a nova estação com responsabilidade, já que o sol em excesso é o grande responsável pelo câncer de pele, considerado o mais frequente no Brasil.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somando as perspectivas dos tipos melanoma e não melanoma, em 2016, o câncer de pele deve atingir 181.430 pessoas, sendo 83.850 homens e 97.580 mulheres. Em 2013 (data do último levantamento), 3.361 morreram vítimas da doença, sendo 1930 homens e 1431 mulheres.
Medidas podem ser tomadas para a prevenção da doença, como a escolha do melhor horário de exposição ao sol e o uso de filtro solar, que “não deve ser usado com o objetivo de permitir o aumento do tempo de exposição ao sol, nem para estimular o bronzeamento”, lembra a médica oncologista da Oncomed Bh, Dra. Letícia Carvalho. Outras formas de proteção devem ser utilizadas, como óculos escuros e chapéus. É importante, também, a constante observação e atenção com o próprio corpo. O aparecimento de manchas e pintas na pele, acompanhadas de coceira e descamação, são os primeiros sintomas do câncer de pele e o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura da doença.
Apesar de sua baixa letalidade em relação a outros tipos de tumores malignos, o câncer de pele é o mais dominante na população humana. Além da exposição solar exagerada, a doença também está relacionada às câmaras de bronzeamento artificial, à tonalidade da pele, ao envelhecimento da população, entre outros.

Sobre o câncer de pele
O câncer de pele é dividido em dois grandes grupos: melanoma e não melanoma. O primeiro é considerado uma entidade à parte, tem uma baixa incidência (cerca de 3 casos por 100.000 pessoas/ano) e história natural bastante diferente, sendo mais agressivo, de crescimento rápido e com maior potencial de disseminação para outros órgãos. Os tumores de pele não melanomas são doenças muito mais comuns (cerca de 70 casos por 100.000 habitantes / ano), possuem um curso clínico mais indolente, lento crescimento e raramente disseminam para órgãos à distância (2 a 5% dos casos). Apesar de muito prevalente, apresenta baixa taxa de mortalidade e menos de 4% dos pacientes vão a óbito devido à doença.

 

Medidas preventivas

  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão);
·         Utilizar chapéus, camisetas, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares com fator de proteção 30 ou superior;
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material;
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  • Consultar um dermatologista, uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo;
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses;
·         Devem evitar a exposição excessiva ao sol pessoas de pele clara, com histórico prévio de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas).

Tratamento
O tratamento principal do câncer de pele se baseia na remoção cirúrgica da lesão. Tratamento tópico ou radioterapia também podem ser realizados. A decisão do procedimento é feita pelo médico e leva em consideração o tamanho, a topografia da lesão e o subtipo de câncer de pele.
A melhor estratégia para evitar o câncer de pele continua sendo a prevenção. “O importante é usufruir do verão, do calor, do sol e dos prazeres que eles permitem com saúde e segurança, tomando todas as medidas preventivas possíveis”, finaliza Dra. Letícia.


Oncomed - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas
Rua Bernardo Guimarães, 3106 – Barro Preto- Belo Horizonte – MG
www.oncomedbh.com.br  - Telefone: 31 3299 1300

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