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Médicos esclarecem
maiores mitos relacionados aos exames periódicos que podem salvar vidas
Entre orientações médicas e crenças populares, o
check-up — conjunto de exames periódicos que ajudam a prevenir problemas de
saúde — ainda é cercado por dúvidas e interpretações equivocadas. Para separar
o que é senso comum do que realmente importa, especialistas explicam o papel
dessa ferramenta na promoção da saúde e no diagnóstico precoce.
1. “Quem se cuida bem não precisa
de check-up.”
Falso. Alimentação saudável e exercícios são
fundamentais, mas não substituem exames que podem revelar alterações invisíveis
no dia a dia.
2. “Se eu não sinto nada, não
preciso fazer exames.”
De acordo com o clínico geral do Hospital São
Marcelino Champagnat, Ricardo Gullit Ribeiro, muitos problemas de saúde, como
hipertensão, diabetes e câncer em fase inicial, são silenciosos. O check-up
ajuda a detectá-los antes de apresentarem sintomas, quando podem ser mais
facilmente tratados.
3. “Check-up completo precisa de
dezenas de exames caros.”
Não. A primeira fase do check-up deve ser
justamente uma consulta médica, na qual o profissional vai analisar o histórico
familiar do paciente, as principais queixas, o estilo de vida, as doenças
pré-existentes e, de acordo com a idade e a avaliação diagnóstica clínica, vai
então solicitar exames personalizados.
4. “Fazer check-up uma vez na
vida já basta.”
Errado. De acordo com o cardiologista Vinícius Oro
Popp, coordenador do serviço de Check-up do Hospital São Marcelino Champagnat,
o acompanhamento deve ser periódico, geralmente anual para adultos e idosos,
podendo variar conforme o perfil de risco e doença pré-existente de cada
pessoa.
5. “Check-up garante que nunca
vou ter doenças.”
Não existe prevenção absoluta. “O check-up reduz
riscos e aumenta as chances de tratamento eficaz, mas não elimina totalmente a possibilidade
de adoecimento”, ressalta Ribeiro.
6. “Check-up é só para idosos.”
Falso. Jovens adultos também precisam de
acompanhamento, principalmente para identificar colesterol alto, diabetes
precoce e infecções sexualmente transmissíveis.
7. “Check-up serve apenas para
diagnosticar doenças físicas.”
Errado. O check-up também avalia saúde mental,
qualidade do sono, estresse e até risco de quedas em idosos, ampliando a visão
de saúde integral.
8. “Se o resultado do check-up
deu normal, não preciso me cuidar.”
Mito. O check-up não substitui hábitos saudáveis.
Ele complementa o cuidado com alimentação, sono, atividade física e saúde
mental.
9. “Check-up pode fazer mal por
causa da radiação dos exames.”
A maioria dos exames do check-up não usa radiação
(como sangue, urina, ultrassonografia). “Quando há necessidade de raio-X ou
tomografia, é feita com segurança e indicação médica”, esclarece o
cardiologista.
10. “Quem não tem histórico
familiar de doenças não precisa de check-up.”
Errado. Muitas doenças surgem sem histórico prévio.
Segundo Ribeiro, o check-up ajuda a mapear riscos individuais mesmo em famílias
saudáveis.
Desmistificar o check-up é um passo essencial para
cuidar da saúde de forma consciente. Como reforçam os médicos, a prevenção não
depende apenas de bons hábitos ou da ausência de sintomas: ela envolve
acompanhamento médico regular, exames adequados ao perfil de cada pessoa e
atenção integral ao corpo e à mente. Em vez de temer os resultados, é preciso
encarar o check-up como uma ferramenta de autocuidado — afinal, quanto mais
cedo se age, maiores são as chances de uma vida longa e saudável. “Muito se
fala em longevidade, mas pouco se pensa sobre a qualidade com que vamos viver
todos os anos que nos restam”, reflete o cardiologista.
Hospital São Marcelino Champagnat

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