Empreendedores devem entender o que é
inteligência artificial de verdade antes de investir em soluções que prometem
mais do que entregam
Freepik
A inteligência artificial (IA)
está em todos os lugares - de anúncios de produtos a cursos que prometem
ensinar como “criar sua própria IA”. Mas nem tudo que se vende como IA
realmente é. Para os empreendedores, saber diferenciar tecnologia real de
estratégias de marketing é essencial para evitar investimentos equivocados.
IA é, por definição, a
capacidade de sistemas computacionais aprenderem com dados, tomarem decisões e
resolverem problemas de forma autônoma. Isso inclui algoritmos de aprendizado
de máquina, redes neurais e processamento de linguagem natural. Um sistema que
apenas executa comandos pré-programados, por mais sofisticado que pareça, não é
IA - é automação.
Essa confusão não é nova. Na
década de 1980, com a chegada dos primeiros computadores pessoais, muitas
empresas tentaram desenvolver seus próprios softwares internamente. Com o
tempo, perceberam que era mais eficiente contratar empresas especializadas para
criar soluções sob medida. A IA segue o mesmo caminho: é uma tecnologia
poderosa, mas que exige conhecimento técnico, infraestrutura e visão
estratégica.
Cursos podem ser úteis, desde
que ofereçam conteúdo sério e aplicável. No entanto, para a maioria dos
negócios, o melhor caminho é buscar parcerias com empresas que dominam o
desenvolvimento de IA e entendem as necessidades específicas de cada setor.
Entre os benefícios da IA para
empreendedores estão a automação inteligente de processos, personalização de
ofertas, atendimento escalável e análise preditiva. Neste último ponto, a
contabilidade se destaca como uma base de dados valiosa. Informações como fluxo
de caixa, faturamento e sazonalidade ajudam sistemas inteligentes a prever
cenários e orientar decisões com maior precisão.
Por outro lado, é preciso estar
atento aos desafios: custo de implementação, privacidade de dados e
expectativas irreais. IA não é mágica - é tecnologia que precisa ser bem
aplicada.
Como toda revolução
tecnológica, a IA exige preparo, discernimento e estratégia. Para os
empreendedores, o futuro será guiado por quem souber transformar hype em valor real.
Marcio Shimomoto - Presidente da Jucesp
Fonte: https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/ia-a-nova-revolucao-tecnologica-ou-apenas-marketing
**As
opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e
não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio
Nenhum comentário:
Postar um comentário