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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Síndrome Respiratória Aguda Grave está em alta, médico ensina a identificar

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou um novo Boletim InfoGripe que indica um aumento nas hospitalizações por casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e influenza A em todo o estado de São Paulo. Na capital paulista, o aumento já atingiu o nível de alerta.
 

O Brasil vive um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Até agora, mais de 197 mil casos de SRAG foram notificados em todo o Brasil.

O médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros comenta que os dados reforçam a importância da vacinação contra a gripe, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades. Em caso de febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar ou sinais de agravamento, a recomendação é procurar uma unidade de saúde imediatamente”, afirma Dr. Bruno.

Para ajudar a identificar as principais doenças comuns do inverno, o médico deixa alguns detalhes:
 

GRIPE

Quando a gripe se instala é sinal de que o quadro afetou o pulmão.

Sintomas: tosse, cansaço para respirar com sensação ofegante e nariz congestionado.

Dentre os desdobramentos da gripe, ela pode ser ainda o tipo Influenza A e B, sendo o grupo A o mais agressivo que pode levar a internação e com a necessidade da medicação antiviral que deve ser usada nas primeiras 48h para combater a infecção.

 

INLUENZA

Sintomas mais fortes do que os de um resfriado comum.

A influenza é causada por vírus da família Orthomyxoviridae, especialmente os tipos A e B, e pode evoluir para quadros graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em grupos de risco.

Sintomas: Febre alta (geralmente acima de 38°C), calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações, cansaço extremo, tosse seca, dor de garganta, cooriza ou nariz entupido, sensação de mal-estar geral e olhos vermelhos ou lacrimejantes.

 

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) 

Pode evoluir rapidamente para insuficiência respiratória.

Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como vírus (como o da gripe, Covid-19, VSR) ou bactérias.

Sintomas: Febre (mesmo que referida) — geralmente acima de 38°C, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, saturação de oxigênio abaixo de 95% e os mais graves: Cianose (coloração azulada da pele, principalmente lábios e ponta dos dedos), alteração do nível de consciência (confusão, sonolência excessiva), hipotensão (pressão arterial baixa), diminuição da diurese (urina) e queda da saturação mesmo com suporte de oxigênio.
 

SARS-CoV-2

Nem todos os infectados apresentam sintomas (assintomáticos), mas ainda assim podem transmitir o vírus. Pessoas idosas e com comorbidades (como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças respiratórias) têm maior risco de complicações graves. 

Sintomas mais comuns: Febre (acima de 37,8°C), tosse seca, cansaço (fadiga), dor de garganta, perda de olfato e/ou paladar, congestão nasal, dores no corpo ou dor muscular, dor de cabeça e calafrios.

 

VSR

Os principais sintomas do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) variam de acordo com a idade e a condição clínica do paciente. Ele é uma das principais causas de infecções respiratórias em bebês, crianças pequenas e idosos, podendo causar bronquiolite e pneumonia. 

Sintomas mais comuns do VSR:

  • Coriza (nariz escorrendo)
  • Tosse persistente
  • Febre
  • Espirom (chiado no peito)
  • Dificuldade para respirar (respiração rápida ou ofegante)
  • Perda de apetite
  • Irritabilidade ou cansaço excessivo
  • Letargia (sono em excesso ou apatia) 

Em pessoas idosas ou com doenças pulmonares/cardiovasculares, o VSR pode causar quadros mais graves como: Piora de doenças crônicas (como DPOC ou insuficiência cardíaca), pneumonia e falta de ar intensa

 

Atenção:

Em bebês com menos de 6 meses, o VSR pode causar apneia (paradas na respiração), exigindo hospitalização. O vírus é altamente contagioso e se espalha por gotículas respiratórias e superfícies contaminadas.

 

DIAGNÓSTICO EXATO:

Para saber se se trata de uma ou de outra doença, somente o exame físico médico que vai identificar o quadro exato. Por isso, a qualquer sinal, é importante não se automedicar e buscar ajuda. 

A melhor maneira de prevenir qualquer uma das situações tão comuns na época mais fria do ano, é não deixar as vacinas de lado e manter a imunidade em alta. 

Não existe fórmula mágica pra aumentar a imunidade ou para evitar qualquer gripe, resfriado, influenza ou Covid, é preciso manter a saúde em dia se alimentando corretamente, praticando atividade física e dormindo bem.



FONTE:

Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFES. Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.
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