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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

6 mitos e verdades sobre o mau hálito

 


A Dra. Maria Fernanda Kolbe esclarece os principais equívocos sobre o mau hálito e apresenta como o Protocolo GBT pode auxiliar na prevenção
 

O mau hálito, também conhecido como halitose, é um problema que afeta até 30% da população mundial em algum momento da vida e gera diversas dúvidas. Para esclarecer mitos e verdades sobre essa condição, conversamos com a periodontista Maria Fernanda Kolbe, doutoranda, mestre e especialista em periodontia e sócia da Clínica Sorr, em São Paulo, que compartilha informações valiosas sobre a saúde bucal e a eficácia do Protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy) na prevenção do mau hálito.

 

1. O mau hálito é causado apenas por problemas estomacais
Mito. Embora muitas pessoas acreditem nisso, a Dra. Maria Fernanda Kolbe explica que a principal causa vem da boca. “A halitose é frequentemente resultado de desequilíbrio na microbiota bucal gerando excesso de biofilme (que antigamente chamava placa bacteriana), saburra lingual, cáseos amigdalianos, inflamações e infecções”, afirma.

 

2. Mau hálito é decorrente da má higiene bucal
Em parte. A má higiene bucal pode contribuir, mas não é a única causa. A halitose pode ter inúmeras causas, e uma delas pode ser, sim, falta de higiene adequada.

 

3. Escovar os dentes é suficiente para eliminar o mau hálito
Mito. A escovação isolada não é suficiente porque a escova convencional só alcança as faces livres dos dentes, e não limpa entre eles. Por isso o uso de fio dental e/ou escovas interdentais é fundamental. Além disso, a língua não pode ser esquecida. “A higiene bucal deve ser completa, incluindo a remoção do biofilme que se acumula em áreas de difícil acesso”, ressalta.

 

4. Beber pouca água provoca halitose
Verdade. “A ingestão adequada de água é fundamental para manter a boca hidratada, ajudando a remover resíduos alimentares e prevenir a formação de saburra lingual”, explica a especialista.

 

5. Enxaguante bucal substitui a escovação para evitar o mau hálito
Mito. O enxaguante é apenas um complemento. Dependendo do enxaguante pode até piorar o problema. “Se o paciente sofrer com ‘boca seca’, por exemplo, e usar colutório à base de álcool, este pode aumentar a desidratação da cavidade oral piorando a halitose”, alerta a periodontista.

 

6. O mau hálito pode ser tratado
Verdade. “Em primeiro lugar é preciso identificar a causa. O tratamento é possível e eficaz, passando pela adoção de bons hábitos de vida, higiene correta e protocolos modernos como a GBT, que remove o biofilme de forma suave e direcionada, ajudando a controlar as causas do mau hálito”, afirma Dra. Kolbe.

Segundo a especialista, o Protocolo GBT não apenas melhora a saúde bucal, mas também permite que o paciente visualize o biofilme em cores diferentes. “Esse recurso motiva e conscientiza, tornando o tratamento mais eficaz e a boca mais saudável, com hálito fresco”, conclui.
 

A GBT é um protocolo cada vez mais presente em consultórios odontológicos. Ele alia tecnologia, precisão e conforto, oferecendo uma profilaxia mais completa em comparação a limpezas tradicionais. Ao evidenciar o biofilme em cores, aumenta a compreensão do paciente sobre sua própria saúde bucal e auxilia o dentista a realizar um acompanhamento personalizado.

  

Maria Fernanda Kolbe - Doutoranda bolsista pela Capes (2022-2025) em Clínicas Odontológicas, com ênfase em Periodontia, pela Universidade Paulista (UNIP). É mestre na mesma área pela mesma instituição (2013), também com apoio da Capes, e especialista em Periodontia (2011). Habilitada em laser pela IALD (2020), possui graduação em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (2003). Atualmente, é SDA Trainer da EMS Swiss e tem ampla experiência na área de Odontologia, com foco em Periodontia. Seus principais temas de atuação incluem terapia periodontal de suporte, bolsas residuais, lesões de furca, terapia fotodinâmica (PDT), mucosite, cirurgia mucogengival, recobrimento radicular, debridamento periodontal e descontaminação bucal. Durante sua formação, realizou Iniciação Científica em Materiais Dentários (2000-2003) com bolsas FAPESP e PIBIC-FUNDECTO, explorando temas como polimerização, resistência flexural, resina composta e microdureza Knoop. Atualmente, exerce sua prática em São Paulo e é SDA Trainer da Swiss Dental Academy na EMS.
 


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